A manchete do Estadão é a primeira de uma série das que virão, nas próximas semanas, embora já fosse previsível há vários dias: a economia brasileira dá sinais de que a situação pode ser mais grave do que apenas a de se manter estagnada.
A hipótese de uma nova recessão – ou a de descer a um patamar mais profundo numa recessão que já se arrasta há quatro anos – é real e só não ocorreu ainda porque a economia mundial, contrariando as expectativas, ainda se apresenta com um nível de atividade que impulsiona os mercados de commodities e a parte exportadora de nossa indústria, basicamente a automobilística.
Isto está cada vez mais perceptível e até a “rainha da retomada da economia”, Miriam Leitão, o admite. Ela escreve hoje que “o investidor está desanimado“, embora isso vá muito além do caso da intervenção nos preços da Petrobras.
Hoje, a Fundação Getúlio Vargas apontou uma queda nos índices de expectativas da economia e o destaque negativo é uma queda de 9,7% no Índice de Expectativas do Consimudor. Emprego em baixa e inflação em alta são uma receita infalível para derrubar esta confiança temos boa dose de ambos.
A preocupação de Jair Bolsonaro em atender as reivindicações dos caminhoneiros é muito mais do que fidelidade a um setor que o impulsionou eleitoralmente. É que um movimento de paralisação, mesmo em escala menor que o ocorrido com Michel Temer pegaria os preços – ao contrário do que ocorreu em junho passado, numa trajetória de alta.
Ele não queimou seu discurso de liberalismo econômico por pouca coisa, não…
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Vão podando sem saber (?) os ramos onde deveria florescer o crescimento, e ainda se espantam porque ele não vem - e nem virá. A cupidez do chamado "Mercado" é completamente míope e imediatista. Não é possível considerar a felicidade do Mercado como sendo a felicidade da Nação. Isso é um absurdo. A Petrobras, por exemplo, chegou aonde chegou, a segunda petroleira do mundo, graças ao investimento público, graças ao dinheiro de todo o povo brasileiro. Ela não pertence a nenhum governo de plantão, que não tem licença para fazer dela o que bem entenda. A Petrobras é estatal. Ela extrai, refina e distribui seus produtos, e faz isso com a maior competência do planeta. Ela compõe seus preços de acordo com duas diretrizes fundamentais: Cobrir despesas das atividades normais e realizar investimentos estratégicos, por um lado e, dentro de uma flexibilidade que não ameace a saúde financeira da empresa, dar cobertura e apoio a objetivos de política social, cultural e de desenvolvimento do governo federal, seu supervisor geral (em nome do povo) e principal acionista. Não há nenhuma razão plausível para a empresa abdicar destas atribuições, apenas para proporcionar maiores lucros a alguns dos seus acionistas minoritários. O alarde que se vê em torno de uma "intervenção na empresa", como se ela fosse uma empresa privada, é apenas gritaria da mídia empresarial, essa mídia que faz parte do butim que os internacionalistas do mercado financeiro estão fazendo no país, aproveitando da ignorância e má fé de um governo eleito pela mais deslavada demagogia.
É aquilo que eu sempre digo: quem quiser ser acionista da Petrobras, deve sempre ter em mente que ela é do governo(povo) e existem prioridades que não são a maximização do lucro. Existe uma razão para ser desse jeito.
Quem quiser ser sócio de uma empresa inteiramente privada, pode ser sócio (por exemplo), da Guararapes, dona das Lojas Riachuelo, cujo acionista majoritário é aquele imbecil bolsonarista do Flavio Rocha. Boa sorte a estes, caso consigam um bom "dividend yield"!
Pois é, podaram os ramos onde deveria florescer o crescimento e plantaram ervas daninhas ao redor da nossa árvore.
Só um milagre para fazer a economia deslanchar, com a implementação de medidas que levam para o lado oposto, criando ainda mais recessão.
Os governos Lula/Dilma podem ter errado em certas questões microeconômicas, mas no "macro", havia um projeto de desenvolvimento para o país - a soberania e bem-estar social vinham a reboque desse desenvolvimento.
Desde que Dilma foi derrubada, o que o governo tem oferecido senão políticas recessivas? O país caminha para tornar-se, mais do que nunca, uma colônia exportadora de commodities - em que apenas uns poucos se beneficiam.
A previsão deve ser de queda de mais de 3% e piorando ...
Começou com alta de 3%, já está negativo...
Não existe mercado sem trabalho e sem renda para o povo. Não tem consumo, não tem nada !
Há um livro, cuja leitura a todos recomendo, intitulado "Os Números (não) Mentem - Como a Matemática Pode Ser Usada Para Enganar". Esse livro descreve de forma clara como os números e as estatísticas são usados para ludibriar os leigos. Quando entramos numa agência bancária ou ouvimos o discurso de "consultores" financeiros e de investimentos, deparamos com profissionais dessa manipulação. Os "colunistas" e "analistas" econômicos dos veículos da mídia oligopolista (PPI/PPV), como de resto esses veículos da mídia corporativa e oligopolista, são outro exército de manipuladores e inescrupulosos. Quando grupos criminosos, vira-latas e entreguistas dominam TODOS os poderes do Estado - como ocorre no Brasil desde 2016 e até mesmo um pouco antes - até mesmo instituições oficiais cujo corpo técnico tem competência e experiência comprovadas (como é o caso do IBGE e outros institutos que fazem levantamentos da atividade econômica e de indicadores sociais e econômicos) tornam-se inconfiáveis, já que suas direções são ocupadas por pessoas designadas pela gangue empoderada através do golpe de Estado midiático-policial-judicial-parlamentar-militar.
Eu NUNCA engoli as falácias de que houve "retomada" ou "crescimento" econômico no pós-golpe. O qüinqüênio 2015-2019 é de recessão profunda e continuada. Quem diz o contrário está ao lado dos golpistas ou quer dourar a pílula. O que houve nos últimos 3 anos é que a taxa de decaimento se tornou menor, ou seja, a exponencial de queda suavizou. É fácil entender que a taxa de decaimento se reduza após 5 anos de recessão contínua. Vergonhoso, porém, é a mudança na metodologia, para forjar uma "retomada" que jamais ocorreu após 2015 e que, pelo observado na economia real (não nessa especulativo-financeira-rentista), está longe de acontecer. A "queda da ficha", atrasadíssima, ocorre porque nem mesmo os "colonistas" e analistas PIGAIS conseguem mais dar sobrevida às mentiras e manipulações grosseiras de que se valeram até agora para manter "pacificadas" as massas espoliadas, exploradas e/ou excluídas. Mesmo para essas FFAA vira-latas e entreguistas, que se mostram leoas com os pobres, fracos e oprimidos, mas umas gatas angorá com os colonizadores, vai ser difícil manter uma ditadura como a de 1964-1985.
A eliminação do Brasil como grande nação interessa a quem, mesmo? Penso que a todos, todos os nossos concorrentes mundiais.
E nossa elite e seus "seguidores" remediados no serviço publico e nas privadas... empresas, ajudam nossos verdadeiros inimigos.
Que merda, hein?
E o Lula lá, na gélida Curitiba!
Merda dupla!