Baixa de temperatura reduz em 10% consumo de energia e em 16% a geração hidráulica

 

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A cobertura jornalística sobre a situação dos reservatórios de água para geração de energia – que é preocupante, mas não desesperadora – em geral não toca num ponto-chave para que se entenda o que está havendo e o quanto a entrada da primeira frente fria significativa do ano melhorou o quadro energético.

Tão importante quanto o volume de água nos rios aumentar – e a primeira chuva depois de uma enorme seca nem sempre provoca alta significativa nos cursos d’água – é a redução do consumo provocada pela queda  na temperatura.

Vou dar os números dos boletins do Operador Nacional do Sistema, que coordena as operações de geração e troca de energia em todo o país, para que você avalie, comparando o mesmo dia da semana, para reduzir distorções.

Segunda-feira da semana passada, o Sudeste exigiu uma carga média de 43.878 MW. O Sul, segundo maior consumidor nacional, 13.918 MW.

Para isso, os reservatórios do Sudeste tiveram de gerar, em média, 25.148  MW  e os do Sul, 10 mil MW médios.

Ontem, a carga do Sudeste caiu para 39.616 MW ( menos 9,7%) e a do Sul para 11.520 MW ( 17,2% a menos).

E a geração hidráulica caiu muito mais: a do Sudeste ficou em 21.859MW ( menos 13,1%), enquanto a do Sul ficou em 7.687, ou 24% menor.

Na média – o que é aceitável, já que há troca de energia entre as regiões – a redução foi de 16%.

Nos horários de pico de consumo, onde se registra a demanda máxima de carga – que potencializa defeitos nas redes de transmissão – a redução na média do Sistema interligado Nacional foi superior a 10% e chegou a quase 19% na região Sul, onde a queda de temperatura chegou a 10 graus.

A “dança da seca” feita na segunda-feira passada por Aécio Neves, na esperança de um “apagão” como cabo eleitoral, pelo menos por agora, deu xabu.

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