Saúde em São Paulo tinha o “Mais Grana”, dizem promotores

saudao

O cidadão aí na foto, ao lado de Aécio Neves, é o deputado estadual paulista João Caramez, tucano.

Ele é acusado pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de participar do rateio de dinheiro desviado do Hospital Regional de Itapetininga através de duas entidades privadas,  o Sistema de Assistência Social e Saúde (SAS) e Instituto SAS (ISAS).

A frente destas entidades estava Fábio Berti Carone, que havia sido preso ano passado com perto de R$ 1 milhão em casa (assista a reportagem do Fantástico da época, abaixo).

Carone tinha ligações, também, com outro tucano, Diego de Nadai, prefeito tucano cassado da cidade de Americana, onde as entidades de Caroni também administravam um hospital.

Veja a matéria do Estadão:

Promotoria cita mesada a dupla do PSDB

Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Núcleo Sorocaba (SP) afirmam, em um trecho da denúncia da Operação Athenas – que investigou desvios de recursos da saúde em oito cidades de três Estados – que os deputados estaduais Carlos Berreza Jr. e João Caramez, ambos do PSDB, recebiam mesada do esquema. A promotoria estima que pelo menos R$ 7,5 milhões foram desviados por meio da ação de entidades contratadas para gerir os hospitais. A denúncia tem como alvo 61 empresários, médicos, administradores e servidores públicos.

Eleito em 2010 para o primeiro mandato na Assembleia Legislativa, Bezerra é líder da bancada do PSDB – antes, o tucano foi vereador na Câmara Municipal da capital, entre 2001 e 2011, período em que teria recebido valores do grupo sob investigação. Caramez, que foi chefe da Casa Civil entre 2000 e 2002, nos governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin, exerce seu quarto mandato consecutivo no Legislativo paulista.

Bezerra e Caramez não estão entre os denunciados porque detêm foro privilegiado no âmbito criminal – são julgados diretamente pelo Tribunal de Justiça (TJ) – e só podem ser investigados pela Procuradoria-Geral do Estado. Mas os nomes dos dois parlamentares são mencionados na acusação, que preenche 475 páginas e descreve os passos do empresário Fábio Berti Carone, apontado como controlador de duas entidades privadas de saúde – Sistema de Assistência Social e Saúde (SAS) e Instituto SAS (ISAS) – que teriam desviado valores destinados a hospitais.

“Em São Paulo, o então vereador Carlos Bezerra Júnior e o deputado estadual João Caramez participavam do rateio dos valores desviados pelo ISAS”, assinalam os promotores, às páginas 262 e 263 da denúncia, referindo-se a fraudes no Hospital Regional de Itapetininga (SP). “Cada um recebia, mensalmente, em torno de R$ 5 mil do total desviado das unidades daquele município.”

Carone “também custeou, com recursos desviados da área da saúde, o jantar em comemoração ao aniversário do deputado João Caramez”. Na investigação, o Ministério Público apreendeu R$ 1 milhão em dinheiro vivo na casa do empresário. Os promotores sustentam que ele pagava propinas a servidores públicos e bancava campanhas eleitorais de políticos de cidades como Itapetininga, São Miguel Arcanjo, Vargem Grande e Americana.

Sobre o líder tucano na Assembleia, os promotores assinalam: “Já Bezerra Júnior, além de receber parte dos recursos desviados, ainda encaminhava pessoas para serem contratadas pelo SAS/ISAS”.

E-mails. A Operação Athenas interceptou e-mail de 13 de março de 2009, às 17h27, enviado por funcionária do gabinete de Bezerra na Câmara Municipal para Carone. “Fábio, a pedido do vereador solicito atenção especial ao currículo da sra. Vânia Aparecida dos Santos. Atenciosamente, Andrezza Barone.” A mensagem está na página 31 de laudo do Setor Técnico Científico do Centro de Acompanhamento e Execuções (Caex) do Ministério Público.

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5 respostas

  1. Tucanos e Demos são desmemoridos. São inocentes edenicos, não conspurcados ainda pela sujeira da cobra e da Eva.Claro que o Pro Grana da saúde deles, para eles tem um alcance santificado. Já o Mais Médicos é coisa de após Eva levar Adão e Eva, (Lula e Dilma), terem mordido a maçã,como Presidentes do Brasil. OH! que saudades do Careca e governador do Distrito Federal. Da Yeda Crusius no RS. Dos Bornhausen em SC. Do Toninho Bondade Magalhãse da Bahia,dos demais pelo Brasil afora. O resto é coisa de mensaleiros e petralhas, expulsos do Jardim do Eden, que parece estar trasplantado em S.Paulo…Capital e Estado.

  2. segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
    Máfia do Asfalto de São Paulo, também está agindo em Minas

    Empreiteiras investigadas pelos ministérios públicos Federal (MPF) e de São Paulo por envolvimento com a chamada Máfia do Asfalto, acusada de fraudar licitações para obras de recapeamento e pavimentação de ruas em pelo menos 80 prefeituras paulistas — todas bancadas com emendas parlamentares —, também agiram em Minas Gerais. É o que revela um levantamento exclusivo feito pelo jornal Correio Braziliense com base em informações publicadas pelos municípios mineiros nos diários oficiais. Segundo estimativas do MPF em São Paulo, a máfia pode ter desviado cerca de R$ 1 bilhão dos orçamentos da União e do estado.

    A Demop Participações, localizada em Votuporanga (interior de São Paulo), empreiteira apontada pelas investigações como controladora de 31 empresas, algumas de fachada, que participavam das licitações direcionadas para asfaltamento de ruas, ganhou concorrências milionárias para obras em cidades de Minas, entre elas a de pavimentação asfáltica, no valor de cerca R$ 4 milhões, em Carneirinho, no Triângulo Mineiro. Uma dessas obras foi bancada com recursos de emenda parlamentar. As empresas ligadas à Demop, na realidade, formam um único conglomerado empresarial pertencente à família do empreiteiro Olívio Scamatti. As empresas participavam dos processos licitatórios, mas, na verdade, não havia concorrência real, já que todas eram ligadas ao Grupo Scamatti.

    Outras empresas investigadas por suspeita de participação na Máfia do Asfalto — MC Construtora e Topografia, Construtora Viaterra e Noroeste Construtora e Serviços de Topografia — também firmaram contratos em cidades mineiras para pavimentação e outras obras, patrocinadas pelos ministérios das Cidades e do Turismo e por recursos estaduais. Elas atuaram em Iturama, União de Minas e em Limeira do Oeste, durante gestões passadas. Uma delas chegou a disputar , em 2011, uma concorrência em Fronteira, mas o certame foi cancelado. Todas essas cidades estão localizadas no Triângulo, divisa com a região noroeste paulista, onde a Máfia do Asfalto concentrava suas ações. Em Iturama, a Construtora Noroeste disputou este ano uma concorrência com a Demop para drenagem fluvial e pavimentação asfáltica, no valor de R$ 1,07 milhão, com recursos do Ministério das Cidades, liberados via emenda parlamentar.

    A MC Construtora ganhou outra concorrência na cidade, no valor de R$ 238,2 mil, para a construção de guias e sarjetas. Em Iturama, a Viaterra ficou responsável pela construção de um ginásio poliesportivo, no valor de R$ 198,9 mil , bancados com recursos do Ministério do Esporte. Em União de Minas, a mesma empresa venceu uma concorrência financiada pelo Ministério da Integração Nacional, alvo de uma ação de improbidade proposta pelo Ministério Público Federal em 2008, ainda em tramitação.

    Ligações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal, com a autorização da Justiça, entre 2008 e 2010, revelam que as empresas já agiam nas cidades mineiras, segundo informa o promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Evandro Ornelas Leal, que investiga a atuação das empreiteiras em São Paulo. Mesmo assim, em Minas Gerais, oficialmente, ainda não há nenhuma apuração em curso.

  3. Só que a Marina Silva, a nova vestal da “nova política”, não se sente nenhum pouco incomodada com essas parcerias. Francamente! Vamos dizer a verdade: esta senhora converteu-se foi à nova extrema-direita!

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