O Estadão, como o escorpião, não resiste ao seu veneno elitista

codajas

Mesmo à beira da falência, o Estadão é como estes decadentes aristocratas quebrados: não perde a pose, mesmo que lhe ronquem as tripas.

O editorial “Mais Cubanos” é um destes primores.

Aliás, é assim que o vetusto quatrocentão diz que deveria ser chamado o Programa Mais Médicos:

 “(…)não resta mais nenhuma dúvida de que a anunciada intenção de atrair médicos de outras nacionalidades ou mesmo brasileiros não passou de fachada para um projeto há muito tempo acalentado pelo governo petista: importar médicos cubanos em grande escala, ajudando a financiar a ditadura cubana.”

Segundo o jornal, nunca houve a intenção de trazer médicos brasileiros ao atendimento dos mais pobres, porque já se negociava a contratação de pessoal médico com Cuba, como se as autoridades brasileiras não tivessem ideia da escassez de profissionais e, sobretudo, da escassez de profissionais dispostos a atender no interior do país.

“(…)esses profissionais não resolverão o problema, nem mesmo o mitigarão, se não tiverem à sua disposição equipamentos e infraestrutura ao menos razoáveis. É por esse motivo – e pelo fato de que não teriam direito a FGTS, 13.º salário e hora extra – que os médicos brasileiros não se interessaram em aderir”.

Será?

Para trabalhar em São Paulo, o estado mais desenvolvido do país, o governo Alckmin abriu, agora em novembro, um concurso para 249 vagas de médico na capital,  Campinas, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Praia Grande, São José dos Campos, São José do Rio de Preto, Bauru, Araçatuba, Sorocaba e Piracicaba.

O salário, com todos os prêmios e bonificações, é de R$ 5.162 para 20 horas de trabalho.

O Mais Médicos paga R$ 10 mil, mais moradia, alimentação e um valor de até três vezes este valor para ajudar a mudança para o interior.

Não é, portanto, uma “miséria”.

O que está exposto, sim, é a falência de um modelo de formação profissional na área de saúde onde a motivação quase que exclusiva é a transformação da profissão em um negócio.

Óbvio que o médico, como qualquer profissional, deve aspirar uma boa remuneração, sobretudo na maturidade de sua carreira profissional, embora a juventude só ganhe em conhecer, conviver e integrar-se à grande  complexidade, carência e riqueza social deste imenso país.

Mas a questão em que os veludos e os punhos de renda do Estadão não lhe permitem por as mão é, essencialmente, outra.

São os pobres, esta gente desprezível, que deveria perguntar pela certidão de nascimento ou pelo Revalida de do único médico em dezenas de quilômetros capaz de atender seu filho que arde em febre.

Que deve deixar purulentas suas feridas para não compactuar com a “ditadura castrista”.

Um gente que só vêem como bestas de carga, assim mesmo de pelo duro e sangue ruim, que pode esperar per omnia seculo seculorum até que se lhe possa dar uma “saúde padrão Fifa”, com um tomógrafo computadorizado em Santo Antônio do Içá, no Amazonas.

Talvez na Copa de 3014.

 

 

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10 respostas

  1. O Estado não menciona que em locais com um único médico residente fica difícil dormir ou fugir do plantão,que locais remotos são problemáticos para a logística do comércio clandestino de orgãos humanos,além de que os mais pobres não tem como comprar remédios de laboratórios associados ou exames em clínicas particulares recomendadas.

  2. O Governo Federal deve ir em frente e contratar mais médicos, independente de sua origem, aliás, como está previsto no Programa Mais Médicos, para ampliar o atendimento da população mais carente e sofrida deste País. O PIG que reclame, tripudie, chore, faça oposição. Quem precisa de um atendimento médico, para atender suas necessidades básicas é que ficarão felizes. Isso é o que importa.

  3. Que venham mais médicos. Ontem passei 4 horas esperando para que minha filha com febre muito alta fosse atendida. Explicação para demora? Mão havia médico disponível , simplesmente. Pago plano de saúde caro e os serviços estão competindo com a rede pública. Tudo um comércio vergonhoso que coloca em risco nossa saúde. Era a terceira vez que ela ia ao hospital por conta da febre interminitente. Na primeira vez, o diagnóstico era de dengue , na segunda, gripe HN1 e na terceira sinusite com faringite. Foram 3 receitas médicas diferentes e nenhuma certeza. Precisamos de médicos mais comprometidos com a saúde do paciente, coisa raríssima hoje em dia. Sou a favor do ProgramaMais Médicos. Se nós que temos condições materiais para pagar um plano estamos passando por isso tudo, imagine os que não podem.

  4. Mas se a prioridade de contratação no Mais Médicos é a de brasileiros e só em seguida de estrangeiros, acredita no PiG quem quer.

  5. Coitado do “Estadão”, a míngua, porem com a coluna ereta, o queixo na horizontal, o nariz em riste e a língua, a maldita língua ainda expele restos de um veneno que ao longo dos anos vem absorvendo por manipula-lo de forma inadequada, contra o vento que trás novos horizontes, contra um novo Século, o XXI, que vem trazendo realizações e confirmações de que a esperança pode vencer o medo. Tudo avança, todos avançam, porem o “Estadão” estacionou numa dessas estações administradas por HOMENS SÉRIOS, muito embora não tenha percebido que esses HOMENS SÉRIOS formavam uma das maiores quadrilhas do Estado de São Paulo, a QUADRILHA DOS TRILHOS.
    Coitado do Estadão, nem mesmo parado, em uma das estações. não percebeu a ação dessa QUADRILHA DOS TRILHOS. O Estadão esta velho, passado, ruim das vistas, de fraca audição e faro sem percepção. O Estadão está vencido, ainda no velho ranço politico em que diziam que comunistas comiam criancinhas quando a China já fecha negócio até com a Disney. Coitado do Estadão.

  6. Não leio e nem entro no site dessa empresa de jornal, só entrarei qdo anunciarem ……quebrou !!!!!!!!!!!!!!!!

  7. Deixa eles reclamarem. Assim o povo confirma o que já sabe, que o governo da Dilma quer cuidar deles, que os médicos, a oposição e os jornais não ligam para eles. Eles assim estão colaborando com a reeleição da Dilma, afinal isto faz parte do DNA deles, não podem evitar.

  8. Faço aqui a mesma sugestão dada aos Frias e aos Marinhos: os Mesquitas poderiam bem ir morar nos EUA onde eles acham tudo o máximo. Os brasileiros agradeceriam.

  9. Os médicos brasileiros são exemplos de maus profissionais e creio que a maioria deve ser filho de médico e sem vocação para a profissão. Com as exceções de sempre. Viraram médicos por comodismo, e os que estão se integrando à casta, sem nenhum parentesco direto, já encontram um campo minado nos hospitais, clínicas e instituições onde devem exercer a profissão, o que dificulta qualquer exercício profissional que coloque como causa central o bem estar do paciente, se é que algum chega com tal disposição depois de passar pelas escolas nas quais obtém o diploma. Espero que o “Mais Médicos” ajude a mudar essa impressão, pois, com toda certeza, é uma das profissões mais dignas em qualquer sociedade, ainda mais nesta, que tanto precisa do serviço médico. E essa impressão não desconsidera as más condições de trabalho que muitas vezes são oferecidas.

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