Quer saber o tamanho do impacto do abono emergencial e comparar com o alegado “neobolsonarismo”?
Olhe aí acima a quantidade de lares brasileiros que estão recebendo o abono e a renda que ele tem proporcionado.
Em alguns estados do Norte e Nordeste, o percentual supera os 65%, ou seja, duas em cada três famílias. E o valor médio indica que, na maioria dos casos, mais de uma pessoa recebe o auxílio em cada domicílio e à o peso expressivo das mães solteiras.
No total, 30,2 milhões de domicílios brasileiros (44,1%) foram beneficiados com Auxílio Emergencial em julho, enquanto em junho eram 43,0% e em maio, 38,7%.
Se alguém souber como conciliar este volume de abono a tantos vulneráveis, com tal valor, e uma política de arrocho fiscal, mande seu plano para a Academia Real das Ciências da Suécia, porque o Nobel de Economia – e talvez o da Paz – é garantido.
Grau de contaminação
Cerca de 13,3 milhões de brasileiros (6,3% da população do país) realizaram algum teste para diagnóstico da Covid-19 até julho. Deles, 20,4% (cerca de 2,7 milhões apresentaram resultado positivo.
Como não é um inquérito epidemiológico, mas autodeclaração, os resultados devem ser vistos com prudência, mas servem para indicar que a “gripezinha” é um gigante ameaçador, muito diferente da situação de “normalidade” que parece estar tomando conta das pessoas nas últimas semanas.
A pesquisa revela que, como tudo neste país, também a Covid é censitária, tem retratos diferentes entre mais ricos e mais pobres. Os 10% mais pobres testaram pouco (só 3,5% deles fizeram testes) e mais de um quarto deles (24, 7%) tinham a doença , enquanto os 10% mais bem aquinhoados tiveram muito mais testes (14, 2%), com 17% de resultados positivos.