O jornal Extra, do Rio, publica a história da moça Victória Cavichioli, que publicou no twitter uma mensagem dizendo que “nada contra, mas na estação do Brás abrem a porta da senzala, sou o contraste do vagão”.
Victória é só outra cabeça fútil, primária, que “se acha”.
Muito provavelmente o seu racismo é menos “racial” e muito mais social, o que não o diminui.
É que no Brás se conectam o Metrô e as ferrovias da CPTM que ligam o centro paulistano a Rio Grande da Serra e a Poá e a Suzano.
Aos pobres.
Como há muitos pobres negros e mulatos entre os pobres, vai “racismo racial” também nisso.
À Victória, talvez não se tenha ensinado que seus avós ou bisavós chegaram ao Brasil em verdadeiras “senzalas”.
Quem sabe, talvez, a moça que se acha “um contraste” não seja descendente de Adamo Cavichioli, de 37 anos, que veio com a mulher, Giovanna, de 34, e os filhos Adele, Maria, Anselmo e Attilia, uma “escadinha” de 3 a 12 anos.
Sabe, Victória, o navio, que os trouxe ao Brasil em 1891 – o vapor Matteo Bruzzo – tinha 32 passageiros na primeira classe, 20 passageiros na segunda classe e “só” 1.215 passageiros no “senzalão” na terceira classe, categoria onde ficavam acomodados os imigrantes que vinham à procura de trabalho no Brasil.
Que depois de desembarcarem ficaram numa “senzala”, como muitas vezes foram os alojamentos coletivos da Hospedaria dos Imigrantes de São Paulo, famílias misturadas num pátio.
Quem sabe um dia um Metrô imaginário abra as portas nesta “senzala” para você ver de onde veio, o que, aliás, não a faz pior do que ninguém. Como não faz ninguém pior do que você.
Baixe a sua bola, mocinha, e procure saber quem foram seus avós, bisavós, trisavós.
Agora, se quiser a continuar a ser assim, procure os que fazem a sua cabeça ser assim preconceituosa.
Vai achar gente que diz, até, que “não somos racistas”, como o descendente de imigrantes Ali Kamel – como você é – que dirige o jornalismo da Globo que nunca te mostrou como eram as “senzalas” dos imigrantes italianos.
Pode crer, a Estação do Brás é uma Higienópolis perto delas.
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Isso que eu chamo de "tomou um pedala robinho" na orelha!
A moça poderia aproveitar que passa pelo Brás e visitar a Hospedaria dos Imigrantes (Museu da Imigração) que fica ali pertinho da estação. Talvez aprenda um pouco de como nossos alvíssimos antepassados aqui chegaram.
Fernando, cabe um acréscimo?
Ao lado da estação do Brás fica o "Museu da Imigração" no prédio onde funcionava a hospedaria para quem chegava de Santos a São Paulo. A maioria dos imigrantes de várias nacionalidades se hospedou ali. Meus bisavós italianos passaram todos por ali. É provável que os bisavós de Victória também tenham se hospedado nesse prédio ao lado da estação do Brás onde a moça "contrasta".
Victória, se por qualquer obra do acaso você ler este comentário, indico que faça uma visita ao Museu da Imigração e conheça um pouco da história dos nossos avós que estavam ali, tão próximos da estação do Brás que você usa hoje e tão próximos da senzala daquela e desta época.
http://museudaimigracao.org.br/
Desculpe, mas não compare hospedaria de imigrantes europeu com senzala. Já esteve numa? O pé direito das acomodações eram de 1,5 metros e sem janela. Visite a cidade de Piracicaba-SP e veja como MEUS TATARAVÓS eram tratados.
Valeu Fernando o analfabetismo histórico está virando epidemia neste país.
Pq os racistas estao tao serelepes, tao
comunicativos e desavergonhados ?
CARALHO,,, kde os negros e mesticos,
q sao maioria absoluta neste pais, q
nao colocam esses racistas no devido
lugar? Matar um racista seria de bom
tom, imediato e um sentimento de
justica sendo feito, porem, nao eficaz,
precisamos vomitar na cara desses
bocais e sem carater historia, bom
senso e humanidade. Enquanto
acharmos q esses mensageiros do
odio combate se com republicasmo
eles, os racistas/ fascistas, se acharao
no direito de barbarizar. Portanto,
precisamos tira los da zona de
conforto, trazendo o debate, a
polemica, a reflexao, a critica para
jogar luz nessas mentes doentias.
Doente
Qualquer forma de preconceito é absurda. Essa moça deve ter sido criada, como bem disse Brito, sem conhecer a história de seus antepassados. Deve também pensar que ser descendente de europeu a faz descendente da realeza. Deveria estudar com mais afinco a sua terra mãe desde a idade das trevas.
Aliçon? Nao foi embora ainda?
Se ela descobrir que tem DNA africano, ela se mata.
No fundo, racistas são pobres coitados inseguros e medrosos que temem serem inferiores aos que eles odeiam.
Essa moça deveria responder nas barbas da lei.
Bora MP, processar essa boçal???
Parabéns Fernando.
é isso. Se pelo menos , como no primeiro mundo, aqui se cobrasse uns 60% de imposto em tudo poderia ter como pagar salário que preste para esse povo e não essa miséria que faz com que não fique longe da pobreza histórica. Isso sem levar em contar que , ante o que se paga para construtora nesse pais, a própria estação é mesmo bem próxima de currais