Antecipada para o dia 3 de julho, o próximo sábado, a manifestação contra o governo Bolsonaro vai ser a primeira medição do impacto dos acontecimentos de ontem, na CPI da Covid, da omissão presidencial diante da apontada corrupção na compra das vacinas indianas e do quanto foi erodida a última alegação de que o presidente pode se sustentar com o argumento que sempre ergue: “não faz, mas não rouba”.
E todos os sinais são de que não apenas as denúncias que surgem às carradas mas a crescente convicção de que Bolsonaro não é mais o triunfo fatal da estupidez, farão das manifestações em todo o país algo muito maior do que já foram em 29 de maio e 19 de junho.
Vamos ver, por toda a parte, uma espécie de rebrotar do Brasil que se havia vergado à brutalidade e à mediocridade que parecia nos ter avassalados ou deixado impotentes.
Acabou o tempo do “mimimi” e das “notas de repúdio” e chegou a hora de oferecer o próprio corpo por um Brasil que retome, ainda que com todos os defeitos que o país sempre teve, a sua aspiração a ser uma Nação de felicidade e convivência.
Não é esquerda e direita, é questão de vida ou morte, civilização ou barbárie, respeito ou humilhação.
É a Nação que se plasmou nos séculos que não aceita ser destruída.
O que seremos em 2022 começa a ser decidido agora.