Itaú confirma autuação de R$ 18 bi da Receita, mas diz que “dificilmente” pagará

reuters

Da Reuters, agora cedo:

O Itaú Unibanco divulgou nesta segunda-feira que foi intimado em 30 de janeiro pela Receita Federal sobre decisão não unânime em que o Fisco cobra da instituição financeira bilhões de reais em impostos relacionados à fusão que originou o maior banco privado do país em 2008.

O banco foi autuado pela Receita em agosto do ano passado em cerca de 18,7 bilhões de reais relacionados aos instrumentos contábeis usados para a unificação das operações.

A instituição reafirmou em comunicado que vai recorrer junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e que considera “remoto” o risco de perda na cobrança, acrescentando que a fusão feita em 2008 foi aprovada pelos acionistas das instituições, e posteriormente sancionadas pelas autoridades competentes.

Procurado, o banco informou que não comentará o assunto além do comunicado divulgado nesta segunda-feira.

De acordo com as informações dadas pelo banco em agosto, a Receita Federal autuou a instituição financeira, cobrando 11,845 bilhões de reais em Imposto de Renda, além de 6,867 bilhões em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), acrescidos de multa e juros.

O Itaú é, como se sabe, o banco cujo economista-chefe, Ilan Goldfajn, vai a Davos dizer que o país está mal.

Coisa que outro bancão, o Deutsche, não acha.

Fora de dúvida é que o  Itaú, claro, está muito bem.

Segundo matéria de sábado do Estadão, nem o bancão Goldman Sachs consegue entender como o Itaú e outros conseguem rentabilidade com taxas escorchantes de juros, como a do rotativo do cartão de crédito: até 967% no Santander-Visa e até 439% no Itaú-Visa.

Ah, mas isso são situações isoladas, linhas de crédito que ninguém toma, não é?

Errado.

“Segundo dados do Banco Central, um terço das concessões de crédito no cartão no ano passado entraram no rotativo. Foram R$ 26 bilhões, número maior do que o que foi emprestado em crédito consignado ou crédito ao consumo. Do total, quase 37% está com o pagamento da fatura em atraso de mais de 90 dias, ou seja, inadimplentes.”

Esse aí deve ser o “Credi-Mainardi” que dispara a inadimplência.

E os lucros, veja só:

“Na média, 10% dos resultados do banco vêm do empréstimo do cartão. O Itaú é o que mais lucra. Do seu resultado anunciado até o terceiro trimestre, 16,7% foi com empréstimos do cartão.(…)”

Haja sustentabilidade para segurar uma agiotagem destas!

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24 respostas

  1. Continuam o Itaú e o seu diretor, Ilan Goldfajn, devendo explicações ao público. Como afirmei antes, falar em Davos para a turminha amiga é muito fácil. Gostaria de ver uma declaração dada a quem interessa, à população brasileira, com direito a contraditório, de que o Brasil não é confiável. Poderia aproveitar o holofote para também explicar esse pequeno calote de mais de 18 bilhões de reais! É, mas… cadê a coragem?

  2. Dna Marina Silva, patrocinada pela Instituicao e com seus 20 milhoes de votos, poderia promover uma vaquinha pra cobrir esse romboo. Vai que e mole!

  3. Pode parecer birra minha, mas existe uma parcela da comunidade do kipá que gosta de ver o Brasil na merda.
    Esse aí é só mais um…

  4. Nada como uma “mãozinha amiga tucana” para livrar o banco da cobrança do fisco. Se continuar o atual governo, terá que pagar. Daí a torcida do ITAÚ para a “tempestade perfeita” e sonhar com a vitória tucanalha para “dar uma forcinha” sumindo com o processo ou com a cobrança.

    1. Qualé mesmo o telefone daquela moça prestidigitadora da Receita,que faz o processo desaparecer? Liga prá globo.

  5. Eu transferi minha conta do itau para o Bradesco e consegui que váriios colegas e parentes fizessem o mesmo, campanha para fecharem contas e aplicações neste banco antidemocrático, ja e viva a GRANDE PRESIDENTA DILMA e o DEUS vivo da politica mundial LULa o NORDESTE ama estes dois dignos governantes do imenso BRASIL.

  6. Agiota foi algo criado pela Lei para proteger os bancos.

    Agiota é proibido, juridicamente condenável (lembrando que as Leis são feitas pelo homem para o homem. Proibir a agiotagem tem um motivo).

    Mas banco pode ser agiota, praticar agiotagem quanto quiser. O conceito de agiota é subjetivo. Se eu faço a mesma coisa que o banco, sou criminoso. É como se somente o MC´Donalds pudesse vender sanduiche. Qualquer um que o fizesse estaria incorrendo em crime.

    Depois querem me enfiar na cabeça que o capitalisto-democratico (existe isso?) é o ideal de sociedade.

  7. Por isso patrocina Marina na esperança de vê-la eleita e anulando essa cobrança.

    Mas, o banco pode achar “remota” a chance de ter de pagar, mas ainda não existe empresa nesse país maior que o governo.

  8. … “Vamos fazer uma vaquinha?!”… “O líder PMDBesta (sic) Eduardo Cunha irá se estrebuchar de regozijo arrivista!”…

    Que país é esse, sô?!…

    República [República?!] de ‘Nois’ Bananas – [‘Nois’] céleres contribuintes compulsórios do Fisco!
    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

  9. Agora sim, está explicado porque o seu economista-chefe foi a Davos desancar o nosso país. É “rarva” da autuação da Receita Federal.

  10. Ó, do Itaú: vocês conhecem ou já ouviram falar de Cristina Maris Meinick Ribeiro? Ela dá um jeito nisso. Não trabalha mais na receita? Ela deve conhecer alguém por lá…

  11. E Dna Marina. Voces estao politicamente enrolados. E nem adianta pedir ao Fernando Brito pra chamar o Eduardo Campos de bonitao.

  12. Amigos,

    Eu acabei de criar minha própria petição no site de Petições da Comunidade da Avaaz. Chama-se: José Eduardo Cardozo – Ministro da Justiça.: Estatização da Rede Globo e Editora Abril..

    Essas empresas criam clima de desestabilização da nação brasileira ao criar factoides diariamente. Como a Globo é somente uma concessão, não pode ser um partido de oposição aos interesses do povo.
    Na verdade o que importa é abalar as bases dessas empresas que se acham donas da vontade do povo brasileiro. Eles não podem mais continuar ditando ao povo em quem votar, sob risco de fiascos como Fernando Collor. E muito menos determinar aos parlamentares a votação de matérias de seu exclusivo interesse.São ricos e influentes porque apoiaram a ditadura e se beneficiam até hoje de gordos donativos do império americano, para lhes fazer as vontades contra a pátria amada. Mas é preciso botar um ponto final em sua arrogância.

    Eu realmente me importo com esse assunto e já alcançamos 100 assinaturas — você pode me dar uma ajuda?

    Clique aqui para ler mais a respeito e assine:
    https://secure.avaaz.org/po/petition/Jose_Eduardo_Cardozo_Ministro_da_Justica_Estatizacao_da_Rede_Globo_e_Editora_Abril/?Day2Share

    Campanhas como essa sempre começam pequenas, mas crescem quando pessoas como nós se envolvem — por favor, gaste um segundo agora para ajudar assinando e passando.
    Quando iniciamos essa petição, não esperavamos alcançar os objetivos finais,mas mostrar que o povo brasileiro está alerta contra suas funestas pretensões.

    Muito obrigado,
    Carlos

  13. FEB
    3
    FHC pirou de vez?

    Por Hayle Gadelha, no jornal Correio do Brasil:

    No seu artigo publicado hoje, “Mudar, com pé no chão e visão de futuro”, o ex-presidente Fernando Henrique, no afã de tentar motivar a oposição para as próximas eleições – mas com uma visão de passado –, diz coisas sem o pé no chão. A primeira frase é um primor: “As pesquisas eleitorais estão a indicar que os eleitores começam a mostrar cansaço”. Que pesquisas são essas, Fernando Henrique? Aquelas que indicam a possibilidade de Dilma vencer no primeiro turno? Não há certa incongruência na afirmação?

    Em seguida, Fernando Henrique refere-se às manifestações de rua de 2013: “A insatisfação estava nas ruas, a despeito das melhorias inegáveis do consumo popular e de alguns avanços na área social”. Entenderam mais essa incongruência? Ele reconhece que o país inegavelmente avançou e diz que, ainda assim, as ruas querem mudanças. Mas isso, Fernando Henrique, não quer dizer que querem voltar atrás, voltar aos tempos do grande atraso social. As ruas querem que o atual governo avance ainda mais – esse é o recado óbvio.

    O próprio Fernando Henrique concorda com isso na frase seguinte: “É que a própria dinâmica da mobilidade social e da melhoria de vida, e principalmente o aumento da informação, geram novas disposições anímicas. As pessoas têm novas aspirações e veem criticamente o que antes não percebiam. Começam a desejar melhor qualidade, mais acesso aos bens e serviços e menos desigualdade”. Absoluta verdade. Mais um motivo para não voltar atrás.

    Outro motivo foi dado por Fernando Henrique, quando, pela bilionésima vez, tenta provar que as “políticas de distribuição de renda” (em outras palavras, o Bolsa Família!) foram criadas pelos tucanos. Ora, tenha paciência! Criaram mas não fizeram?!? São as ruas que dizem: quem prometeu, e não fez, perdeu a vez.

    Mas ele não para. Quando trata da questão da segurança, resolve citar trabalho tucano em São Paulo como exemplo! Vou repetir: resolve citar trabalho tucano em São Paulo como exemplo! Chega a aconselhar “pôr fim, como está fazendo São Paulo, às cadeias em delegacias”. Meu Deus, Fernando Henrique, o governo Garotinho fez isso no Rio em 2000, com as Delegacias Legais! E o governo tucano de São Paulo ainda está longe de chegar a algo parecido com as UPPs do governo Sérgio Cabral!

    Quando resolve entrar na área da moradia, o desatino é total: “Por que não mostrar que o festejado programa Minha Casa, Minha Vida tem um desempenho ruim quando se trata de moradias para a camada de trabalhadores também pobres, mas cuja renda ultrapassa a dos menos aquinhoados, teoricamente atendidos pelo programa?” Sabe por que a oposição não pode nem tentar provar isso? Primeiro, porque 1,5 milhão de famílias (com renda até R$ 5 mil por mês) já foram beneficiadas e mais 1,7 milhão de casas e apartamentos estão em construção em todo o país. Segundo, porque quem hoje está na oposição nunca fez nada quando estava na situação. Não lembro de nada que tenha sido feito sobre moradia popular, desde os tempos da ditadura.

    Em uma de suas premonições de derrotado, Fernando Henrique divaga: “Talvez a população queira eleger gente com maior capacidade organizacional e técnica, que conheça os nós que apertam o país e saiba como desatá-los”. Na verdade, aí está o nó da questão: ele sonha com o retorno à política neoliberal de seu governo, onde o desemprego não tinha tanta importância, a imensa desigualdade social era preservada com afinco, os juros iam às alturas – enquanto o “mercado”, com seus nós bem frouxos, sorria feliz.

    No final, Fernando Henrique diz algo que aplaudo: “Também chegou a hora de uma reforma política e eleitoral. Não dá para governar com 30 partidos, dos quais boa parte não passa de legenda de aluguel”. Fora isso, o que vejo em seu artigo pode ser traduzido por uma de suas frases:

    “Ocorre que a realidade existe e que às vezes se produz o que os psicólogos chamam de ‘incongruências cognitivas”.
    Altamiro Borges: FHC pirou de vez?
    Postado há 4 hours ago por Blog Justiceira de Esquerda

  14. Devo, não nego e nem pago!

    O calote é maior do que o presente que fhc deu à norinha magalhães pinto.

    Mas que pinto!

  15. Pe no chao e visao no futuro, e quando a gente pisa no coco do cachorro e faz cara de paisagem! Essa e manjada.

  16. Depois de espernear muito, daqui alguns anos entram num REFIS da vida e pagam 20% do devido e fica tudo certo…

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