Coxinhas em crise: Brasil envolvido na fabricação de caça da sexta geração

caca
A notícia apareceu na minha TL do Twitter com um comentário divertido: ” essa é para fazer os coxinhas se rasgarem”.
Às vezes os comentários mais inocentes, mais despretensiosos, são os mais profundos. Não sei se este é o caso, mas o fato é que chamou minha atenção.
Parece que a escolha do Brasil pelo caça sueco se revelou a mais acertada. A Suécia está liderando a construção do caça mais moderno do mundo, com peças e tecnologias de várias partes do mundo, e envolverá o Brasil no processo.
A novidade que mais surpreendeu os especialistas é que, além de ser ultra-moderno, o caça sueco será muito mais barato do que os similares norte-americanos.
A fonte é uma revista especializada dos EUA.
*
Por Marco St., no blog do Nassif
Brasil está envolvido em desenvolvimento de aeronave, segundo imprensa americana

O que até agora era um simples “diz-que-diz”  parece que começa a ganhar contornos reais.

Para todos aqueles que criticaram a decisão brasileira pela compra dos caças Grippen da Suécia, americanos atordoados inclusive, surge agora a informação, via imprensa especializada dos EUA, de que o Brasil estará envolvido na construção do primeiro caça de 6a geração do planeta, o JAS 39E Grippen, da SAAB.
O projeto do caça é state-of-the-art com softwares e sensores, incluindo o que pode ser  o primeiro sistema de guerra eletrônica em serviço usando a tecnologia do nitreto de gálio.
A construção do caça só se tornou viável graças ao caráter global que os suecos estão dando ao projeto. Os motores serão americanos, o radar inglês, os sistemas infra-vermelhos italianos e a fuselagem será construída no Brasil.
Diferentemente do que acontece com o projeto multi-bilionário e interminável dos americanos com o novo F-35  (que se vier a ficar pronto e comercalizado algum dia,  já estará obsoleto), os custos do caça da SAAB serão infinitamente menores e o produto final muito melhor.
THE PLANET´S BEST STEALTH FIGHTER ISN´T MADE IN AMERICA
The U.S. military likes to think it makes the world’s most sophisticated combat aircraft. Think again.
In 2005, Lockheed Martin labeled the F-35, the stealthy new jet they were building for the Pentagon, as a “fifth-generation” fighter. Ironically, it was a term that they had borrowed from Russia to describe a different stealthy fighter, the F-22. But the term caught on. Some of Lockheed’s rivals tumbled into this rhetorical trap and tried to argue that “fourth-generation” was just as capable—whether it is true or not, making such a case is an uphill struggle.
But if “fifth-generation” means more than “the ultimate driving machine,” a sixth generation will emerge. Saab—yes, that Saab—can argue that it has built the first such aircraft. The Swedish plane has got a mouthful of a name: the JAS 39E Gripen. But it could well be the future of air combat.
The concept behind the “fifth generation” of fighters is almost 30 years old. It dates to the final turning point in the Cold War, when the Reagan administration accelerated the arms race, believing (correctly) that the Soviet economic engine would throw a rod first. The F-22 was designed for a challenging but simple war: if you were in a NATO fighter and the nose was pointed east, pretty much everyone headed your way was trying to kill you.
Defense technology led aerospace in those days, and aerospace drove many other technologies. Today’s gaming, simulation and movies are descended from 1980s military simulators.
The world has changed a bit. Operation Allied Force in 1999 presaged the air campaigns of the 2000s, where targets were soft but hard to find, and harder yet to pick out of the civilian environment. We can say little for certain about the nature of future conflict, except that it is likely to be led by, and revolve around, intelligence, surveillance and reconnaissance (ISR). For the individual pilot, sailor or soldier, that means having better sense of the conflict zone is key.
Demographics and economics are squeezing the size of the world’s militaries—nations with more than 100 combat aircraft are few and getting fewer. There are no blank checks for overruns.
Much of the technology of 1995, let alone 1985, has a Flintstones look from today’s perspective. (My 1985 computer boasted 310 kB of storage and communicated at a screaming 300 bits per second.) Software is no longer what makes machines work; an iPhone is hardware that is valued because of the apps that it supports. This technology is characterized by development and deployment cycles measured in months. In aerospace, the lead in materials and manufacturing has gone to the commercial side.
“This is not the world’s fastest, most agile or stealthiest fighter. That is not a bug, it is a feature.”
The conundrum facing fighter planners is that, however smart your engineering, these aircraft are expensive to design and build, and have a cradle-to-grave product life that is far beyond either the political or technological horizon.
The reason that the JAS 39E may earn “sixth generation” tag is that it has been designed with these issues in mind. Software comes first: the new hardware runs the latest Mission System 21 software, the latest roughly-biennial release in the series that started with the earlier, A and B models of the aircraft.
Long life requires adaptability, both across missions and through-life. The Gripen was designed as a small aircraft with a relatively large payload. And by porting most of the software to the new version, the idea is that all of the C and D models’ weapons and capabilities, and then some, are ready to go on the E.
The Swedes have invested in state-of-the-art sensors, including what may be the first in-service electronic warfare system using gallium nitride technology. It’s significant that a lot of space is devoted to the system used to pick out friendly from hostile aircraft; a good IFF (“identification friend-or-foe”) system is most important in a confused situation where civilian, friendly, neutral, questionable and hostile actors are sharing the same airspace.
Sweden’s ability to develop its own state-of-the-art fighters has long depended on blending home-grown and imported technology. Harvesting technology rather than inventing it becomes more important as commercial technology takes a leading role and becomes more global. The JAS 39E engine is from the U.S., the radar from Britain and the infra-red search and track system is from Italy. Much of the airframe may be built in Brazil.
However, what should qualify the JAS 39E for a “sixth generation” tag is what suits it most for a post-Cold War environment. It is not the world’s fastest, most agile or stealthiest fighter. That is not a bug, it is a feature. The requirements were deliberately constrained because the JAS 39E is intended to cost less to develop, build and operate than the JAS 39C, despite doing almost everything better. As one engineer says: “The Swedish air force could not afford to do this the traditional way”—and neither can many others.
It’s an ambitious goal, and it is the first time that Sweden has undertaken such a project in the international spotlight. But if it is successful it will teach lessons that nobody can afford not to learn.
This column also appears in the March 24 issue of Aviation Week & Space Technology.
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17 respostas

  1. Esta é apenas mais uma boa noticia que será a todo custo escondida dos brasileiros. O Brasil está cada vez mais se destacando no setor de aeronaves, mas entrar no seleto grupo de construtores de aviões caça é realmente para comemorar. Isso mostra além do avanço do Brasil neste setor, a preocupação com a defesa de nosso país e nossa soberania.
    O brasil deve sim, aperfeiçoar seus sistemas de defesa, e buscar parcerias é o melhor e mais barato caminho a seguir; devemos proteger nossas fronteiras e nosso patrimônio, devemos proteger o interesse de nosso povo.
    Parabéns a todos os brasileiros, e de modo especial, àqueles que viabilizaram esta conquista.

  2. A fuselagem será construída no Brasil…!
    Não precisa dizer mais nada.

    E olhem aqui:

    http://www.aereo.jor.br/2014/04/03/brasil-e-suecia-assinam-acordo-estrategico-na-area-de-defesa/

    Wellington Calasans, especial para o R7, em Estocolmo

    ClippingNEWS-PAUm acordo que visa reforçar a parceria estratégica entre o Brasil e a Suécia foi assinado nesta quinta-feira (3) pela ministra da defesa da Suécia, Karin Enström, e o seu homólogo brasileiro, Celso Amorim, no castelo de Karlberg em Estocolmo. Na prática, os dois países tentam transformar em contrato as promessas que vêm sendo ventiladas na imprensa desde o anúncio da compra dos caças suecos da SAAB.

    O comunicado conjunto reafirma o interesse de ambos os países em promover um maior intercâmbio de conhecimentos e experiências em áreas como o desenvolvimento e aquisição de equipamento militar.

    Celso amorim que comparou a assinatura dos acordos entre os dois países a um casamento, disse esperar que na prática o Brasil e Suécia vivam “uma história de amor”.

    A ministra sueca considera a parceria entre os países como de grande importância para ambos, “pois transcende a compra de aviões e consolida uma parceria estratégica entre os dois países”.

    Por sua vez, o ministro brasileiro destacou que “o Brasil tem uma história de paz, mas que obviamente é necessário que esteja atento às necessidades da defesa nacional e que a parceria com os suecos é um importante passo para isto”.

    Com exclusividade para o R7, o Ministro Celso Amorim descreveu alguns pontos do acordo.

    — É um momento inicial, baseado na decisão da presidenta Dilma Russeff de adquirir o Grippen NG como o novo caça multipropósito brasileiro, mas também baseado numa parceria estratégica assinada em 2009 pelo presidente Lula. Então, nós estamos dando continuidade às essas duas coisas, estamos trabalhando para que este primeiro grande projeto na parceria estratégica corresponda ao que foi inicialmente oferecido. Evidentemente a escolha do Gripen foi baseada na somatória de três critérios (desempenho, preço e transferência de tecnologia e todo o sentido da nossa ação agora, resumindo em poucas palavras, é transformar promessas em contrato.

    A chegada dos aviões ainda é indefinida, mas Celso Amorim assegura que pode ocorrer a chegada de alguns caças.

    — As conversas estão seguindo bem, entra a aeronáutica brasileira e a SAAB, em alguns casos também envolvendo a força aérea sueca, sobretudo na cessão de um certo número de aviões por um tempo intermediário, mas eu acho que isso era muito importante ser percebido num nível político e é isso que foi feito. Além disso assinamos um acordo amplo que vai possibilitar a cooperação em outras áreas que terão que ser examinadas ainda. Porque, como se costuma dizer, o diabo mora nos detalhes.

    Provocado a revelar quais seriam as outras áreas, o ministro brasileiro falou sobre algo que tem sido muito debatido em todo o mundo, a defesa cibernética.

    — Defesa cibernética pode ser uma, desde que a gente possa trabalhar com base em códigos fonte aberto. Na própria questão do Gripen nós temos que discutir também certos componentes, como eles serão usados. Enfim, há muita coisa para ser discutida, mas são detalhes, mas o sentido político geral foi estabelecido hoje. Não se trata de uma mera compra, mas de um passo importante dentro de uma parceria estratégica, concluiu Celso Amorim.

    O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, José Elito Siqueira, que também compõe a comitiva brasileira, destacou a importância de outro acordo firmado entre o Brasil e a Suécia.

    — [É um] outro acordo que trata e protege as informações classificadas ou sigilosas que ambos os países terão que fazer, seja neste acordo [de defesa] como em qualquer outro. Informações na área comercial, ciência e tecnologia, etc. Então este é um acordo muito importante e que reflete em todo o processo de desenvolvimento entre os dois países, disse o ministro Elito.

    A comitiva brasileira se encontra com dirigentes do país nórdico e amanhã visita a fábrica da Saab, fabricante do Gripen NG. Em Estocolmo, além do encontro com a ministra sueca da Defesa, Karin Enström, a delegação tem encontros marcados com o primeiro-ministro do país, Fredrik Reinfeldt e a rainha Silvia da Suécia.

    FONTE: R7

  3. Os motores serão estadunidenses!!!! Dá pra confiar??? Depois de todas as sabotagens que o EEUU já fizeram?????

  4. Jamais eu confiaria em um jato que tivesse motores ianques/sionistas! Muito menos radares ingleses ou alguma coisa italiana pelo meio. Pena, pensei que seriam os russsos, são mais confiáveis.

    1. Quem tem burrice congênita vai que se virar comprando pedaços pelo mundo e torcer para que quando juntar funionne

  5. Temos que tomar o máximo de cuidado para esses caças não cair nas mãos dos tucanalhas, por que com certeza eles vão utilizar para fazer um ataque aéreo na Petobrás

    1. Gente, nenhum caça deste porte tem tecnologia somente de um país. Isso é impossível. Cada país tem as suas expetises. E as forças armadas brasileiras já estão cheias de eqipamentos e peças americanas. Não tem como fugir disto.

  6. Boa noite,

    moçada! Mais que comprar os caças o Brasil comprou a tecnologia desse aviões que nós não tínhamos e quanto aos motores estamos bem avançados nessa área no ITA. Portanto daqui 20 a 30 anos os próximos caças que voaram em nosso espaço aereo será totalmente brazuca.

  7. A questão da tecnologia é o nó górdio no mundo hoje. Ninguém transfere o que conseguiu com suor. Duvido que a Suécia transfira alguma coisa de útil, até porque ela pertence ao bloco da OTAN que é liderado pelos EEUU. Se o Brasil quiser tecnologia de ponta terá que investir muito para isso, coisa que nunca fez, ou se fez foi muito mal feito.

  8. Como é que eu faço para traduzir a parte em ingles,
    meu filho disse, vai ali, clica lá.copia aqui….e e só ler..
    não consegui, desisti…é muito rápido este guri, parece um
    caça de sexta geração..

  9. Acho que isso aí foi furo n’água.
    Devíamos é ter comprado os caças Sukhoi (e nem precisava ser os T-50) russos que estaríamos mais bem servidos.
    A China fez isso e duvido que se arrependida.
    Comprar um caça multinacional? Amanhã os fornecedores param de fornecer os componentes e a gente vai substituir por o que?
    Além disso, Suécia é quintal americano.

  10. Os suecos utilizam tecnologia eletronica embarcada de origem americana na produção dos caças, os militares brasileiros quando escolheram o Gripen sabiam disso. Um ótimo caça, com a melhor turbina, com a melhor eletrônica, e pelo melhor preço. Tudo de bom

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