O gráfico acima foi tirado de estudo da Fundação Getúlio Vargas em parceria com a consultoria Ernst & Young, cuja íntegra pode ser lida aqui.
Para me poupar o trabalho de resumir os números apresentados pelo estudo, transcrevo trecho de post de hoje de Eduardo Guimarães, do blog Cidadania, que já fez o serviço:
Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas em parceria com a renomada empresa de consultoria Ernst & Young para o Ministério do Esporte em 2010 diz coisas muito diferentes das que vêm sendo ditas por esses embrulhões do movimento “Não vai ter Copa”.
Segundo o estudo, a Copa irá gerar R$ 183 bilhões de faturamento em um período de dez anos (de 2010 e até 2019) devido a impactos diretos – investimentos em infraestrutura, turismo, empregos, impostos, consumo – e indiretos – via circulação de todo esse dinheiro no país.
Somente em obras de infraestrutura, os investimentos deverão alcançar R$ 33 bilhões, entre estádios, mobilidade urbana, portos, aeroportos, telecomunicações, energia, segurança, saúde e hotelaria.
No turismo, os números apurados pela consultoria mostram que circularão 600 mil turistas estrangeiros e 3 milhões de turistas nacionais, aumentando em cerca de 50% o faturamento do turismo no país – de cerca de 6 para cerca de 9 bilhões de reais.
Somando empregos para trabalhadores permanentes e temporários, eles devem incrementar o PIB em R$ 47,9 bilhões.
Segundo a consultoria citada, “Os R$ 5 bilhões a serem injetados no consumo pela renda gerada por esses trabalhadores equivalerá a 1,3 ano de venda de geladeiras no Brasil ou 7,2 milhões de aparelhos”.
A expectativa é a de que a Copa crie mais de 700 mil empregos entre permanentes e temporários.
FGV e Ernst & Young ainda afirmaram que devem ser arrecadados “R$ 17 bilhões em impostos, o que representará mais de 30 vezes os R$ 500 milhões em isenções fiscais que serão concedidas à Federação Internacional de Futebol (Fifa) e empresas por ela contratadas para a realização do Mundial”.
Os tributos federais a ser arrecadados com a Copa deverão chegar a R$ 11 bilhões, deixando um saldo positivo de R$ 3,5 bilhões em relação aos investimentos federais na realização do campeonato.
Veja, leitor, o cálculo do faturamento total da Copa, segundo o estudo em tela:
“Os impactos indiretos da Copa na economia do país com a recirculação do dinheiro são calculados pelo estudo em R$ 136 bilhões, até 2019, cinco anos depois da Copa. Um impacto pós-Copa, impossível de dimensionar financeiramente transforma-se em turismo futuro. Além disso, as obras que modernizarão estádios nas 12 cidades-sedes também geram riqueza e impacto no PIB. Este valor, somado aos R$ 47 bilhões dos impactos diretos, leva aos R$ 183 bilhões que o estudo calcula que a Copa vai gerar para o país”.
Então, diante de gastos de cerca de 30 bilhões de reais para realizar a Copa de 2014 no Brasil, haverá um faturamento bruto de 183 bilhões de reais.
21 respostas
Como compartilhar esses dados tão importantes por outro meio e não pelo facebook?
Primeiro quero protestar contra os termos em inglês e não no nosso rico
(fonèticamente) português,nossa belíssima língua pátria.Ao meu ver tre-
menda incoerência do Tijolaço.
Segundo o êrro,no próprio idioma,ao grafar ‘porque’ indagando,único caso
em que é,obrigatòriamente separado:por que?
Terceiro:não sou professora de português e sim arquiteta,que considera
ser um DEVER da cidadania,de quem tem nível de instrução superior,falar e escrever corretamente.Simples assim…
Já corrigi o porque, ou por que, Sylvia. Foi erro de digitação (boa desculpa, né? rs). Obrigado. Não temos ainda equipes de revisão, então é a gente mesmo, com ajuda dos leitores, que corrige tudo. Abs!
Erro não tem acento circunflexo. Erro não tem acento nenhum.
boa Macka. quem tá cobrando erro não pode errar. ou foi digitação? rs.
E “obrigatoriamente” já não tem mais a crase há muitos anos (infelizmente).
E ”foneticamente” tbm não…
Era tão mais charmoso com crase. E trazia mais coerência entre a grafia e a pronúncia. A rigor, hj se escreve tudo de maneira átona qnd o ‘ne’ é tônico.
Fiquei surpreso com essa. Não sabia. Qnd me alfabetizei nos ’80’s o acento grave já tinha caído.
Chama-se sílaba subtônica, e quando estudei também não havia mais.
E o por que no final da frase leva acento, assim: por quê?
“fonèticamente” foi mais doído…
Como disse Jesus: “…coam o mosquito e engolem o camelo.”
Também é regra dar espaço após pontuações gráficas.
Tá, Sylvia, mas e sobre o “Não vai ter Copa”, alguma opinião? Ou a senhora acha que tá corrigindo redação do ENEM? Talvez dos vestibulares da faculdades paulistas? Se toca, pessoa! O importante aqui não é a forma e sim o conteúdo. Você é paulistana, né não?
PERFEITO, Edmar!!! RI MUITO aqui!!!
Quá, quá, quá! Silvia você não entendeu nada! Onde está sua opinião quanto ao conteúdo da matéria?!
Eu acho que essa silvia é tucanalha e acessou o site só pra desviar a atenção dos companheiros. Pra que essa patrulha? Você caiu de para-quedas no site errado. Xô! Deixa o nosso rico português fluir, cria de reinaldo azevedo!
Gente, vamos divulgar isso nas redes sociais.
Diogo Pandolfo escreveu:
“Então a solução para o mundo é uma copa por ano em cada país heheheh É uma piada, desde quando precisa copa para investir em infraestrutura?”
Prezado,
O artigo não foca somente em infraestrutura. Leia novamente.
Quanto a sua proposta, vinda de um estudante de Engenharia é um atentado a lógica.
Vejamos: Até o final do século XIX, um talher de alumínio, metal mais abundante da crosta terrestre era mais valioso do que um talher de prata ou ouro. Quando se descobriu o processo de separação deste do oxigênio… o que ocorreu?
A raridade de qualquer coisa agrega interesse, desejos de posse, participação e como consequência valor.
Extrapole para o evento Copa do Mundo. Se, digamos, fosse anual… qual interesse? Qual expectativa?
E se tivéssemos uma em cada país? Teríamos seleções? Público? Investimentos?
Atenciosamente,
Luiz Fernando Mendes de Santana.
Eng. Mecânico.
Em defesa da Copa
A adesão das comunidades locais às campanhas para sediar os jogos da Copa do Mundo explica a falta de resistência articulada, nos âmbitos e prazos adequados, que impedisse a construção de arenas. O apelo tardio às tais prioridades do país visa o núcleo social do apoio que o evento desfruta nas regiões contempladas, como prova o recurso populista de culpá-lo pela preservação de carências infra-estruturais que afetam os mais pobres.
É impossível afirmar que a inexistência do torneio traria verbas a setores historicamente desprezados, ou que o simples aporte financeiro resolveria o acentuado caráter gerencial da penúria. Por outro lado, as contrapartidas positivas geradas pela Copa vão muito além dos R$ 140 bilhões que ela injetará na economia do país. Basta imaginar o que seria hoje das nações européias em crise, por exemplo, sem as heranças educativas e sociais legadas pela indústria do turismo.
A demonização do investimento estatal na Copa ignora certas características essenciais da economia brasileira. O esforço para federalizar a imagem do dinheiro público envolvido inclui até empréstimos do BNDES, incentivos fiscais e subsídios da União, mecanismos que viabilizam os mais variados setores produtivos. Mesmo assim, a esmagadora maioria dos recursos vem de governos estaduais e municipais, sendo que em nove dos doze estádios a privatização do ônus é praticamente certa.
Mas há outras estupendas apropriações do erário, cotidianas e afrontosas, que escapam aos defensores de escolas e hospitais. Ocorrência menor, da seara esportiva: os R$ 5 bilhões devidos em tributos pelos “grandes” clubes de futebol. O quíntuplo do que é tido como escandaloso nas isenções do governo federal à Copa. Por que ninguém faz barricadas para impedir os jogos do Campeonato Brasileiro, manipulado pela TV Globo a favor desses mega-devedores e de seus elencos milionários?
Os torcedores indignados, principalmente os da crônica esportiva, vivem aplaudindo os membros dos cartéis organizados pela CBF, e agora repudiam os parcos benefícios que o banditismo futebolístico pode retribuir à coletividade. Esbravejam contra a FIFA, mas prestigiam a seleção midiático-empresarial que ela explora e financia. Vaiam os organizadores da festa e continuam fiéis a sua mitologia patriótica.
As manifestações críticas à Copa estão se afastando de pautas exeqüíveis, coerentes e representativas. A desmoralização do evento possui óbvias conotações institucionais, que apenas favorecem a arrogância exploratória de Joseph Blatter. A radicalização inconseqüente e os argumentos simplistas atraem contaminações ideológicas que não têm nada a ver com as necessárias denúncias de governos, empresas e cartolas. O máximo que piquetes em rodovias e estádios conseguem é prejudicar cidadãos e alimentar oportunistas que usam a mentira, o caos e o medo como estratégias eleitorais.
A polarização entre os apologistas do torneio criminoso e os visionários republicanos que o rejeitam é falsa e manipuladora. Não há contradição em defender uma Copa organizada, limpa e transparente, a valorização do turismo, o respeito à educação, à saúde e aos direitos humanos. Um pouco de inteligência nos debates ajudaria a agregar todas essas demandas legítimas. Mesmo que nenhuma delas prospere, já seria uma prova de maturidade política.
http://www.guilhermescalzilli.blogspot.com.br/2013/07/em-defesa-da-copa.html
Na boa, acho que isso aqui vale a leitura: http://www.sebrae2014.com.br/Sebrae../Sebrae%202014/nota_tec_dieese.pdf
DIGO PANDOLFO DISSE:
“Então a solução para o mundo é uma copa por ano em cada país heheheh É uma piada, desde quando precisa copa para investir em infraestrutura?”
RESPOSTA:
Uma copa por ano não atrairia esse número de pessoas e investimentos. A copa atraí isso justamente por ser um evento RARO. Ou você não entende isso? Um evento pode ou não atrair nvestimentos, a copa é um evento que atrai. Sobre a infraestrutura a questão é que para tanto são necessários recursos e como a Copa atrai esses recursos o investimento se paga ou seja a Copa proporciona que se aloque recursos para a infraestrutura pois a mesma trará dividendos para pagar os recursos investidos. Se não entendeu fica sem entender mesmo porque deve ser do grupo “quanto pior melhor”.