Sensacional a vídeo-reportagem de Lígia Mesquita e Ana Virgínia Baloussier sobre o pessoal do “agrega valor” vendo o jogo do Brasil nas festas de luxo em São Paulo.
Inacreditável.
O maior coeficiente de babaquice por metro quadrado que se viu desde Maria Antonieta.
Não mostre para as crianças.
Nem consigo imaginar o que seria “coxinha de ossobuco”.
O “rei do camarote” ficaria com inveja.
Comecei a entender porque não tocou a “Marselhesa” no jogo da França.
Foi ordem da segurança.
O pessoal podia confundir o que gritaram com a palavra pescoço em francês, né?
E achar que era uma conspiração comunista, como o Rodrigo Constantino, da Veja, viu na logomarca da Copa.
Ai, que saudades do Ibrahim…
“Le churrasquin sûr la laje” dá de dez a zero na peruagem paulistana.
Que pode achar que é aristocrata, mas é só endinheirada.
Só fico preocupado do José Simão perder o emprego.
O padrão Fifa do Brasil é de doer.
View Comments (38)
Caro Fernando...
melhor que o padrão Fifa: "padrão vip do Itaúúúúúú", aquele que ensina crianças a mandar "tomar no c..." e a chamar nossos adversários de "viado"...
é o padrão da elite paulista, o "padrão vip do Itaúúúúúú" com apoio do PIG e de "cheirosos" candidatos à presidência
Leônidas, concordo com você. Tem babacas em tudo que é lugar, mais babaca paulista supera a todos.
isto mereceu esta montagem aqui:
http://www.dailymotion.com/video/x1zsm5n_os-yellows-brocs_fun
Fui lá ver o vídeo.
Realmente é muita futilidade junta, excesso de babaca por m².
Conseguem falar merda com propriedade.
Eles se merecem.
Já sei mandam tomar no c.. Prestem atenção todas as bocas parecem um C... Olhem a da psicóloga é o tal do C.. perfeito!!!
Fernando, tem um código html na postagem que não está publicado corretamente no final.
Vai no blog O Cafezinho do Miguel do Rosário. Lá você assiste a nova versão do último baile da Ilha Fiscal. É nojento sim, mas dá p´ra rir.
Inacreditável!!
A COPA
Na sexta-feira 13 sentei num dos bancos da Praça Getúlio Vargas para fumar um maldito cigarro, esperando a hora do almoço acabar. Ao meu lado estava um velhinho, que já veio puxando assunto, falando do jogo de ontem. Época de Copa do Mundo é assim mesmo, tudo é motivo para conversar com desconhecidos, ainda mais com essa acontecendo aqui em casa. Mas ele estava mesmo era indignado com os xingamentos à Presidente do Brasil, e me contou uma história, mais ou menos assim:
Em 1970 ele estava preso num porão com mais um grupinho de rapazotes cujo crime foi ter ido a umas reuniões para meter o pau nos milicos, ou ter tirado umas ondas de comunista pra cima de umas minas, ou até mesmo uns xingamentos bestas pelo meio das ruas, embalados por uma boa cachaça. O porão era pequeno, com um corredor estreito separando duas pequenas celas com grades grossas, onde estavam umas quatro ou cinco pessoas de cada lado, e, ao fundo, um quartinho com porta de madeira, onde ficava o preso perigoso de verdade. Este ninguém via o rosto, estava sempre encapuzado, e nunca soubemos quem era, mas com certeza era o que mais sofria nas mãos dos milicos, suas noites eram as mais agitadas, e era difícil dormir quando entravam naquele quarto.
A Copa de 70 começou, até aquele momento as torturas eram esporádicas, todo mundo, presos e carcereiros, sabia que aquilo era mais para mostrar serviço aos chefões, ninguém realmente tinha sido pego fazendo algo grave, a não ser o “perigoso”, porém, com a empolgação dos jogos, a coisa mudou de figura. Na primeira vitória do Brasil, acho que eles estavam revoltados por estar de serviço, então, para comemorar, jogaram água no piso das celas e deram descargas elétricas para pegar todo mundo. Não era nada parecido com os choques que recebíamos diretamente no corpo, foi um choque bem mais fraco, mas eles se divertiram pra valer.
No segundo jogo eles já estavam embalados por umas biritas, desceram as escadas cantando e baixaram o porrete na gente, especialmente no “perigoso”. A partir daí virou um inferno, formou-se um grupinho que sempre ouvia os jogos na rádio junto e descia para comemorar a vitória, ou mesmo após a cada gol do Brasil. No dia da partida a gozação começava cedo, “Hoje tem jogo, o Brasil vai ganhar”, “O pau vai comer, gol de Pelé, a comemoração é dobrada”, deixando todo mundo numa expectativa nervosa, cheio de medo. Acho que a intenção deles era fazer os comunas torcerem contra a seleção, provando para eles mesmos que aquele tipo de gente não prestava, que só queriam entregar o país para os sovietes e que se danasse a nação.
Então veio a final, uns já estavam tremendo bem antes do começo, o rádio foi colocado num volume bem alto para ouvirmos os comentários pré-jogo, a expectativa da comemoração pelo título era sinistra, a expectativa do grito de gol fazia o corpo doer antes mesmo que os algozes chegassem. Foi quando saiu o primeiro gol, e para surpresa de todos o “perigoso” começou a socar a portar e gritar “Goooollll, do Brasil”, “Brasil, Brasil, Brasil”. Todo mundo se olhou espantado, os torturadores ficaram sem ação no alto da escada, os demais presos, temerosos a princípio, esboçaram sorrisos cúmplices.
A partir daí, a cada gol, todos comemoravam insanamente, davam voz ao amor à pátria através da seleção, gritavam como loucos, numa afronta clara àqueles que se julgavam os únicos detentores do direito de ser patriota. No final do jogo, éramos campeões do mundo, mas a surra foi homérica, como nunca tinha sido antes, o “perigoso” nunca mais foi visto ou ouvido, mas “aquela final” foram os prisioneiros que ganharam.
E para finalizar, ele me disse, “O que mais me aborrece é que aquelas pessoas que mandaram a Dilma tomar no cu é o mesmo tipo de gente que marchou pelas ruas de São Paulo pedindo a ditadura. É o mesmo tipo de gente que encheu o bolso de grana sob a proteção dos milicos, enquanto o povão se danava. É o tipo de gente que não suporta ver o povão levantar a cabeça acima da merda, porque precisa mandar e ser obedecido sem questionamento. E se o povo puder respirar acima da merda, se tiver tempo para pensar um pouquinho em vez de ter que se preocupar com o que vai comer no dia seguinte, eles estão ferrados, o poder deles vai acabar. E pode ter certeza que eles irão fazer de tudo para voltar ao poder, não fica esperto não para você ver.”
Ele foi embora capengando e eu nem perguntei seu nome, fiquei mergulhado em meus pensamentos, preocupado com o meu futuro, preocupado com o futuro do meu filho. Doze anos atrás eu estava nesta mesma praça, procurando emprego, desesperado, buscando uma vaga no jornal, andando o dia inteiro, batendo de porta em porta e a resposta era sempre “Não, não temos vagas.”
Marcos, não sei quem é você, mas seu relato tocou fundo. Peço licença para reproduzí-lo no meu FB, pois é um desperdício que passe desapercebido ao menos dos meus amigos. É preciso divulgar esse relato para que certos momentos da nossa história não se repitam jamais. Quanto ao povinho das festas vips, se são dignos de alguma coisa é de piedade, tão empobrecidos eles são.
Belo texto, Marcos. Publica no Facebook pra mais gente ter o prazer de lê-lo.
Sr. Marcos,
Com a sua licença, vou recortar o seu depoimento e vou difundir.
Cada amigo coxinha que me mandar a última do Jabor ou quejando, vai receber o seu escrito de volta.
Podem reproduzir a vontade. Um abraço.
Marcos: parabéns pelo texto! Peço a licença para copia-lo e divulga-lo em meu FB também!
Falar o que desta gente. Sem noção alguma. Não tem um mínimo de informação sobre o que acontece com o país. Repetem como papagaios celerados o que leem no PIG. Bando de endinheirados sem cultura e visão de realidade. Vivem em seu mundinho medíocre e egoísta. Não passam de uns vira-bostas.
Que vídeo comédia, Fernando! Parece programa de humor kkk
põ mostra o povo brasileiro de verdade e não esses muambeiros de miami.
A Anny é atriz pornô?