Você pôs os seus fiihos a trabalhar aos 10 anos, Bolsonaro?

Os filhos de Jair Bolsonaro começaram a trabalhar aos 10 anos, num bar?

Pois estes são os “bons tempos” a que se referiu Jair Bolsonaro, esta noite, ao falar que pai o colocou a trabalhar num bar à noite.

E bons tempos, né, onde [sic] menor podia trabalhar. Hoje ele pode fazer tudo, menos trabalhar, inclusive cheirar um paralelepípedo de crack, sem problema nenhum”, transcreve a Folha

O seus começaram também a trabalhar cedo: Carlos, vereador eleito aos 17 anos; Flávio, deputado estadual aos 21; Eduardo, o mais tardio, deputado federal aos 30.

Exceto pela fritação de hambúrguer – na viagem paga pelo papai, não se conhece alguma ocupação dos filhos bolsonáricos, exceção feita ao pouco tempo de Eduardo como escrivão da PF.

Mas Jair tem saudades do tempo em que uma criança de 10 anos era posta em meio a bêbados e rufiões na noite de um bar.

Nem ele, nem nenhum de nós quer isso para nossos filhos.

Embora há muitas crianças que passam por isso no Brasil hoje e ainda, e nem todas se degradarão.

Nem todas, mas algumas sim , tanto que eu, você e Bolsonaro não queremos nossos filhos submetidos a isto.

Bolsonaro aproveitou o evento para despejar outra tonelada de sandices.

Os jovens, diz ele, deveriam ter saído à rua, se expondo ao vírus porque “se você ficar dentro da toca, tu vai morrer. Você vai ter que atirar”.

Ainda assim, com mais de 116 mil mortes ” somos um dos primeiros países que melhor enfrentou essa crise“, assegura Bolsonaro.

Imagine se não fôssemos.

Somos governados por um psicopata sórdido. Um sujeito que busca nas dificuldades por que passa o povo brasileiro o fundamento de dizer que isso é uma bobagem.

Afirmar que quem não morreu de fome ou que não chafurdou na miséria é forte e que os que caíram ou foram condenados ao atraso são os culpados pelo que lhes aconteceu é o píncaro do egoísmo canalha, de quem toma a si como o centro e a régua do mundo.

É e negação da solidariedade, da identidade, é a barbárie no meu mais alto grau.

 

 

 

 

Fernando Brito:
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