Mauro Santayana, que vem de longe e enxerga longe nos seus 60 anos de jornalismo, dá o recado: é bom o tucanato colocar as barbas de molho, porque o mais de ano de histeria que promoveram, como se viu nas pesquisas, não lhes deu a condição de franco favorito em 2016. A transferência da política para os tribunais e da sua argumentação para o poder dos procuradores e dos delegados de polícia pode fazer o que não era ainda possível – pelo personagem e pelo ainda restrito processo de politização do STF – com Joaquim Barbosa.
Moro não é dado a chiliques como Barbosa. É silencioso, obstinado e traça planos de longo prazo, como se vê em seu sonho cultivado por mais de uma década e expresso em artigos muito detalhados – de repetir no Brasil a Operação Manu Puliti italiana. Tem o poder incontestável, até agora, e é só querer para que lhe surjam as bases para uma aventura eleitoral.
Mídia não faltará.
A oposição e os “salvadores da pátria”
Mauro Santayana
As divulgação de “acusações” de delatores “premiados” contra os senadores Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues, Fernando Collor e Aécio Neves vêm corroborar o que afirmamos recentemente em O impeachment, a antipolítica e a judicialização do Estado.
A criminalização da política, na tentativa e na pressa de retirar o PT do Palácio do Planalto por outros meios que não os eleitorais, iria descambar para a condenação, paulatina, geral e irrestrita, da atividade como um todo.
Esse é um processo que parece estar focado, além de, principalmente, no PT, também nos partidos ou candidatos que possam fazer sombra, no campo adversário ao do governo, ao projeto messiânico de um “novo Brasil” que está sendo engendrado à sombra da ambição e do deslumbramento das forças surgidas da “guerra contra a corrupção” e da “Operação Lava-Jato”.
A entrevista da semana passada, com o procurador Deltan Dalagnoll, na primeira página do Correio Braziliense e a capa da retrospectiva de Veja, com a cara fechada do Juiz Sérgio Moro, com o título de “Ele salvou o ano” (a segunda, se não nos enganamos) que – será por mera coincidência? – lembra a capa da mesma revista com o rosto de Fernando Collor, com o título de “O caçador de Marajás”, publicada muito antes de ele anunciar-se candidato a presidente da República – são emblemáticas do que pode vir a ocorrer – do ponto de vista midiático – nos próximos três anos.
Só os cegos, os surdos, ou os ingênuos, não estão entendendo para que lado começa a soprar – quase como brisa – o vento – ou melhor, para tocar que tipo de música está começando a se preparar a banda.
14 respostas
Esse e o time Brito & Santayana, avisando sobre o futuro…..
Quem duvida que só faltaria um bigodinho? O “Ministério Nacional para Esclarecimento Público e Propaganda” o sujeito já tem…Goebbels, Globo e penduricalhos, tudo a ver…
Só posso dizer que o país está essa merda que está, pq o Collor não caçou o marajá que produz muitos Moros (77mil) no Brasil …
Bah… quem salvou o ano foi o mineirinho. O Adriano de Souza, Campeão Mundial de Surf!
O outro aí salvou só o p$db!
E os setenta-e-sete-conto por mes!
e isso ai e nao se esqueca que essa bonequinha fez cursinho no departamento de estado. 77mil no Brasil por fora US$
Deus do ceu, Brito, essa nao…
Moro-político ninguém merece. É muita desgraça !!!!!
Afasta de nós esse cálice !!
Será que o brasileiro vai ser tao burro prá cair nessa aventura com um sujeitinho desses com ímpeto de ditador do tipo “salvador da pátria”???
Realmente, se for dar uma zebra dessa a vontade vai ser de querer sumir daqui, abandonar o barco e deixar o povo à vontade para viver a parada sinistra que ele escolheu para si.
É muita ignorância junta embarcar nessa…
Moro deve ter salvo o ano da Veja; se não fosse o espetáculo da república do paraná, a revista já poderia ter encerrado suas atividades ilícitas. Longe de mim disputar conhecimento político com o Santayanna, mas desconfio que esse tipo de juiz prefere estar na posição de poder mandar no Executivo. Caso ele vá para o Executivo, perde todas as prerrogativas de poder que o Judiciário tem, que diga-se de passagem são infinitamente maiores do que as do Executivo. Juízes como Moro querem chegar à cúpula do Judiciário. Para mim, ele está mais para GM do que para político. Além disso, iria fazer campanha apenas com o mote da corrupção? Na primeira oportunidade, Ciro Gomes iria perguntar sobre o Banestado e desmascará-lo. A não ser que tirwm Ciro do caminho também. Veremos.
Moro, Marina, Aécio, Lula, Dilma… tanto faz.
Independente de em quem votarmos, Brasil sera governado pelo PMDB e pelos Marinho.
Numa gripe, vale a pena combater o espiro?
Jamais querendo me exibir, mas no início de 2015, aqui mesmo, cantei esta pedra, só que com a pergunta: e o Moro Moral 77 mil mensal…não vai ser financiado por empresas privadas, caso seja candidato a Senador, ou mesmo Governador do Paraná? Claro que na época a Bunda fedorenta do Beiçola do stf, ainda estava em cima do projeto que proibia o financiamento empresarial das campanhas, que depois, por sorte nossa e do Brasil virou Lei. Mas tá na cara que o Playboy corvo da globogolpe e da InVeja é bem provável que surfe no sucesso de falso salvador da Pátria…mas pra presidente, me desculpem, não vinga, porque o Povão já está bem escaldado destes heróis mequetrefes.
Pra mim,a PARTIDARIZAÇÃO DA POLÍTICA,é que a DIREITA FAZ SEMPRE,hoje se utilizando do JUDICIÁRIO,que por não ter OUTORGA,faz o que quer.A velha advertência de que podem errar por último e gozarem de IMPUNIBILIDADE.O Sr.Barbosa,é verdade,fez política no SUPREMO,mas todo o ato humano,em sociedade,é POLÍTICO.O que ele fez,foi PARTIDARIZAR O TRIBUNAL,em favor de seus correligionários,a UDN atual.Mas reiteradamente,aqueles que querem afastar o povo,das decisões,procuram sempre,desqualificar a POLÍTICA,misturando-a sempre,com PARTIDOS E ATIVIDADES PÚBLICAS.Não é a toa,que parte do povo ,grande parte dele,vê POLÍTICA,como uma atividade ilícita.E disso se valem,os espertalhões,para afastar o povo.
Esqueceu dos “bad boys de Harvard de Curitiba” e sua política de terra arrasada para empresas brasileiras, razão por não concordarem com acordo de leniencia
Ninguem pode esquecer disso, nem que esses ferramentinhas treinados pelo departamento de estado foram a NY nao para receber premio mas sim pagamento pelos servicos ja prestados!!
As aventuras do Moro , Barbosa , Aécim ou qualquer rola bosta tucano , vai terminar como Collor na presidência , essa laia empregados da mídia golpista , heróis de araque nunca termina bem em lugar nenhum do mundo , é só lembrar de Hitler que deve ser o guru dessa gente.Moro não salvou o ano , salvou os verdadeiros bandidos da cadeia , incluindo nisso sua esposa.