Ontem escrevi aqui, ao comentar o ato de provocação do General Antonio Hamilton Mourão que, àquele momento, o Comando do Exército julgava se “ele deve ser ignorado ou receber nova punição, necessária do ponto-de-vista disciplinar, mas que tem o inconveniente de torná-lo líder do “movimento dos sem juízo”.
O general Mourão vai ser punido, mas sem espalhafato, porque é exatamente isso que ele pretendia ao fazer a gravação que gerou toda esta polêmica.
Mourão falou na sexta-feira, 15, dia seguinte ao da 314ª reunião do Alto Comando do Exército, onde o ponto mais polêmico foram os cortes orçamentários impostos aos militares.
Recordem-se que foi o dia em que se tornou pública a suspensão das atividades das tropas enviadas ao Rio para colaborar na segurança pública, por falta de recursos financeiros.
No mesmo dia, o comandante da Arma, General Eduardo Villas-Boas divulgou mensagem afirmando que um dos temas da reunião foi “a questão das restrições orçamentárias que já chegaram ao limite do razoável”.
Há um clima evidente de descontentamento e até inconformismo com a situação de penúria em que Arma está lançada.
Mourão, secretário de Economia e Finanças do Alto Comando, percebe isso perfeitamente e “se candidata” a mártir.
Já não é de hoje.
Mourão sabe que não chega “por antiguidade” a comandante do Exército (é aspirante de 75, a mais antiga turma de oficiais ainda na ativa, à beira da reforma), Nem pela política (onde Sérgio Etchegoyen nada de braçada), muito menos por indicação pessoal de Villas-Bôas.
Mourão não é candidato a Castelo Branco, é candidato a Costa e Silva.
Vai amar quanto mais o fizerem de “monstro”, é tudo o que deseja.
O ministro Jungmann, como é natural dado o seu nível de inteligência, parece que não entendeu isso.
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E o lindenberg tb nao. Estava hj cobrando puniçao.
Gente, ha de se pensae: que moral um país comandado por esse governo tem, para punir um kra q faz um discurso anti-corrupçao, por mais deploravel q possa ser?
Eh bem provavel que uma puniçao possa provocar um movimento e uma militancia dentro do exercito, a favor desse kra.
E aí sim, com a divisao do exercito e fortalecimento de alguns grupos, podemos falar ate em golpe de estado.
Ha de se ter inteligencia
O único golpe de estado que essa turma poderia dar seria aquele nascido da falta de grana NOS SEUS BOLSOS.
Não seria pelo pais ,PORQUE NUNCA FOI ESSA A INTENÇÃO.
MILICO TEM QUE FICAR GUARDADO ,QUANDO ACHA QUE É ALGO ALEM DE UM FUNCIONÁRIO PÚBLICO,É AÍ QUE ELES DEFECAM.
de todo modo eu gostei da falatina do general, e não é pelo quanto pior, melhor, mas sim como divertimento, eu choro e rio da incapacidade dos golpistas de manterem o golpe naquilo que é um golpe: controle total da estrutura do estado e da nação, pois de verdade os golpistas são predadores despreparados, de letramento baixíssimo, sem ética, moral religiosa e dinheirista...pequenos (olha pro filho do cesar maia!!! o bolofe não sabe expressar - cumé que ganha eleição?), o temeroso é nojonojonojo e Medo, o meirelles me lembra o Carvão, um cavalo que tive na infância - dentes arreganhados mas sem sorriso, sem espírito, claro, não aguentei ele e troquei por um burrico manco - o que me desmoralizou pra sempre diante de meu padrinho fazendeiro). pois é seu fernando, você me tem oferecido excelentes leituras -- cheirosas de Darcy Brizola -- de fina escrita. eu agradeço.
Ola gostaria em saber se ha parentesco deste militar com o gen.olympio mourao filho o golpista de 64?
O VERME AMEAÇA COM UM GOLPE VESTIDO DE FARDA(QUEM ENTENDE ESSE GESTO SABE DO REALISMO CONTEXTUAL QUE ENGLOBA,REPITO;ENGLOBA) EM UMA LOJA MAÇÔNICA,O VERME É UM GENERAL E NÃO UM BOLSO MERDA QUALQUER,O VERME NÃO FOI REPREENDIDO.
Treme devia vender as salas comerciais do michelzinho para não deixar faltar dinheiro para os milicos. Já pensou se o exército com fome, se unir aos outros famintos, o povo?
Seguuuuuura peão!
Esses hoje generais e sulbaternos esquecem rápido. Por exemplo, esqueceram que na era do FGAGAC, as tropas eram dispensadas na parte da tarde para "poupar" o rango que seria servido no outro dia. Naquela época como hoje, não havia grana. Nos desfiles de sete de setembro, data que o tal FGAGAC achou "palhaçada comemorar", veículos eram limitados porque sequer tinha grana para abastece-los.
CRUVINEL ALERTA,DEIXEMOS DE SER INGÊNUOS,A ESQUERDA SEMPRE SE FODEU POR INGENUIDADE.
" O “esquecimento seletivo” caracteriza estes tempos estranhos que vivemos no Brasil. A semana começa sem comentários sobre a ameaça de intervenção militar feita na sexta-feira por um general da ativa, Antonio Hamilton Mourão, que não foi preso nem advertido por esta ofensa à Constituição. Seu superior hierárquico, o comandante do Exército, general Eduardo Vilas-Bôas, apenas negou categoricamente esta possibilidade. O ministro da Defesa ficou mudo. Já o comandante-em-chefe das Forças Armadas, que teoricamente é Michel Temer, não deu um pio. Afinal, ele também está no cargo por conta de um golpe, não militar, mas parlamentar. Quê moral tem para repreender pregações golpistas? Ao invés de esquecer as declarações do general Mourão, devemos nos lembrar de 1964, quando ninguém acreditava num golpe militar. Afinal, a porteira já foi aberta com a derrubada da presidente eleita Dilma Rousseff e a tomada do poder civil por uma organização criminosa. O golpe militar é o degrau que falta para o Brasil completar sua volta ao passado.
A posse da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, na manhã desta segunda-feira, guarda uma relação com as ameaças do general Mourão. Disse ele, de farda, em sua palestra de sexta-feira numa loja maçônica de Brasília: “Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública o elementos envolvidos em todos os ilícitos ou então nós teremos que impor uma solução. Os Poderes terão que buscar uma solução. Se não conseguirem, temos que impor uma solução. E essa imposição não será fácil. Ela trará problemas. Pode ter certeza”. Ah, sim, não temos dúvidas de que os problemas seriam terríveis. Não nos esquecemos dos 21 anos da ditadura militar.
O discurso de posse de Raquel Dodge, em que pregou a “harmonia entre os poderes”, não pode ser tomado como roteiro de sua atuação mas, nas entrelinhas, pode-se ler que o MPF, sob seu comando, será mais contido no combate à corrupção. Ela pregou mais ênfase em outras tarefas do Ministério Público, como a defesa dos direitos humanos, do meio ambiente, dos índios, enfim, dos direitos difusos dos cidadãos. Se esta pregação, que relativiza a prioridade à Lava Jato, significar essencialmente o fim dos abusos, das delações forçadas, dos vazamentos seletivos, das punições politicamente orientadas e do populismo de alguns procuradores, tanto melhor.
Mas, caso venha a representar uma freada nas investigações que envolvem Temer e seu grupo no poder, será a rendição da PGR. E para o general Mourão, a indulgência significará que o problema politico não foi solucionado, “retirando da vida pública os elementos envolvidos em todos os ilícitos”? E neste caso, teremos o golpe militar? Ou não se referia ao general aos que estão no governo, acusados de comporem uma quadrilha chefiada por Temer, mas a outras forças políticas? A Lula, por exemplo, com o impedimento de sua candidatura?
Em sua palestra, o general admitiu a existência de “planejamento” sobre a hipótese de intervenção e acrescentou: “O que interessa é termos a consciência tranquila de que fizemos o melhor e que buscamos, de qualquer maneira, atingir este objetivo. Então, se tiver que haver, haverá”. No final de semana, em declaração ao Estado de S.Paulo, minimizou o que disse, dizendo não estar “insuflando nada” e ter falado em nome pessoal.
Ainda assim, o que ele falou nunca havia sido dito por nenhuma autoridade militar depois de 1985, quando a ditadura chegou ao fim.Foi a confirmação de que ainda pulsa, nas casernas, a tentação intervencionista, adubada a partir de 2013 pelos manifestantes de direita que pediram a volta dos militares.
O “esquecimento seletivo” não pode apagar esta ameaça. Não podem os democratas fiar-se inocentemente apenas na garantia do comandante do Exército: “ Desde 1985 não somos responsáveis por turbulência na vida nacional e assim vai prosseguir. Além disso, o emprego nosso será sempre por iniciativa de um dos Poderes”, disse o general Villas Bôas. Declarações parecidas também foram dadas por altas patentes antes de 1964.
Fomos convencidos, nas últimas décadas, de que golpes militares são um anacronismo que não encontram lugar no presente. Mas não acreditávamos também em golpe parlamentar, e ele veio. Este foi um fato grave, agravado pela ausência de reação dos superiores hierárquicos do general.
Tudo é possível quando a ordem democrática é quebrada. Sabemos que os golpistas de ontem e os de hoje não tem escrúpulos. O golpe, implementado metódica e lentamente através da judicialização da política e da politização da política, destruiu o regime democrático, mas não colocou outro regime político em seu lugar. Por isso para se estabilizar o Golpe pede um novo regime, necessariamente, antidemocrático que é sua razão de existência, sua incapacidade para aceitar os fundamentos básicos de uma democracia como, por exemplo, o resultado de uma eleição.
No momento atual não é necessário nem rasgar a Constituição nem caçar os partidos políticos contrários ao Golpe, como os antigos golpistas fizeram no último ciclo autoritário, basta fazer uma leitura bastante deturpada de nossa Constituição ou modificá-la de forma sub reptícia pelo Congresso , modificando cada capítulo ao bel prazer e interesse, como vêm fazendo desde que ela foi aprovada.
Agora mesmo o capacho golpista, está na matriz desses grandessíssimos FDP recebendo ordens do patrão para "derrubar" o Maduro, tal e qual fizeram aqui com a Dilma, e "restabelecer a democracia". É ou não é uma grande piada? Além de grandessíssimos FDP, são grandessíssimos cretinos sem carater e muito menos moral.
Triste sina dos militares, prestando continência pra ladrão.
Jungmann, dizem, ja comandou, sim.
Um desvio de uns 35 milhões no Incra.
Do qual foi também suspeita a mulher do Noblat.
Que teria, por esta razão, jornalisticamente intimidado Toffoli Dias, a quem cabia relatar.
No que deu este processo?
Esse é o problema do judiciário brasileiro.
Escolhem quem investigar.
E isso aí Gaugu Mello. Presenciei isso no forte de Copa na gestão do boca de jacare
Acho estranho o Jungmann dizer que a situação é tranquila. Raposa no galinheiro não gera tranquilidade