Wassef é uma sombra sobre o clã Bolsonaro

Mais encrenca para Frederick Wassef, hoje, em O Globo, com a revelação de que Fabrício Queiroz esteve num apartamento em São Paulo pertencente à ex-mulher do advogado que acoitou o homem que é a caixa preta da rachadinha de Flávio Bolsonaro, o filho presidencial “01”.

A longa nota com que ele reage à notícia – que diz ser falsa – é mais um sinal de que ele continua a agir como um falastrão arrogante, que vai construindo contradições sucessivas para chamar a atenção e, possivelmente, sinalizar à família presidencial de que estaria disposto a sustentar versões suicidas se receber a solidariedade devida a “um amigo de Bolsonaro”.

“Jamais abriguei Queiroz ou qualquer pessoa de sua família em qualquer propriedade minha ou de conhecidos meus na cidade de São Paulo. Não estive com Queiroz ou seu filho no referido endereço e nem levei ninguém lá. Minha ex-companheira não tem e nunca teve qualquer relacionamento com Queiroz e sua família assim como também nunca teve relacionamento com a família Bolsonaro. Ela não conhece Michele Bolsonaro e nunca estiveram juntas [ como sustenta a revista Istoé]. Ela não tem nada que ver com a minha profissão e meus clientes. Ela nada tem a ver com nenhum assunto ou tema relacionado a mim ou ao Presidente da República com quem nunca teve relação de amizade.

Mas a família Mito não parece estar disposta a concordar com nada além de uma relação com um advogado que não teria, em razão das suas atribuições profissionais, de dar abrigo a Queiroz e sua mulher.

Pois – neste ponto deve-se concordar com ele – Frederick Wassef não é um anjo.

E tudo indica que será o diabo para os Bolsonaro livrarem-se dele.

Fernando Brito:

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