Auler: chororô da PF por verbas esconde sua má administração

Como qualquer serviço público no Brasil, é verdade que a Polícia Federal possa lá ter as suas carências.

Mas o chororô que procura induzir que a PF caiu “no desagrado” do Governo é imensamente hipócrita.

Marcelo Auler, em seu blog, prova que a história publicada pela Folha no domingo, sobre um suposto estado de penúria da PF, em especial a paranaense, não tem nada a ver com a realidade de um órgão que ganhou prestígio, pessoal e estrutura durante os governos Lula e Dilma, muito distante da situação de penúria que se encontrava no Governo FHC.

Mas Auler vai além e mostra o completo carnaval que impera na questão das diárias, essencial para o tipo de trabalho que realiza. Mas tem gente – delegados e agentes trazidos como “de confiança” para outro estado – que ficam meses e mais de ano, tendo nas diárias uma espécie de segundo salário. E que, por isso, acabam perdendo sua autonomia funcional.

Se a Polícia Federal no Paraná tem, como diz a Folha, 300 servidores, é absurdo – mesmo com todas as viagens que, eventualmente, as ações da Lava Jato possam originar – uma dotação – que este blog apurou no Portal da Transparência  de R$ 6,3 milhões (R$ 6.296.126,25) daria, se metade dos servidores viajasse a serviço perto de R$ 42 mil em diárias ao longo do ano.

Tanto que nem mesmo se gastou tamanha dotação e cerca de R$ 1,3 milhão  foi devolvido, com a anulação de empenhos.

Como as verbas são classificadas como secretas, pelo tipo de ação da PF, não é possível saber quem e quanto recebeu em diárias.

Leia toda a história no Blog  do Marcelo Auler.