O vice-presidente Michel Temer conseguiu, pela primeira vez, tornar-se um assunto nacional
Mais, uma unanimidade nacional.
Virou deboche nas redes sociais e está levando “lições de moral” até de Leonardo Picciani, que perto dele é um guri na política.
A ambição, sempre contida em sua expressão fria, o engoliu.
E foi-lhe impiedosa.
Revelou-se, abaixo da máscara “institucional” o reles cúmplice não apenas do golpismo, mas de um golpismo que progride apenas porque pode salvar um marginal como Eduardo Cunha das consequências das suas flagradas falcatruas.
Todo golpe é um crime contra a democracia.
O que está em curso, porém, não é apenas uma ofensa à Constituição.
É, por ter como seu componente e combustível a “salvação” de Eduardo Cunha, um atentado ao Código Penal.
É ao ladrão vulgar Cunha que a fome de poder de Temer o faz comer no prato.
Resta saber se o fez por baixeza própria ou por ordem do moribundo presidente da Câmara, de quem se revela um agente político.
Toda a sua pose, toda a sua empáfia, todo a sua auto-atribuída grandeza estão assim: viraram escárnio público.
Dos pagos celestiais onde se encontre, Leonel Brizola está repetindo a sua frase: “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.
19 respostas
Se serve para os partidos, deve servir para aliados na eleição. Para o Mimi, com descarinho especial:
Fidelidade Partidária
(Wilson Moreira – Nei Lopes)
Minha tia-avó Rosária, partideira centenária,
Perguntou pra mim: “Meu neto,
O que é fidelidade partidária?”.
Pergunta assim tão sumária
Tem que ter a necessária resposta
E eu respondo certo o que é fidelidade partidária.
Por verde-amarelo na indumentária
(É fidelidade partidária…)
Feijão com arroz na sua culinária
Ajudar quem tem situação precária
Não fazer acordo com a parte contrária
Nem demagogia com a classe operária
Gritar que tem gringo pintando na área
Gostar de partido igual tia Rosária
Isso é fidelidade partidária…
Rejeitar propina na conta bancária
(É fidelidade partidária…)
Não ter filial nem subsidiária
Amar a patroa mais que a secretária
Só fazer amor na sua faixa etária
Mas dar uma força pras celibatárias
Que tenham bons dentes na arcada dentária
Gostar de partido igual tia Rosária
Isso é fidelidade partidária…
https://www.youtube.com/watch?v=UTgr4BzoHGM
Faltou dizer: esse é o link pro partido alto no youtube. Interpretação dos criadores com participação de Evando Mesquita.
Acho que a carta do Temer foi o “canto do cisne” dele. Está sendo ridicularizada até pelos seus aliados peemedebistas. Aliás, demorou para pôr as castas na mesa do golpismo.
É bom mesmo o traíra sair do armário!
E de novo… quem vem há meses chamando Temer de conspirador?
O meu voto de 2018!
Cadê os rola bostas do judiciário que não enquadrou esses dois bandidos? Nessa hora acovardam-se os Moros e Janots.
Aliança com PMDB sempre foi uma mentira, o Governo Federal sempre soube disso. Mas insistiu no que nunca teve nem futuro. Então merece o que está passando.
não tenho rede social virtual. tomara análise de que o vice é visto como piada seja maior do que o tom que o PIG vem dando, aliás, como sempre, ao lado de golpistas. tomara o povo tenha uma visão outra que a doutrinação da grande imprensa quer impor.
As palavras e delongas para nominar o senho Temer são perda de tempo. TRAIDOR ele é. Fez bem a Dilma de nunca confiar nele.
Acho que faltou ressaltar um detalhe da cartinha de coração partido do vice decorativo. O fato de que, vários dos motivos para ele se sentir magoado com a Dilma envolvem cargos para amigos, e os trabalhos dos amigos nos cargos que eles ocupavam por sua indicação. Temer mostrou o retrato que sempre teve: o de agente do fisiologismo do PMDB no governo. A própria revolta do vice agora mostra o quanto isso é verdade.
O que leva um sujeito a jogar na lata de lixo toda sua história na política?
O que será que o Ciro Gomes quis dizer quando afirmou que o Michel Temer é sócio do Eduardo Cunha em tudo o que se pode pensar?
O tempo mostrou que o CID Gomes tinha razão quando acusou o Eduardo Cunha de achacador.
Esse Michel tem é o rabo preso com o Eduardo Cunha …
Diante de todo este processo sujo que se estende em defesa de interesses pessoais e em detrimento da democracia e da constituição, o saldo positivo à nação é que, me parece óbvio, a vida política do Brasil está retornando à normalidade. Explico: em 12 anos de governo petista, a luta política e os posicionamentos ideológicos estiveram em suspensão, seja pela política de cooptação e alianças por parte do Governo, seja por total desmoralização dos projetos da direita após o governo FHC. Lula conseguiu, mesmo em função de um projeto de inclusão social, anular o confrontamento direto entre partes que historicamente e organicamente se definem pelo antagonismo mútuo. Contudo, anulado estava apenas o confrontamento, seja para o bem – como a aprovação de projetos importantes como o bolsa-família e tantos outros – seja para o mal – com a manutenção dos poderes oligárquicos e máquina conservadora, fazendo concessões ao fisiologismo imortal que define a prática política de nossas elites. Mas, não se anularam as concepções. A inércia gerada nestes últimos tempos foi um efeito colateral pra lá de indesejado. Isto porque, além de desmoralizar as lutas e o discurso da esquerda, com a tolerância e, por vezes – por muitas vezes – a participação na esculhambação com o dinheiro público, da parte de muitos de seus agentes, deu o tempo necessário às forças mais conservadoras e fascistas do país de se rearticularem e assim, forjarem com apoio externo, as bases pra atual crise institucional, lançando mão de todo tipo de artificialismo e manipulação da opinião pública em direção ao retrocesso.
Não é só o PMDB que vai rachar. E nem só ele deveria. Estamos chegando no momento propício para uma verdadeira separação de forças e de projetos. Neste sentido, o Governo Lula e Dilma prestaram um real desserviço à nação, ao confundir totalmente o universo ideológico, relativizando posturas e obrigando a conviver em frente à mesma manjedoura, gregos e troianos. Esperava-se, talvez que a tolerância mútua ao mal-feito fosse capaz de garantir a governabilidade e a manutenção dos agentes políticos sem a tão desejada mudança de paradigmas. Não contaram com a sede de poder e a total falta de afinidade das elites com as classes historicamente mais pobres. Muito menos esta volta por cima sobre o projeto petista de inclusão. A direita, por natureza escorpiônica traiu todos os pactos de silêncio e conivência. Criou um aparato, com base no judiciário oligárquico e na imprensa inescrupulosa, capaz de anular suas contradições ao mesmo tempo que expõe as fraquezas da base aliada. Gerou o factoide necessário para dar a devida rasteira na presidenta e tomar no tapa aquilo que não conquistou no voto. A coagulação das forças, portanto, não se dará mais em torno de projetos comuns, nem interesses de classes. Ela se dará, finalmente, em torno de princípios éticos capazes de garantir a normalidade institucional e o equilíbrio mínimo para a implantação de qualquer projeto, seja ele de direita ou de esquerda. Veremos a separação entre a imundície política e a defesa das instituições. Ou isto, ou o Brasil deixará de existir. Como no romance de Aluísio Azevedo, haverá os que incendeiam o cortiço e os que querem salvar a casa comum. Veremos quem vai ganhar. Eu aposto num futuro de lutas, num tempo longo de purgação e reorganização da bagunça que se tornou a prática política e ideológica no país. Depois disto, o famoso “dialogar com o diferente” apregoado pelos fisiológicos de esquerda, poderá ser melhor entendido. Ao menos, saberemos que traição nos olhos dos outros é só um refresco de momento. E não se paga quem trai.
Temer alcança, na condição de traidor, o auge de sua trajetória política, no ocaso de sua vida pessoal.
Destaca-se num seleto e famoso grupo em que estão Judas, Brutus, Joaquim Silvério, Cabo Anselmo e outros.
Bastou deixar a penumbra onde desfruta da companhia de vampiros e vermes para Temer apresentar-se em sua plenitude.
Canalha!
O “impoluto” Cunha fez o trabalho que Dilma, uma hora ou outra, tinha de fazer: apresentar o verdadeiro PMDB para a sociedade.
Todo mundo estava de olho no Temer e achava que ele era um conspirador, mau caráter e sem nenhum escrúpulo.
Não podíamos afirmar.
Bom agora ele mesmo afirmou com todas as letras.
Verdade. Depois daquele ” precisamos de um nome para unificar o país” e do ” Com essa popularidade a Presidente não completa o mandato” , ou essa figura arquiteta muito bem a hora de falar para impactar negativamente o governo, ou temos um substituto à altura para o Pelé.
Finalmente os atores estão saindo das sombras!
Se é quase um consenso que o PMDB é um partido das negociatas e que pouca coisa se salva no congresso, não compreendo (ou compreendo) quando vejo as críticas que a presidente não dialoga com esses grupos. Os mesmos jornais que desacreditam totalmente a política, questionam que ela não se entende com o congresso e que tem que haver diálogo. Mesmo em contradição eles minam o entendimento das pessoas.