Até briga de família de 87 ressuscitaram na campanha anti-Petrobras. Ou o R$ 1 bi do Gorentzvaig

triunfo

A história do empresário Caio Gorentzvaig, que está denunciando supostas irregularidades na Petrobras pela  compra da Petroquímica Triunfo é fruto de um imbróglio antigo entre ele, seu falecido pai Bóris e o tio Salomão  Gorentzvaig.

Em 1987, Salomão Gorentzvaig entrou com processo de dissolução da sociedade que mantinha com o irmão Boris. Pediu  24% da Petroplastic, c que detinha participação acionária de 14,84% do capital social da Petroquimica Triunfo, cujo restante era de propriedade da Petrobras (57,31%) e do grupo Dow (24%) e alguns pequenos acionistas.

De lá para cá foram duas décadas de brigas judiciais que, afinal, Caio perdeu e, com isso, perdeu o controle acionário da empresa.

E perdeu muito antes de Lula, nos Governos Itamar Franco e  Fernando Henrique,

Não conheço todos os detalhes da história, mas está evidente que, depois de quase 25 anos de interesses contrariados pelo Judiciário, Caio resolveu tentar um recurso político para aliar à ação rescisória que ainda move para tentar recuperar o que perdeu na disputa lá de 1987 e na qual já perdeu a liminar pretendida. Ação rescisória, como se sabe, é desespero de causa, quando já se perderam ações ou prazos de recurso.

Está na cara que  Caio “pegou carona” na onda política do “bate mais na Petrobras” e em um tipo de jornalismo que não vai checar o que é real e o que é aproveitamento oportunista da situação para acusar a Petrobras até de ter provocado o dilúvio para superfaturar na Arca de Noé.

Porque uma pesquisinha básica como a que eu fiz acharia a abertura da matéria publicada ano passado pela Istoé Dinheiro, que não deixa dúvidas sobre as intenções do empresário:

“Aparentemente, não tem limites a ambição da família do empresário Boris Gorentzvaig de recuperar o brilho perdido. Poucos meses após a morte de Boris, em fevereiro, seu filho Caio afirma querer acabar com a feroz disputa judicial mantida, há mais de duas décadas, pela família contra a Petrobras e a Odebrecht pelo controle da petroquímica Triunfo. Mesmo depois de ter sido derrotado nos tribunais, até agora, Caio quer uma bolada para sair de cena: “R$ 1 bilhão é um bom valor para a gente começar a conversar”, diz ele. “As propostas de entendimento anteriores foram uma vergonha, ficaram em R$ 50 milhões.” Desde o final dos anos 1980, os Gorentzvaig reclamam do afastamento do patriarca do comando da Triunfo, que foi posteriormente incorporada à Braskem, controlada pelo grupo baiano. “Eu vou sair dessa briga”, afirma Caio. “Só quero ser indenizado e ir embora do Brasil com minha família.”

Aparentemente, não conseguiu seu “bilhãozinho”.

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