A vitória por 20 a 7 da indicação do jurista Luiz Edson Fachin mostra que, se é verdadeiro o empenho de Renan Calheiros a rejeitar seu nome, não será fácil sabotar o nome do jurista paranaense.
Dos sete votos contrários, ainda que em votação secreta, ao menos seis é possível saber a origem: os dois tucanos escalados para esta missão – Aloysio Nunes Ferreira e Cassio Cunha Lima – da banda de música “impixista” – os dois demistas Ronaldo Caiado e Agripino Maia e o do peeemedebista Ricardo Ferraço, um dos maiores opositores da indicação. Restam dois, provavelmente o de Magno Malta e de outro peemedebista.
Só que os senadores do PMDB titulares da comissão são sete, o que daria a Fachin um quase empate nos votos peemedebistas restantes (sete, com a morte de Luis Henrique) nos votos em igual número dos do PT que não têm assento na comissão.
Mas Renan não conseguirá levar para o não todos os sete votos restantes do PMDB, o que é virtualmente impossível, até porque pelo menos um, Garibaldi Alves Filho, do RN, já declarou voto favorável. E Roberto Requião, cuja posição é pública e desassombrada. O mesmo deve acontecer com Sandra Braga, senadora pelo Amazonas e mulher do Ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga.
Logo, ainda que acontecesse todo o poder de Renan, somados aos votos já dados na comissão, seriam 31 a 11.
O bloco tucano-demista tem ainda 11 votos, além de Álvaro Dias, que somados aos quatro negativos já dados na comissão, totalizariam levariam o placar para 22 votos contrários e 33 favoráveis (os 20 da comissão, mais oito do PT, um do PCdoB e um do PSOL, além dos três peemedebistas).
Ou 23 contra, no caso de não ter entrado em exercício o suplente de Luiz Henrique Ferreira, um tucano, embora o grupo do falecido senador peemedebista fosse um pólo hostil a Renan.
No PDT, além do líder Acyr Gurgaz, Fachin dificilmente deixará de ter o voto de Telmário Mota e, provavelmente, Cristóvam Buarque.
No PR, Blairo Maggi deve votar sim. Idem Fernando Collor, do PTB.
São 37 votos favoráveis, num total de 59 ou 60 senadores, dependendo da posse de Dalírio Berer, de Santa Catarina.
São necessários, ao menos, mais quatro votos em 20 votos,
Possível, até provável, mas não garantido.
Portanto, ninguém se iluda com o placar relativamente folgado da votação na Comissão de Constituição e Justiça.
A menos que Renan, em lugar de expor-se a um risco de uma votação perigosa, baixe as armas e não mobilize seu grupo para uma votação contrária em bloco, que o colocaria numa situação delicada.
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Espero que você esteja certo.
E que os senadores honrados não se deixem comprar pelos vendedores e vendidos.
Isso se chama, desculpem o termo chulo porque não existe outra palavra para adjetivar o que esse senhor está fazendo, v a g a b u n d a g e m de quem deveria ser sério e grato. Aos milhares de internautas que o defenderam na sua cruzada contra o PIG, está recebendo dele a gratidão. Parte ele pro lado de quem tempos atrás o abominava e perseguia, colocando inclusive, "repórteres" para "pesquisar" por quanto ele vendia o seu gado, lembram? É essa a gratidão desse senhor pra com os internautas dos blogs que agora ele também deve chamar de "sujos". Sujeira nojenta é a sua atitude. Esquece o senhor renam,que a política é como nuvem, além de mudar-se de forma ao sabor dos ventos, é passageira.
Não. A política não tem nada de passageira. Ela é constituinte da civilização e é feita a pelo menos cinco mil anos.
Não votei nestes nos senadores Magno Malta e Ricardo Ferraco aqui do Espírito Santo... Peço desculpas ao Brasil se estes senhores forem contrários à indicação de Fachin.
Aliás, porque mesmo este grupo de políticos têm mandato de 8 anos?... Quem foi o instituiu este período? Isso é que estraga nossa politica.
Para mim, política deveria ter um tempo definido... 16 anos ao todo de mandato(direto ou alternado).
Oi Everaldo. O mandato de 8 anos dos senadores tem origem na história institucional do Brasil. Antigamente, na monarquia, o título de senador era vitalício. Eles perderam a vitaliciedade, mas ganharam o dobro de período legislativo que os deputados, para compensar. A explicação para isso é histórica, e seria bom que o mandato de senador passasse a ser de 4 anos mesmo! Mas pelo menos o senado tem renovação parcial a cada legislatura, mudando-se 1/3 ou 2/3 das cadeiras.
Everaldo,
Sou do Espírito Santo e também acho que os capixabas devem desculpas ao Brasil por elegerem como senadores este Ricardo Ferraço e o Magno Malta.
É realmente lamentável.
E depois estes os eleitores destes dois sem compromisso com a decência e a democracia ficam reclamando do governo Dilma.
Pessoal do Espirito Santo , se for para pedir desculpas nós de São Paulo temos que fazer isso ajoelhados em cacos de vidro, tamanha as porcarias que a maioria votou , nem o inferno merece Aloysio 300 mil , muito menos Jose Chirico Serra isso sim é lamentável.
Vai piorar. Em 2018, a bancada paulista do senado será toda tucana.
Parodiando o Aquarela Brasileira, cantado por Martinho da Vila, são paulo é que empobrece a nossa terra...
Aliás, a camarilha tucana estava na sua meca, nova york, tirando o sapato, prestando contas e solicitando mais investimento para a tentativa de golpe.
FHC de costas para Bill Clinto, naturalmente...
Hahaha! Espírito Santo e São Paulo não chegam aos pés de Minas Gerais. Sou mineiro, e se for pra comparar os estados pra ver quem elegeu os piores senadores, Minas ganha! Nós elegemos Zezé Perrela (sim, o do helicóptero), Aécio Neves (PSDB) e Antônio Anastasia (PSDB). Acho que não tem como MG eleger um quadro pior de senadores.
"A compra de apoio parlamentar era a única forma de governar o Brasil e que havia lidado com coisas imorais e chantagens no período." Quantos cargos quer Renan?
Fernando porque a aprovação no plenário do senado é como você fala no texto de 59 ou 60 senadores e não o total que são 81.
Por acaso tem senadores que não podem participar?
Desculpe, eu entendi, no senado ele precisa do foto de 2/3 para ser aprovado, não é isso?
Esqueçam o voto favorável do partido de extrema direita Psol , essa turma é do quanto pior melhor , vota com os reacionários do PSDB e Demos.
Dois nomes que tem significados com certa relevância, considerando-se personalidade dos políticos do Espírito Santo:
FERRAÇO: Evoca um duro e férreo golpe.
MALTA: Significa um coletivo de desordeiros, desocupados, vagabundos.
Dois senadores perdidos nas próprias convicções, sem noção da dimensão do Brasil e do gigantesco papel que deveriam representar, os senadores capixabas mergulham na sua individualidade e sobrevivem da pequenez de sua visão política.
O nome do falecido senador catarinense é Luiz Henrique da Silveira, e não Ferreira.
O sétimo voto foi do tucano Antônio Anastasia.