A notícia é do final do ano passado. Comi mosca em só publicar agora. Mas antes tarde do que nunca. É uma inicativa extraordinária do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (Sind, em parceria com organizações em defesa dos direitos humanos.
Vou confessar uma coisa. Eu apoiei a outra chapa, por causa de conhecidos, mas agora me tornei um fã da nova gestão do Sindjor-RJ. A sua presidente, Paula Máiran, tem feito um trabalho brilhante, com muita garra e coragem.
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Texto publicado no site do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro:
Comissão da Verdade dos Jornalistas do Rio investigará relações de empresas com a ditadura
Os jornalistas do Rio conhecerão, enfim, a verdade por trás da repressão e da censura promovida pelo regime militar instaurado no país em 1964. Foi instalada nesta quinta-feira (12) a Comissão da Verdade dos Jornalistas do Rio, uma iniciativa do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio em parceria com organizações de defesa dos direitos humanos.
A comissão deverá atuar em diversas linhas de investigação, como os prejuízos causados aos profissionais que eram militantes de esquerda, a perseguição aos órgãos da imprensa alternativa, as ligações das grandes empresas de comunicação com a ditadura e a atuação do próprio Sindicato durante os anos de chumbo.
As pesquisas serão realizadas com o apoio do Núcleo de Mídia, Memória e História do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Comunicação da UFRJ. Além da universidade, participam da Comissão da Verdade dos Jornalistas o Instituto Mais Democracia, o Grupo Tortura Nunca Mais RJ, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), a ONG Justiça Global e o Instituto de Defensores de Direitos Humanos. A sala do Centro de Cultura e Memória do Jornalismo do Sindicato foi escolhida como a sede da comissão, que terá a jornalista e escritora Ana Arruda Callado como presidente de honra.
“Vamos investigar casos de uma das categorias que foi mais perseguida no Rio pela ditadura. Mas precisamos ir além e investigar a estrutura do apoio das empresas de comunicação ao regime militar”, afirmou Carlos Tautz, do Instituto Mais Democracia, durante a solenidade de instalação da comissão, no auditório do Sindicato.
Paula Máiran, presidente do Sindicato, destaca a importância do apoio das organizações da sociedade civil, e não apenas as entidades relacionadas ao jornalismo, na apuração dos fatos:
“A luta pela liberdade de imprensa não afeta só os jornalistas. Ela traz reflexos para a sociedade como um todo”.
A solenidade ganhou um simbolismo especial por ter sido realizada um dia antes do aniversário de 45 anos da instauração do AI-5, que acirrou a repressão durante o regime militar. O evento encerrou a Semana de Direitos Humanos dos Jornalistas Cariocas.
2 respostas
Falando do TEMPO…já está quase muito tarde.
Daqui a poco outras gerações não conseguirão
engolir tais fatos, mofados pelo tempo.
Alguns deles.
Bomba de Hiroshima.
Genocidio de Judeus.
GHetulio Vargas
Lampião.
Tiradentes…este então, morto pelos Tucanos
de Minas.
Nagazaky – Vietnã – Eduardo Leite-Bacuri – K-im Phuoc – Kleber Lemos da Silva – Luiz Renê Silveira e Silva – Jana Morone Barroso – Thomaz Antonio da Silva Meireles Neto – Guilherme Gomes Lund – Davis Capistrano da Costa – Ivan Mota Dias – Fernando Santa Cruz Oliveira – Marcio Beck Machado – Luiz Almeida Araujo – Lucia Maria de Souza – Divo Fernandes de Oliveira – Joel Vasconcelos Santos – Armando Teixeira Fructuoso – Ana Rosa Kucinski Silva – Mario Alves de Souza Vieira – Celso Gilberto de Oliveira – Isis Dias de Oliveira – Mariano Joaquim da Silva – Antonio dos Três Reis de Oliveira – Heleny Ferreira Telles Guariba – Telma Regina Cordeiro Correa – Ieda Santos Delgado – Aylton Adalberto Mortari e mais dezenas de pessoas desaparecidas, torturadas ou mortas pelo Regime, com a conivencia dessa imprensa que conspirou contra o Brasil e toda a sua população, e que hoje se apresentam como os santinhos do pau oco, esses HOMENS SÉRIOS, que vão as missas aos domingos e ainda se comungam. Imprensa ‘Livre” traidora, que não pensam nas consequéncias quando buscam seus lucros, independentemente que o Brasil fique mal e seu povo também ,mas vocês levem seus quinhão, num exemplo classíco do que a Rede GLOBO fez nas manifestações pela volta da democracia, enquanto ela anunciava as comemorações do aniversário de São Paulo.