Do Facebook do jornalista Luis Costa Pinto, recolho o sensacional vídeo do estudante secundarista o Lucas Penteado Kóka, que participou da ocupação do Centro Paula Souza, em São Paulo, com uma repórter da TV Globo.
Ele não é nem agressivo, nem grosseiro, mas há irritação por parte da profissional que se vê, subitamente, personagem igual aos que ela faz personagem.
Lucas, sem formação teórica, usa apenas a sensibilidade dos critérios de convívio que aprendeu com o comportamento dos jornalistas e dos programas de reportagem que perseguem e emparedam seus “entrevistados-vítima”.
É uma triste verdade quando o menino diz: “vamos brincar de mídia”, fazendo com ela o que viu repórteres fazerem centenas de vezes com pessoas “normais”.
A coleguinha demonstra não ter o menor fairplay ao ser deslocada do seu papel de “autoridade”. E nem jogo de cintura para reagir aos questionamentos.
Poderia ter dito: sim, eu sei que vocês querem isso, aquilo, aquilo outro. E que estava ali para mostrar o que a garostada estava fazendo e deixar que eles explicassem as razões. Se a emissora ia dar ou não, diria, eles sabem que não é decisão dela, mas ela faria o melhor.
Mas, não. Saiu-se com a explicação de que o silêncio provaria uma suposta neutralidade que sabe que não existe e menos ainda existe na Globo. Encampou o discurso oficial e hipócrita, quando poderia – sem se comprometer profissionalmente – responder ao garoto.
Dizer que nunca foi pedido para ter opinião diferente do que tem é muito pobre. Porque às vezes obedece-se sem que se tenha de mandar.
Alguns colegas acharam que a repórter foi “emparedada”. Discordo e estou cansado de ver pessoas serem muito mais emparedadas por repórteres.
Nem acho que responder com calma e equilíbrio, dizendo que sabe bem a pauta dos estudantes e que vai gravar seus argumentos e reivindicações vá tirar o emprego de ninguém.
Muito pior -e a gente não pode deixar de entender porque isso acontece – é que o menino acha que, sim, o “arrocho” ao entrevistado é ser repórter.
Não é o que muitos de nós temos sido?
View Comments (21)
Coitada da repórter, começou na minha cidade no jornal local (TV Tribuna de Santos-afiliada Globo) e retrata bem o que é o povo de Santos.
Manual pro estudante esquerdista - anos 80:
1. Odiar os EUA;
2. Odiar a Globo;
3. Odiar o Mc Donalds.
Manual pro estudante esquerdista - ano 2016:
1. Odiar os EUA;
2. Odiar a Globo;
3. "A gente ama tudo isso!"
Manual do troxinha 2016
1. Amar e proteger quem rouba merenda escolar
2. Assitir e engolir tudo que a Rede Bobo transmite (enquanto isso os Marinhos sonegam e praticam corrupção descarada)
3. Ser conivente, aplaudir e se corromper junto com o Cunha, Temer e Aécioporto
4. Ser entreguista de tudo que é brasileiro e babador de ovo de americano, tendo como exemplo o Serra Ambulância
Faça minhas as suas palavras. Disse tudo deste midiotas.
São os globotomizados pelo Pig.
Muito bem, Gerson. "Deu no meio" do sabujo dos governos dos EUA, o Alisson Souza.
De vez em quando um dos três patetas estatizados do Temer aparecem. E para falar bobagem. Típico de pateta.
Bah! A sorte da globo é que o Lucas não encontrou o Boner.
A repórter da globo sabe muito bem que ter opinião que não seja a dos seus patrões, dentro desta mídia monopolista e golpista é correr sério risco de ser mandada embora. Esta é a razão.
Concordo, porém, responder quais as reivindicações dos estudantes seria uma resposta técnica na qual ela não precisaria demonstrar preferência nenhuma. Já a preferência da globo, todo o mundo já sabe. Quando nós, brasileiros, negarmos a essa empresa nojenta nossa audiência as coisas podem mudar. Eu tento fazer minha parte. O engraçado é que ela, mesmo sendo porta voz do neoliberalismo (cumplice de fhc na privataria tucana), jamais daria certo num país desenvolvido. Ela precisa do comunismo tupiniquim, sobretaxar os pobres e dividir entre os super-ricos. Dinheiro do BNDES para ela pode e ninguém acha estranho, nada de pf e nada de juiz homenageado (sic). E o $ sonegado? Alguma previsão se eles vão pagar?
Um menino humilhando a covardia de uma "repórter"
Medíocre
REALMENTE, “o STFede afastou o GANSGTER mafiosíssimo eduardo ‘CU(nha)’ dos nazigolpistas &$ [mega]corruptos"!
Ah, estes(as) “supremos(as)” literalmente ‘desMOROlizados(as)’!
$$$$$$$$$$$$$$$$$
(…)
Sentei na cadeira – O Planalto [do Temer interino] entrou em pânico com a notícia de que Waldir Maranhão havia exonerado a chefe de gabinete de Eduardo Cunha na presidência, Helena Freitas. Pressionado, ele recuou e manteve a funcionária.
(…)
Por jornalista Natuza Nery
CACHOEIRA – perdão, ato falho -, FONTE [IMUNDA!]: http://painel.blogfolha.uol.com.br/2016/05/21/governo-exigira-que-estados-congelem-salarios-de-servidores-e-concursos-publicos/
Quem sabe bem mesmo brincar de mídia é o PT.
http://sensoincomum.org/2016/05/19/dilma-usa-video-de-pobre-falsa-para-se-homenagear/
Tergiversando ou querendo transformar os três patetas estatizados por Temer em quatro patetas estatizados por Temer?
Conforme relatado minuciosamente por PHA em "O Quarto Poder", a Globo/São Paulo é fruto de vergonhosa e grosseira fraude, motivo por que o senador Roberto Requiao representou perante o Ministério das Comunicações pela anulação da transferência para família Marinho. Quem tiver a oportunidade leia, eis trata-se de nossa história contemporânea.
Muito legal! Reportagem genial. Esse menino Lucas é um cara batuta.
Fantástico isso, ainda mais pela pouca idade dos garotos, mas com uma grande consciência em poder saber o que o jornalismo da globo faz, que é manipular as reportagens e distorcer fatos. Os "jornalistas" da Globo, principalmente os televisivos e colunistas, são os "Capitães do Mato" do jornalismo patronal. Não há contextualização dos fatos a partir da realidade histórica do oprimido pelo opressor, mas uma contextualização a partir do viés ideológico do patrão. Nesse sentido, o jornalista tem que ter afinidade com o pensamento do patrão. Hoje, mais do que nunca, os RHs das empresas de mídias já estão incorporando para sua seleção esse pensamento e selecionando aqueles que "casam" com o pensamento da empresa, que é ser conservador, reacionário, repressor, contra políticas sociais, privatista, neoliberal e de direita.