Depois do inacreditável recesso de meio de ano do Legislativo e do Judiciário – porque sagrado é só o ócio – parece encerrado o período em que Michel Temer esteve livre para brincar sozinho no quintal.
Terça-feira, os mal-comportados meninos do parlamento voltam à aulas, em princípio decididos a dizer “presente” à chamada do “Tio Temer” para que este continue como diretor da escolinha.
Enquanto isso, o Dr. Janot prepara mais um de suas flechas de bambu: obstrução da justiça, delação de Cunha ou de Funaro?
Henrique Meirelles e a meta fiscal duram até a rejeição da denúncia contra Temer e/ou a divulgação do buraco das contas de julho.
Já estão nas contas, também, mais três ou quatro escândalos que, a esta altura, já não comovem uma opinião pública que ainda não percebe que, desde que começou a novela dos bons rapazes (ricos) contra os malvados corruptos a vida só fez piorar e o país, afundar.
A regra é acuse, desmoralize e nem precisa provar.
Os juros “baixaram” para os tolos, porque o juro real subiu. Quem tinha 100 milhões para por em Selic de 14,25%, com inflação de 9% ganhava R$ 5,25 milhões. Agora, com inflação de 3% e Selic de 9,25 ganha 6,25.
A atividade econômica, no fundo do poço, sobe num mês para cair no outro e segue no logo.
Bem, falta-nos o pão, mas sobra-nos o circo.
Viramos o país do P: promotores, policiais, prisões, patos, pobreza sem horizonte.
Não precisa ser adivinho para saber que isto vai se partir, para um lado ou para o outro.
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Essa conta do juros menos inflação poucos fazem. A ignorância econômica do brasileiro é uma coisa indecente.