Veto de Dilma na LDO evita “bondade do mal” no Bolsa-Família

A manchete do Estadão sobre os vetos apostos pela Presidente Dilma Rousseff contém uma destas “jaboticabas”, as coisas que só acontecem no Brasil.

É o que estabelecia a correção dos valores dos benefícios do Bolsa Família em algo próximo de 16%.

Muito bom, muito bem, seria digno de aplauso.

Mas, espere….Não era lá no Congresso que queriam cortar o orçamento do Bolsa-Família para arranjar o tal superávit fiscal?

Não era o Estadão que, há pouco mais de um ano, chamava o programa de “Bolsa-Voto”?

A tática da maldade é disfarçar-se de bondade.

Como a dotação orçamentária para o Bolsa Família é fixa, o que acontece quando se aumenta o valor do benefício?

Sim, como o valor total é o mesmo, menos benefícios poderão ser pagos.

Logo, pessoas teriam  de ser desligadas do programa.

Mas o reajuste não seria correto? Seria, e seria também desastroso.

Encher-se-ia mais o prato de uns, com todo o merecimento, esvaziaria-se o de outro, sem a menor piedade.

O inimigo do bom, dizia minha santa avó, é o ótimo.

 

De “bem- intencionados”, dizia ela também, o inferno está lotado.

Fernando Brito:

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  • A estratégia da oposição em sangrar o governo, sangra o país e ela própria com tantos tiros no pé ao longo destes anos. A população enxergou que os moralistas sem moral não ficam de pé com uma simples pesquisa no Google.

    • Vc disse tudo. Quando alguém vem me questionar, eu mando pesquisar no google sem dar dicas de como pesquisar, para depois ele não me dizer que eu direcionei as pesquisas.

      Porém muitas pessoas são preguiçosas, talvez a maioria, e preferem receber a notícia de forma passiva. Se pesquisassem no google de forma ativa, que é muito simples e barato, estariam muito mais bem informados e seriam menos enganados.

      Espero que quando a Direita tomar o poder não censurem o google, pois parece que o facebook já tá dominado.

  • Com tributaçao sobre as grandes fortunas e implementaçao do imposto progressivo já daria para garantir o amento do bolsa-familia.
    E isso para falar pouco, porque o nosso maior problema que atinge todo o país e está levando o Brasil para o buraco é o "sistema da dívida publica" que é um sistema de subtraçao de recursos públicos para encher o bolso dos banqueiros, os verdadeiros credores da nossa dívida.

    Só para constar -- Se o Brasil fizesse a cobrança de 5% de fortunas acima de 50 milhoes a arrecadaçao por ano seria de 90 bilhoes, o que representa 3 vezes o defict apresentado pelo governo para justificar o ajuste fiscal que corta direitos, arrocha os salários e promove o desemprego. Quem diz isso é Maria Lucia Fattorelli, coordenadora da Auditoria cidadã da Dívida Pública.
    Amigos comentaristas, assistam ao video do link que eu deixo abaixo, porque ele é uma aula sobre qual é o nosso verdadeiro problema no país e uma luz sobre o que precisa acontecer para que o Brasil seja nosso por inteiro. É uma palestra que foi realizada no SindpdSP em out/2015. Assistam, voces vao iluminar os pensamentos. Precisamos nos engajar nessa luta para que a auditoria da dívida ocorra logo, antes que tudo vá para o buraco de vez. O link é esse:
    https://www.youtube.com/watch?v=7I_TZQLgPBo

  • Uma vaia sonora para o Estadinho.... pensamento pequeno de jogar contra o Brasil só porque o queridinho deles não foi eleito. Falta de ética distorcer notícias.

  • Em primeiro lugar, parabéns ao FHC por ter criado as bolsas e não tê-las utilizado para explorar a pobreza eleitoralmente, como foi feito depois pelo Lula, que antes as chamava de "esmola que deixa o cabra vagabundo", mas depois mudou o nome para Família e passou a mentir que foi o seu criador. Agora, não era preciso tirar esse pouco de quem precisa. Era só demitir as dezenas de milhares de CCs criados pelo PT para arrumar a vida da companherada. Ou igualar o juro cobrado pelo BNDES ao que o governo paga, como sugeriu o Everardo Maciel. São as escolhas do PT: primeiro os companheiros e os amigões que contratam palestras e consultorias esportivas.

    • Vai estudar, menino!
      Uma olhadinha nos dados do IBGE ajudam bastante...

    • Ô, Coxinha, tem que resolver: é ou não é bolsa esmola?
      Tem que arrancar isso dos vagabundos, né mermo?

      Retirar dados da VEJA pra criticar o que quer que seja não vale. Só mesmo pra dar parabéns ao príncipe.
      Tem que estudar, uma olhadinha nos dados do IBGE ajudam bastante...

    • Primeiro:

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Bolsa_Fam%C3%ADlia

      ps.: note que o FHC só criou alguns dos programas quando estava de saída do - desastrado - governo.
      Leia bem direitinho o que o Lula e o PT fizeram para não pagar mico falando m....

      E, segundo, como sugestão:

      http://jornalggn.com.br/noticia/manual-do-perfeito-midiota-parte-3

      Que em 2016 o debate se eleve.
      Mas não no tom.
      Que eleve o nível do debate.
      Tem gente que insiste em baixar o nível intelectual dos fóruns de debate coletivos.
      Estes caras vão continuar com mesmo debate chulo, agressivo, vulgar, fascista e medíocre em 2016 ?
      Vão querer ficar sendo parte do problema ?
      Seriam os "idiotas da aldeia" do Umberto Eco ?

    • Mão, voce não é burro nem mal intencionado, arnesto.
      Apenas nao sabe nada p nenhuma da historia , das origens e do desenvolvimento reais do BF.
      ...e dos efeitos muito menos.

      • É a "síndrome de Veja", o sujeito tem dados que comprovem suas sandices...
        Não resistem a uma busca no Google, muito menos a uma olhadinha nos dados do IBGE

      • A origem é tão fácil que até alguém como você pode entender: depois de dez meses falando asneiras sobre o Fome Zero e sem conseguir fazer nada, em 20/10/2003 o Lula emitiu um decreto pelo qual se passava a chamar de Bolsa Família aquilo que ele antes dizia ser uma "esmola que deixa o cabra vagabundo". Depois foram as conhecidas mentiras e o uso eleitoral descarado do programa.

        • A data do decreto foi para o Eugênio, que gosta de fazer buscas no Google, conferir que os petistas mentiram para ele quando disseram que o Lula inventou as bolsas. Ele também pode procurar o vídeo do discurso do Lula dizendo que os pobres ficavam vagabundos quando recebiam "esmola".

          • A origem do programa todo mundo aqui sabe...
            (Dona Ruth deve ter morrido de desgosto).
            O desenvolvimento da ideia é que parece ser do conhecimento de alguns poucos.
            E a vontade política de desenvolvimento da política.... aí sim, sabemos todos de onde veio, né mermo?

          • Muito bem, Eugênio: as ideias existiam, o FHC criou as bolsas e o Lula, que as chamava de "esmola" mudou seu nome e passou a mentir que as inventou. Isso nem se discute, só os muito ignorantes não sabem do fracasso do Fome Zero e todo o resto da história. Agora, o meu comentário era no sentido de que o PT não precisaria tirar dinheiro de quem precisa se apenas demitisse os 34 mil CCs que acrescentou ou cobrasse juros maiores dos amigos que pegaram dinheiro no BNDES, duas coisas perfeitamente factíveis. Mas o PT não seria o PT se agisse com competência e honestidade.

          • Ué, mas só vale se fizer no primeiro ano de governo? Lembre que o FHC teve que organizar o país a partir da baderna da hiperinflação, ao contrário do Lula, que só teve que seguir a receita do FHC como prometeu na Carta aos Brasileiros. E só o Bolsa Escola atendia 5,5 milhões de famílias quando FHC saiu do governo. E o ponto não é este e sim que:
            - O Lula dizia que as bolsas eram "esmola".
            - O Lula, após o fracasso do Fome Zero, mudou o nome para Bolsa Família, mentindo que o criou.
            São fatos simples. Fica menos feio você aceitarem que foram enganados pela propaganda petista e admitir a verdade.

          • Não é possível negar a importância do Plano Real, lançado no governo de Itamar Franco, que substituiu Collor após o impeachment deste. FHC, então ministro da fazenda, chamou alguns nerds da economia de então e estes fizeram o Plano Real que serviu de carro-chefe para eleger FHC para seu primeiro mandato.
            Administrou mal o plano. Tem até livro sobre a incompetência em gerenciar o plano. O Brasil foi à bancarrota antes mesmo de FHC assumir seu segundo mandato. Um estelionato eleitoral que não habilita ninguém a apontar o dedo para outro... As taxas de aprovação do FHC na época que o digam.

            Mas vamos aos seus pontos.
            Já no final do desastroso segundo mandato, FHC fez algumas benemerências com o povo e criou alguns auxílios isolados como o tal de "Auxílio - gás" e "bolsa-Escola".
            Do jeito que estava era realmente uma "esmola". O governo Lula agregou o Fome-Zero e as outras benemerências do FHC e criou o Programa Fome Zero. Se deu certo ou não, não é possível dizer. Afinal, o Fome-Zero foi incorporado no Programa Bolsa Família e este é, reconhecidamente, um programa que deu certo.

          • Errata:

            Onde escrevi:
            "O governo Lula agregou o Fome-Zero e as outras benemerências do FHC e criou o Programa Fome Zero"

            Leia-se:
            "O governo Lula agregou o Fome-Zero e as outras benemerências do FHC e criou o Programa Bolsa Família"

          • Vi agora que você respondeu. Mas fica cada vez mais ridícula a sua tentativa de negar os fatos, inventando fantasias. Quer dizer que você acha que ele juntou o Fome Zero com a bolsa já existente?!! Então você acha mesmo que existia um Fome Zero?!! Conta para nós o que ele fazia, porque nem os petistas sabiam, tanto que apresentaram um plano idiota atrás do outro até desistirem, quase um ano depois. Os fatos são os fatos: o Lula chamava as bolsas de esmola, mas após não conseguir apresentar nada do tal Fome Zero, mudou o nome do Bolsa Escola e outros para Família. Lê o decreto de 20/10/2003, é só essa a mudança. Se lhe enganaram contando outra história, lamento que você tenha acreditado nos farsantes.

  • ..."'Tá' vendo" que é possível viabilizar a equação ajuste fiscal ["sem lascar os pobres"] e desenvolvimento econômico com geração de empregos e distribuição de renda!?...

    ##################################

    PT quer imposto sobre fortunas e CPMF

    Para superar ajuste, partido pede mais impostos e empréstimos da China

    SÃO PAULO — Para superar a pauta do ajuste fiscal, a bancada do PT na Câmara vai intensificar a pressão sobre a presidente Dilma Rousseff com o objetivo de que o governo adote um pacote de medidas na economia, como a reformulação da cobrança do imposto de renda com adoção de alíquota de até 40%, a tributação de lucros distribuídos por empresas a acionistas, além da busca de empréstimos na China.
    (...)
    AS 14 PROPOSTAS
    (...)

    FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.conversaafiada.com.br/economia/pt-quer-imposto-sobre-fortunas-e-cpmf

  • De uma forma ou de outra a manchete seria negativa. Eu não sei porque ainda me espanto com as diversas formas que a mídia tem de implantar sempre o pior em tudo para sangrar o governo. Dilma precisa ir mais em rede nacional dar a versão dos fatos como eles são.

  • A mídia que tanto condena os programas sociais entre eles o bolsa familia agora querem pousar de defensoras dos pobres. É incrivel a falta de vergonha na cara tanto falta a eles.

  • "Como eu sempre digo, camaradas, eles estào sempre errados e nós sempre estamos sempre corretos" (Lenin)

  • O Pig se nutre armadilhas para tentar pautar o governo, conversam e se acertam entre si para tentar passar para a sociedade temas que buscam
    o constantes desgastes do governo, mas noto que cada dia a tarefa do Pig fica, cada vez mais difícil, pois a sociedade vem aos poucos percebendo que a imprensa está jogando no quanto pior melhor. Tanto é verdade que o povo vem despertando para essa verdade que, nesse fim de ano, pouco se importou para a propalada inexistente crise que a Globo quis impor ao povão. Qualquer matéria que a fizesse tinha que constar a palavra CRISE. O tira tá saindo pela culatra, e o calibre da bala é dos grossos. kkkkk

  • Gente, me expliquem direito isto, não entendi o aumento e redução de beneficios...
    Desculpem minha ignorancia...por favor...ajuda aí..

    • O aumento dos valores individuais dos benefícios reduziria a capacidade de manter o quantitativo de famílias beneficiadas.

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