De Leonel Brizola para Temer: “a política ama a traição e abomina o traidor”

traicao

O vice-presidente Michel Temer conseguiu, pela primeira vez, tornar-se um assunto nacional

Mais, uma unanimidade nacional.

Virou deboche nas redes sociais e está levando “lições de moral” até de Leonardo Picciani, que perto dele é um guri na política.

A ambição, sempre contida em sua expressão fria, o engoliu.

E foi-lhe impiedosa.

Revelou-se, abaixo da máscara “institucional” o reles cúmplice não apenas do golpismo, mas de um golpismo que progride apenas porque pode salvar um marginal como Eduardo Cunha das consequências das suas flagradas falcatruas.

Todo golpe é um crime contra a democracia.

O que está em curso, porém, não é apenas uma ofensa à Constituição.

É, por ter como seu componente e combustível a “salvação” de Eduardo Cunha, um atentado ao Código Penal.

É ao ladrão vulgar Cunha que a fome de poder de Temer o faz comer no prato.

Resta saber se o fez por baixeza própria ou por ordem do moribundo presidente da Câmara, de quem se revela um agente político.

Toda a sua pose, toda a sua empáfia, todo a sua auto-atribuída grandeza estão assim: viraram escárnio público.

Dos pagos celestiais onde se encontre, Leonel Brizola está repetindo a sua frase: “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

19 respostas

  1. Se serve para os partidos, deve servir para aliados na eleição. Para o Mimi, com descarinho especial:
    Fidelidade Partidária
    (Wilson Moreira – Nei Lopes)

    Minha tia-avó Rosária, partideira centenária,
    Perguntou pra mim: “Meu neto,
    O que é fidelidade partidária?”.
    Pergunta assim tão sumária
    Tem que ter a necessária resposta
    E eu respondo certo o que é fidelidade partidária.

    Por verde-amarelo na indumentária
    (É fidelidade partidária…)
    Feijão com arroz na sua culinária
    Ajudar quem tem situação precária
    Não fazer acordo com a parte contrária
    Nem demagogia com a classe operária
    Gritar que tem gringo pintando na área
    Gostar de partido igual tia Rosária
    Isso é fidelidade partidária…

    Rejeitar propina na conta bancária
    (É fidelidade partidária…)
    Não ter filial nem subsidiária
    Amar a patroa mais que a secretária
    Só fazer amor na sua faixa etária
    Mas dar uma força pras celibatárias
    Que tenham bons dentes na arcada dentária
    Gostar de partido igual tia Rosária
    Isso é fidelidade partidária…

      1. Faltou dizer: esse é o link pro partido alto no youtube. Interpretação dos criadores com participação de Evando Mesquita.

  2. Acho que a carta do Temer foi o “canto do cisne” dele. Está sendo ridicularizada até pelos seus aliados peemedebistas. Aliás, demorou para pôr as castas na mesa do golpismo.

  3. Cadê os rola bostas do judiciário que não enquadrou esses dois bandidos? Nessa hora acovardam-se os Moros e Janots.

  4. Aliança com PMDB sempre foi uma mentira, o Governo Federal sempre soube disso. Mas insistiu no que nunca teve nem futuro. Então merece o que está passando.

  5. não tenho rede social virtual. tomara análise de que o vice é visto como piada seja maior do que o tom que o PIG vem dando, aliás, como sempre, ao lado de golpistas. tomara o povo tenha uma visão outra que a doutrinação da grande imprensa quer impor.

  6. As palavras e delongas para nominar o senho Temer são perda de tempo. TRAIDOR ele é. Fez bem a Dilma de nunca confiar nele.

  7. Acho que faltou ressaltar um detalhe da cartinha de coração partido do vice decorativo. O fato de que, vários dos motivos para ele se sentir magoado com a Dilma envolvem cargos para amigos, e os trabalhos dos amigos nos cargos que eles ocupavam por sua indicação. Temer mostrou o retrato que sempre teve: o de agente do fisiologismo do PMDB no governo. A própria revolta do vice agora mostra o quanto isso é verdade.

  8. O que leva um sujeito a jogar na lata de lixo toda sua história na política?

    O que será que o Ciro Gomes quis dizer quando afirmou que o Michel Temer é sócio do Eduardo Cunha em tudo o que se pode pensar?

    O tempo mostrou que o CID Gomes tinha razão quando acusou o Eduardo Cunha de achacador.

  9. Diante de todo este processo sujo que se estende em defesa de interesses pessoais e em detrimento da democracia e da constituição, o saldo positivo à nação é que, me parece óbvio, a vida política do Brasil está retornando à normalidade. Explico: em 12 anos de governo petista, a luta política e os posicionamentos ideológicos estiveram em suspensão, seja pela política de cooptação e alianças por parte do Governo, seja por total desmoralização dos projetos da direita após o governo FHC. Lula conseguiu, mesmo em função de um projeto de inclusão social, anular o confrontamento direto entre partes que historicamente e organicamente se definem pelo antagonismo mútuo. Contudo, anulado estava apenas o confrontamento, seja para o bem – como a aprovação de projetos importantes como o bolsa-família e tantos outros – seja para o mal – com a manutenção dos poderes oligárquicos e máquina conservadora, fazendo concessões ao fisiologismo imortal que define a prática política de nossas elites. Mas, não se anularam as concepções. A inércia gerada nestes últimos tempos foi um efeito colateral pra lá de indesejado. Isto porque, além de desmoralizar as lutas e o discurso da esquerda, com a tolerância e, por vezes – por muitas vezes – a participação na esculhambação com o dinheiro público, da parte de muitos de seus agentes, deu o tempo necessário às forças mais conservadoras e fascistas do país de se rearticularem e assim, forjarem com apoio externo, as bases pra atual crise institucional, lançando mão de todo tipo de artificialismo e manipulação da opinião pública em direção ao retrocesso.
    Não é só o PMDB que vai rachar. E nem só ele deveria. Estamos chegando no momento propício para uma verdadeira separação de forças e de projetos. Neste sentido, o Governo Lula e Dilma prestaram um real desserviço à nação, ao confundir totalmente o universo ideológico, relativizando posturas e obrigando a conviver em frente à mesma manjedoura, gregos e troianos. Esperava-se, talvez que a tolerância mútua ao mal-feito fosse capaz de garantir a governabilidade e a manutenção dos agentes políticos sem a tão desejada mudança de paradigmas. Não contaram com a sede de poder e a total falta de afinidade das elites com as classes historicamente mais pobres. Muito menos esta volta por cima sobre o projeto petista de inclusão. A direita, por natureza escorpiônica traiu todos os pactos de silêncio e conivência. Criou um aparato, com base no judiciário oligárquico e na imprensa inescrupulosa, capaz de anular suas contradições ao mesmo tempo que expõe as fraquezas da base aliada. Gerou o factoide necessário para dar a devida rasteira na presidenta e tomar no tapa aquilo que não conquistou no voto. A coagulação das forças, portanto, não se dará mais em torno de projetos comuns, nem interesses de classes. Ela se dará, finalmente, em torno de princípios éticos capazes de garantir a normalidade institucional e o equilíbrio mínimo para a implantação de qualquer projeto, seja ele de direita ou de esquerda. Veremos a separação entre a imundície política e a defesa das instituições. Ou isto, ou o Brasil deixará de existir. Como no romance de Aluísio Azevedo, haverá os que incendeiam o cortiço e os que querem salvar a casa comum. Veremos quem vai ganhar. Eu aposto num futuro de lutas, num tempo longo de purgação e reorganização da bagunça que se tornou a prática política e ideológica no país. Depois disto, o famoso “dialogar com o diferente” apregoado pelos fisiológicos de esquerda, poderá ser melhor entendido. Ao menos, saberemos que traição nos olhos dos outros é só um refresco de momento. E não se paga quem trai.

  10. Temer alcança, na condição de traidor, o auge de sua trajetória política, no ocaso de sua vida pessoal.
    Destaca-se num seleto e famoso grupo em que estão Judas, Brutus, Joaquim Silvério, Cabo Anselmo e outros.
    Bastou deixar a penumbra onde desfruta da companhia de vampiros e vermes para Temer apresentar-se em sua plenitude.
    Canalha!

  11. O “impoluto” Cunha fez o trabalho que Dilma, uma hora ou outra, tinha de fazer: apresentar o verdadeiro PMDB para a sociedade.

  12. Todo mundo estava de olho no Temer e achava que ele era um conspirador, mau caráter e sem nenhum escrúpulo.
    Não podíamos afirmar.
    Bom agora ele mesmo afirmou com todas as letras.

    1. Verdade. Depois daquele ” precisamos de um nome para unificar o país” e do ” Com essa popularidade a Presidente não completa o mandato” , ou essa figura arquiteta muito bem a hora de falar para impactar negativamente o governo, ou temos um substituto à altura para o Pelé.

  13. Finalmente os atores estão saindo das sombras!

    Se é quase um consenso que o PMDB é um partido das negociatas e que pouca coisa se salva no congresso, não compreendo (ou compreendo) quando vejo as críticas que a presidente não dialoga com esses grupos. Os mesmos jornais que desacreditam totalmente a política, questionam que ela não se entende com o congresso e que tem que haver diálogo. Mesmo em contradição eles minam o entendimento das pessoas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *