“Eu não quero morrer como a Marielle”. Uma das frases usadas pelo deputado Jean Wyllys para explicar sua decisão de abandonar seu mandato de deputado federal e ir viver no exterior dá ideia do impacto que tiveram as notícias de que os possíveis assassinos da vereadora tivessem ligações com o gabinete do filho mais velho do Presidente da República.
Nenhum de nós tem a experiência prática sobre o que está passando o deputado e não cabe julgar a sua sensação de insegurança que é, claro, subjetivíssima.
Nem também avaliar o que é ter de viver com escolta, sem poder andar sozinho sem medo de morrer ou ser agredido fisicamente, além das agressões morais que recebe diariamente dos bolsominions e dos bolsomaxis.
Só pelos comentários agressivos que a notícia tem nos sites da grande imprensa e as “comemorações” no Twitter dá para ver o quanto isso é real.
O fato de a sua decisão estar sendo comemorada pelo Presidente da República e por pelo menos um de seus filhos também mostra que não é despropositada a sensação de medo de Wyllys.
O papel do Governo , ao contrário, deveria estar sendo o de oferecer publicamente todas as garantias ao detentor de um mandato legislativo federal.
Mas temos um presidente que é uma espécie de Danilo Gentilli de faixa verde-amarela.
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Bolsonaro é uma porção de coisas, menos hipócrita. (desculpa sorrir num momento grave, mas "bolsomaxis" é ótimo!)
Compreendo perfeitamente o sentimento do Jean Wyllys. Eu, que não sou uma pessoa pública, ando enojada e apavorada só de pensar em viver num país comandado pelos milicianos e seus asseclas. É assustador que as tais "instituições que funcionam" não coloquem imediatamente em xeque a permanência dos Bolsos no Planalto. Sim, porque o presidente deixa claro o tempo todo que tem profunda ligações políticas com seus filhos, que com ele compartem o poder, viajam e falam em nome do Brasil lá fora, dão entrevistas como se fossem eles os presidentes, etc. E as ligações com as milícias estão cada dia mais óbvias na família toda. Onde estão PGR, MPF, STF e o resto? e os tais senhores do alto comando das Forças Armadas, tão ciosos da dignidade da pátria quando se tratou de derrubar uma presidente honesta e íntegra como Dilma? estarão todos escondidos embaixo de suas luxuosas camas?
O peso de Jean Wyllys no exterior, estejam certos, será enorme. Essa perseguição praticada por desqualificados, por bandidos baratos, vagabundos, será mais um tiro no pé dos lacaios.
TENHO DITO A TEMPOS QUE ESTAMOS BRINCANDO DE POLÍTICA COM DITADORES ASSASSINOS,A POLÍTICA MORREU ELES FAZEM O QUE QUEREM RIEM NA NOSSA CARA,ZOMBAM DE NOSSA COVARDIA.SÃO BANDIDOS E NEM DISFARÇAM,SÃO LADRÕES,CORRUPTOS E ASSASSINOS,FECHAM TODAS AS PORTAS E TEREMOS DE ARROMBA-LAS. DITADORES SÓ TEMEM A MORTE
MORTE A DITADURA MILITAR!
Com fascista não se dialoga, não se conversa. Porque eles matam. Simples assim.
Jean Wyllys fez muito bem em preservar sua integridade física. Precisaremos dele em breve. Um dos problemas que trás viver em veículos blindados e com escoltas atualmente é não poder confiar nem na escolta.
Se o PSOL confirmar que Marielle era pré-candidata ao senado complica ainda mais o laranjal miliciano bolsonariano.
Depois do "apoio" dado pelo Bozo à renúncia do Jean Willis, o que ppdemos esperar desse governo? Esse país é a pior republiqueta do mundo. Nem Amin Dada faria tantas barbáries.
Tá difícil de acreditar, mas já estamos vivendo em uma ditadura. E o pior: onde o crime tem forças e assusta. Onde vamos chegar ninguém tem a mínima ideia, mas em lugar bom não parece. Muito triste um país como o Brasil chegar nesse ponto!
Eles são milicianos e mataram Marielle. Vai embora mesmo Willis, um Brasil governado por milicianos fascistas, racistas e homofóbicos não merece você.
É muito difícil fazer sacrifício quando o pescoço é alheio, mas seria ótimo se ele tentasse resistir.
Entretanto . . .
Toda nossa solidariedade a Jean nesse momento difícil.