Do Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman, hoje, na Folha, sobre os que se dizem “empolgados” com a recuperação americana e os sinais emitidos pelo Federal Reserve de que permitirá uma subida nos juros, o que está provocando um mar de especulações altistas com a moeda americana.
Ele indaga se pode ser “normal” haver dois milhões de americanos desempregados a mais,comparado ao pré-crise e indaga porque ressurge a “obsessão que levou governos a reduzir investimentos quando os deveriam estar aumentando, a destruir empregos quando a geração de empregos deveria ter sido sua prioridade.”
Há um trecho que, infelizmente, não dá para deixar de identificar com o que vem se empurrando aqui o Governo a fazer:
(…)embora os autodescritos “falcões do deficit” não venham falando muito hoje em dia, os falcões monetários –economistas, políticos e autoridades que reiteram avisos de que juros baixos terão consequências graves– vêm gritando mais alto.
Não parece importar que os falcões monetários, assim como os falcões fiscais, possuem um histórico impressionante de se equivocarem em relação a tudo (onde foi parar a inflação descontrolada que prometeram?). Eles não desistem.
Os argumentos empregados mudam (agora eles estão avisando sobre bolhas de ativos), mas a exigência continua sempre a mesma: dinheiro mais apertado e juros mais altos. E é difícil deixar de ter a impressão de que o Fed está sendo intimidado, forçado à inação.
Qualquer semelhança não é mera coincidência.
Uma resposta
Esse artigo do Krugman acertou a mosca…
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