Cabeça inchada pensa mal, muito mal

vaievem

Tenho lido muita besteira sobre as consequências do massacre sofrido ontem pelo time brasileiro.

Já li que ele vai decidir a eleição, a inflação, a depredação e o escambau, como dizia o Stanislau Ponte Preta.

E aí fui buscar outras “catástrofes” do futebol, que só para quem já dobrou o Cabo da Boa Esperança, como eu, são “recentes”, mesmo com mais de 30 e 40 anos.

Em 1972, um Botafogo que já não era , como três ou quatro anos antes, o grupo de craques que fora, com o Santos, a base da Seleção de 1970 – acho que só Jairzinho remanescia – aplicou inimagináveis 6 a 0 num Flamengo que não era fraco, não. Tinha Liminha, Rodrigues Neto (ótimo lateral esquerdo), o lendário Fio Maravilha, Zanata e o ex-botafoguense Paulo César Caju.

Quem dirigia o Flamengo era nada menos que Zagallo, com um tricampeonato mundial de 70 fresquinho em seu currículo.

Humilhação no dia do aniversário rubro-negro.

Durante nove anos a torcida flamenguista – eu, garoto, lembro perfeitamente das gozações – teve de aguentar o infamante “6 a 0, 6 a zero” dos botafoguenses, ao ponto do flamenguista Henfil ter eternizado o nome de “cri-cri” como símbolo dos torcedores do Botafogo, para ele uns chatos.

Ate que em 1981, uma já madura geração de craques – Júnior, Adílio, Andrade, Zico ( que era reserva em 1972) e Nunes devolveu  o implacável placar no Maracanã, como requinte de “maldade” de ter em campo o já veterano Jairzinho, goleador do jogo de 72, com direito até a um gol de letra, então.

O que era trauma virou, apenas, história.

O desastre de ontem é (quase) apenas o que é, uma tragédia esportiva.

Claro que tudo é muito mais grave com uma seleção nacional e ainda muito mais com uma Copa em nosso país.

Embora, quando se trate de amor ao Flamengo – para quem conhece os flamenguistas – a coisa é bem perto do “nacional”.

Se o Brasil fosse um clube de futebol, sim, seria possível e lógico que determinasse a queda de seu presidente, como, creio, provocará mudanças – nem tantas, mas finalmente! – na CBF. E, talvez (tomara) o fim do entendimento de que o futebol pode ser – e nunca foi, desde que o profissionalismo tornou-se sua razão de ser – jogado por um grupo de amigos, uma família como se louvou em Scolari.

Alemanha e Holanda estão aí para provar o contrário.

Ou será que os nervos dos alemães, perdendo de 2 a 1 para Gana, de virada, na metade do segundo tempo, ou dos holandeses, sendo derrotados por 1 a 0 pelos mexicanos até pouco mais de cinco minutos antes do final do jogo não sofreram como os nossos depois daquele 1 a zero inesperado de ontem?

Se alguém quiser ver alguma semelhança entre política e futebol, não a procure em campo, mas fora dele.

Sem um líder em campo, o que havia fora dele – Felipão – visivelmente desertou de sua mínima obrigação de, seguindo a singela máxima do lendário Neném Prancha, “arrecuá os arfe pra evitar a catastre” e assistiu impassível a destruição de nosso time.

O resto é simples exploração oportunista de quem acha que o povo brasileiro é formado por um bando de idiotas, sem raciocínio e incapaz de perceber, em meio à frustração, que o que não funcionou visivelmente foi o mais importante para nossas emoções – o jogo de futebol – e nada teve a ver com nossa capacidade de organizarmos uma competição mundial de forma exemplar e que, até ontem, era unanimemente considerada um sucesso.

Estamos, todos, de “cabeça inchada”.

E quem pensa de cabeça inchada pensa mal, muito mal.

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43 respostas

  1. Não será simples usar politicamente contra o Governo esse resultado, esse verdadeiro vexame de nossa Seleção. Como mostra com os exemplos de Alemanha e Holanda, uma seleção nacional é uma questão de planejamento de longo prazo, de importância para o país, uma atividade privada, mas que envolve nações e seus povos. Não dá para formar seleções de afogadilho, ainda mais fortemente baseada numa verdadeira “legião estrangeira” como a brasileira, jogadores que atuam em outros países, a maioria com suas imagens ligadas a marca de produtos, que vão de materiais esportivos,bebidadas, cosméticos. Felipe Scolari está assumindo o ônus da derrota, mas certamente é um dos maiores culpados, sim, mas ninguém é capaz de responder isolamente pelos problemas mostrados por nossa seleção, que já vem se arrastando há décadas. Quem não lembra o vexame na França? É um problema estrutural. Embora a seleção seja uma questão privada, sua organização e estrutura interessam ao povo e ao país, por isso nossa legislação deve melhor se adequar para impor limites à influência de marcas de produtos, que têm seus interesses expressos na atuação da mídia, que tudo concentram desses setores em exclusividades de transmissão e outros privilégios. Quando é tocado o Hino Nacional, está dito que a Nação Brasileira sente-se representada no grupo que está em campo defendendo nossas cores. Por isso urge tudo estruturar, aproveitar o péssimo exemplo, que para nosso futebol deu essa copae as mais recentes, e proceder as necessárias mudanças no planejamento do esporte. Está claro que não podemos continuar a ter uma seleção formada na maior parte por uma “legião estrangeira” mercenária, com vínculos esgarçados com nossa torcida, alguns até completamente desta desconhecidos. A Seleção tem que ter por base jogadores que atuam no Brasil, e usar somente do exterior os realmente craques, como Tiago e Neymar. Atuar no exterior não faz craque nenhum jogador. Não dá, também para continuar com as atividades da seleção regradas pela CBF, que se liga mais à FIFA, que ao país. Alguns não querem, mas Nelson Rodrigues deixou isso claro ao dizer que “a seleção é pátria de chuteiras”. Exagerando, não é nem uma questão de Governo, mas de Estado, com todos os abatimentos pertinentes.

    1. Bom e copiar a Alemanha que nao ganha uma copa desde 1986, e desde 1996 nao ganha um titulo. Neste periodo o Brasil ja ganhou 2 copas, varias Copa America, diversas Copa das Conferacoes, enquanto eles nada. A holanda nem da pra comparar pois nunca ganhou um titulo antes, tomara que seja este ano. Daqui a poucu surge uma geracao melhor e o Brasil volta a ganhar.

  2. Em 1964,Campeonato Paulista ,dia 18/11 em Campinas, Guarani 5 x Santos 1 ,Santos com ,entre outros, Gilmar,Zito,Mengalvio ,Coutinho ,Pelé e Pepe.

    No jôgo seguinte ,21/11 em Santos,com praticamente o mesmo time,Santos 11 (com 8 de Pelé e 1 gol olímpico de Pepe) x Botafogo(de Ribeirão Prêto)0

    Isto é futebol!(acho que aquí mesmo alguem falou em um drama de 90 minutos )

  3. Quando você concentra sua vida em algo simples,humilde,e
    e forte internamente, você passa
    a contar com algo têm,e não
    vem,grande frustração,um time
    antes de tudo,tem que ter entrosamento, conhecimento,
    e mais pé no chão,não pode ficar
    esperando uma copa, e faltando
    pouco tempo,sair catando um aqui,outro alí,nem se conhecem
    e achar que vai acontecer um milagre,e que somos os melhores,de qualquer jeito,e ficamos contando com o que não
    tem,a Alemanha mostrou, isso com humildade.

  4. Se fosse supersticiosa, eu diria que a presença do Aecio no Mineirão deu azar para o time! poderíamos ter perdido por um resultado menor…

    1. Aécio foi oportunista mais uma vez.
      Discretamente já havia ido a um jogo no Maracanã e postado foto na rede, ou seja, estava se preparado para usar as imagens e tirar proveito de um possível vitória do Brasil na final.
      Só que agora, para seu infortúnio, presenciou “in loco” o “MINEIRAÇO”, tornando o “Maracanaço” uma coisa até pequena diante do 7×1 frente a Alemanha.
      Definitivamente, parece que o “cara” ADORA o Rio de janeiro…

  5. Devo ter a mesma idade do Fernando, porque ontem o que mais lembrei foi desse 6×0 do Botafogo em cima do flamengo … Eu estava no Maracanã e minha maior felicidade era saber que meu irmão , flamenguista doente , ia passar um bom tempo sem encher meu saco… De fato , cada vez q ele tentava abrir a boca kkkkkkk…. Pois e , mas faz tempo que o futebol brasileiro estava precisando de um sacode desses… Parece que o vexame de 98 ( né Ronaldo , o Envergonhado Mor .) mexeu algumas engrenagens enferrujadas, quem sabe agora conserta de vez ?
    Sábado tem mais um jogo, parece… Não da para ninguém ir embora pra Europa e largar os problemas aqui… Será que não é a oportunidade de pelo menos sair com alguma dignidade ?… Ainda que percam mais um jogo, pelo menos jogar futebol , Sair de cabeça erguida ?? Acho que e tudo que a torcida pode pedir nessa hora.
    Se e que a torcida coxuda vai aparecer…. Espero que sim, e espero que sejam adultos para não dar mais vexame e vaiando a seleção, pois os cartolas da CBF maior responsável pelo balaio de gatos que se tornou o futebol brasileiro não estão nem aí …

    1. Por ironia dos destino a derrota da seleção brasileira de 2014 teve o condão de redimir a seleção de 1950, que lutou bravamente pelo titulo. Desejávamos que fosse a vitoria a redimir.

      Barbosa enfim poderá descansar em paz. A maior goleada tomada por uma seleção em copa agora é primazia da seleção brasileira de 2014 e em casa numa semifinal. Nunca antes ocorrera isso.

      1. E ainda superou e apagou o vexame da seleção argentina na Copa de 1958:

        Tcheco-eslováquia 6 Argentina 1.

  6. A decadência maior é a ausência total publico que não vai mais aos estádios ver os times brasileiros porque nossos craques estão indo embora, porque D. Globo exige que as partidas comecem as 22:00 para não atrapalhar a novela. Desgraça maior são os técnicos que privilegiam as táticas de retranca, os jogadores de defesa, os volantes, ruins de bola, os penas-de-pau em detrimento dos jogadores talentosos, que são tolhidos e impedidos de jogar o verdadeiro futebol brasileiro, representado por Garrincha com suas fintas, dribles e firulas maravilhosas que encantaram o mundo.

    Sabemos que perder é do jogo, mas levar de goleada(a maior de Copa) é um pouco demais. Mas não há nada que não passe.

    Quanto a prejudicar Dilma. A direita tem mania se subestimar o povo brasileiro. O povo já aprendeu a votar baseado em suas conquistas diárias. E no governo do PT foram muitas ao contrario do de FHC que privilegiou os ricos e poderosos.

    O bolo (Copa) já esta feito e é maravilhoso, sucesso mundial. O titulo era a cereja e para ser posta no bolo necessitava que o técnico e jogadores correspondessem o que não ocorreu.

    E como a Dilma, ao contrário do que foi ventilado pelos coxinhas, não comprou a Copa, a seleção perdeu para um time melhor preparado e cujos jogadores eram tecnicamente superiores. Nada fora do normal no mundo do futebol.

    O anormal foi a goleada em época em que se vaticinava que não havia bobo no futebol. Pelo visto, bobo só a seleção brasileira. Mas mesmo assim como tudo na vida um dia é da caça o outro do caçador.

    1. Essa foi a mais fraca seleção brasileira das últimas decadas. Mas, jogando mal, chegou à semi final pela garra, pelo empenho. Assisti, bestificado, o vexame de ontem, do primeiro ao último minuto. Tinha e ficou a impressão de que os nossos jogadores estavam dopados. Que serviram a eles no almoço? Pudim de gardenal com molho de frontal?

  7. Copa do Mundo e eleições
    1998 – Brasil fora da copa, se reelegeu o FHC
    2002 – Brasil campeão, ganhou Lula, de oposição
    2006 – Brasil fora, ganhou Lula, da situação
    2010 – Brasil fora, ganhou Dilma, da situação
    2014 – Brasil fora, vai ganhar a Dilma, da situação

    1. O povo vota fundamentado em suas conquistas diárias. E somente.
      Foi-se o tempo que se deixava envolver por futebol e outros assuntos.

      Não é por acaso que o PiG, mesmo com todo enorme poder que ainda detém, não consegue eleger mais seu candidato a presidência.

  8. De quem é a culpa?

    Gosto de futebol o ano todo, não somente em copas mundiais. A derrota acachapante da seleção nesse fatídico 8/07/2014 começou em 2010, quando o então treinador Dunga foi demitido pela campanha nem tão subliminar assim das organizações globo.

    Lembro-me que Dunga assumiu o comando da seleção após o fracasso da campanha da copa na Alemanha em 2006. O objetivo era o de formar uma base que sustentaria o futuro do futebol nacional. E para isso ele teria que acabar com a farra global nas entranhas da seleção, como ocorreu em 2006, na Alemanha.

    Em 2010, fechou as portas da concentração. No seu comando, a seleção ganhou todas (ou quase todas), principalmente a copa América e a das Confederações. Perdeu a copa, porém.

    Recorri à memória virtual (Wikipédia) e constatei que ele comandou 60 jogos, ganhou 42, empatou 12 e perdeu 6, com um aproveitamento de 76,7%. Bom, né.

    Aí veio Mano Menezes para mexer naquele caldeirão. E com um mesmo objetivo: procurar novos talentos para a seleção. Incensado como maravilhoso, não conseguiu formar um time. Ué, mas o objetivo não era procurar e, para isso, não era preciso experimentar …

    Não deu certo, porque por essas bandas o que querem são resultados imediatos. Mais uma vez, foi defenestrado pela dita crônica esportiva, capitaneada por quem? Pela mesma organização, com uma diferença. Mano, ao contrário de Dunga, é mais afável e a pressão subliminar foi muito mais subliminar.

    Sem ganhos no placar não haveria ganhos no cofrinho …

    Mesmo assim, novamente recorrendo à memória virtual, seu desempenho à frente da seleção não foi dos piores: 69,7% de aproveitamento em 33 jogos, com 21 vitórias e igual número de empates e derrotas (6 cada).

    O mundo acabou. Chamaram às pressas o homem do penta. O que ele poderia fazer em um ano? Um ano? Mas o objetivo lá em 2006 não seria formar uma base sólida para o futebol brasileiro?

    Felipão chegou com seu tradicional mau-humor, mas aos poucos foi de adaptando ao paz e amor tão almejado pela mídia desportiva e, com a conquista da copa das Confederações, virou o cara da vez. Até antes da copa, com 79,7% de aproveitamento.

    E o que fez a Alemanha nesse mesmo período, depois de um terceiro lugar em 2006? Low, que era assistente, assumiu a seleção e lá está até hoje, com contrato renovado até 2016. Qual foi o seu objetivo? Investir na seleção, apesar das críticas da mídia esportiva local, convocando jovens sem expressão internacional. Formou a base e dela não abriu mão. Foi vice em 2010, revelando um jovem de apenas 20 anos, um tal de Müller, que ontem vimos do que é capaz.

    Não posso atribuir a culpa, portanto, ao que acontece nas quatro linhas. Foi uma vergonha, um vexame, uma humilhação? Seja lá que adjetivo que se queira dar, foi antes de tudo uma derrota para o imediatismo, os interesses escusos de altos ganhos publicitários e a prova de que a seleção é usada como caça-níquel de aproveitadores do espetáculo.

    O mesmo que comanda o espetáculo do Brasileirão, com jogos realizados e transmitidos após a novela. Quando a maioria dos trabalhadores já está no terceiro sono para acordar às quatro da matina!

    Seria ufanismo exacerbado pelos cifrões, o mesmo que derrubou a querida Daiane nas olimpíadas?
    De quem é a culpa?

    1. Não só a Daiane, mas o Carlos Honorado, judô; võlei feminino;Ricardo Winicki, prancha a vela.São só os que eu me lembro que deram entrevista exclusiva à Globo às vésperas de provas decisivas e perderam.

  9. Como eu credito a Felipão o penta, tenho que creditar a Felipão a derrota de ontem, o time não se preparou para jogar sem Neymar e foi mal escalado ontem, ele deveria ter feito o que o técnico da Costa Rica fez contra a Holanda.Ele errou e precisa assumir esse erro, se ele entendeu o que errou vai corrigir o time para a próxima partida.

  10. O vexame foi demais! Ainda bem que eu estava vacinado. Eu jogava futebol de salão e era o beque-parado reserva de Batata (o maior de todos), do saudoso Fluminensinho (sim aquele da turma da prefeitura) em Vitória (ES). Uma vez jogamos com o time do América (MG), em nossa casa (quadra da PM em Maruípe), com o time completo e levamos de 9 x 0.
    Ontem a gente foi humilhado, mas nada se compara ao que os jogadores sofreram. Sei disso, porque sofri na própria carne, digo, naquela quadra em 1967/68.

  11. Nunca na história das copas assistimos uma imprensa esportiva tão unânime. Em momento algum houve questionamentos quanto a convocação e os fracos amistosos realizados pelo escrete durante a preparação como sempre acontecia no passado. Parece que aquela tese de que todo torcedor brasileiro é um técnico, foi atropelada por uma passividade mórbida do mundo esportivo tão crítico com o glorioso Telê Santana e outros que ocuparam o cobiçado cargo técnico. A mídia estava muito mais preocupada em criticar a infraestrutura e o uso político do evento do que propriamente com à qualidade do nosso selecionado, pois para a maioria o que interessava era a vergonha com os aeroportos, metrôs, estádios e transito. O caos era o sonho, mas, maior ainda seria o caos com a derrota na final, principalmente se o adversário fosse o nosso maior rival a Argentina, ai seria à gloria.O desastre aclamado não veio, a vergonha fica por conta do placar tão elástico e merecido. Merecido por falta de críticas e vergonhoso por mostrar a estrutura podre que tem imperado em nossa confederação de futebol, comandada por mafiosos, e pelas federações comandadas por uma maioria corrupta. Hoje muitos estão comemorando, mas o povo sabe que a Dilma não escala time, principalmente quando no comando tem-se um teimoso e ultrapassado Felipão.

  12. Reestrutar o vigor, a dinâmica, o carater no modo e para atingir objetivos, que impeçam o retorno dos flageradores da dignidade nacional, é mais do que urgente. É questão de vida ou de morte para que a Gente Brasileira, digo, as pessoas que trabalham, que trabalharam não sejam de novo atiradas no buraco da inominia. Do comando e arrogância dos as consideram maus serviçais. E que pra rendeer algo aos dominadores só na base do chicote espoliativo, do salário baixo, da falta de crédito, do nome sujo no famigerad serasa. Termino com o lembrar uma frase que li ontem antes do jogo fatidico. É mais um um corte aberto na pele da gentalha, executado por um ex-diretor de filmes. POr um “comentarista de telelvisão, rádio e cronicas”. Arrotou o seguinte. Depois dessa copa é que o caos vai começar… Mera coincidência ou é a existência mesmo de algo no ar, além dos avisões caarreira?

  13. Nossos campeonatos de futebol, arrecada menos que o holandês. Nossos craques todos jogam no exterior, mesmo o Brasil sendo a 5ª economia do mundo e termos proporcionado o maior publico e receita,de todas as Copas, mesmo com 12 sedes. Quem fica com o lucro, senão a dona da exclusividade nas transmissões?

  14. Creio que fazer qualquer prognóstico agora é mera especulação. Seja pela idiotice de culpar a Dilma, seja pelo ufanismo de acreditar que sua imagem sairá inabalada. Infelizmente, como podemos depreender da maioria das leituras dos letrados comentários, futebol é um ópio; e este ópio obnubila o raciocínio de muitos. Difícil acreditar que a classe menos informada, que tem o futebol como uma fuga de sua realidade, não cairá na cantilena reacionária diante de tamanha frustração. O tempo dirá…

  15. Com essa derrota de 7 x 1 eu senti na pele o que os coxinhas passaram e passam com a surra que o Serra e Alquimim levaram do PT nas urnas.

  16. Penso que o futebol brasileiro necessita de renascer. Os clubes estão falidos e estão reféns de uma emissora de TV que, além de desrespeitar e afastar os torcedores dos estádios, trata os clubes de forma distintas, sem isonomia, como meros produtos. Sem clubes fortes, sem campeonatos bem organizados, sem condições para formar e manter jogadores no país, teremos que nos contentar com o papel de coadjuvante, não mais de protagonistas. Necessitamos de uma revisão em tudo isso que está acontecendo, para que voltemos revigorados e vitoriosos.
    Para terminar, após a derrota de 1950, mudaram até o uniforme da seleção, cuja camisa era branca. Espero que as mudanças que são realmente necessárias não sejam deste tipo.

  17. O Santos era o melhor time do mundo( Pelé e cia) e perdeu para o Cruzeiro de Belo Horizonte, até entao um time desconhecido no país, por 6×2 em Belo Horizonte.
    Uma semana depois o Cruzeiro ganhou de 3×2 em Sao Paulo numa noite de muita chuva.

    Quer dizer o futebol tem muitas surpresas, e esse resultado de ontem entre Brasil x Alemanha foi mais um. Por isto o futebol é essa maravilha.

    José Emílio Guedes Lages-Belo Horizonte

  18. Quando se junta o comando da entidade que controla o futebol no Brasil, rede bobo e jogadores que não são a favor do governo, não dá para esperar muita coisa mesmo. Todos são de direita. Não me surpreenderei se, algum dia, soubermos que foi armação a derrota de ontem cujo objetivo era e é derrubar o PT do governo. Faltou um jogador cair em campo quando a Alemanha fez o 2º gol, para esfriar o jogo até vir novas instruções do banco. Quando tomou o 3º deveria ter entrado mais cabeças de área pois dois era pouco. Deveriam ter jogado para não tomar uma goleada. São decisões fáceis de tomar, todos têm experiência e o “capitão” não falou nada em campo. Teve alguma coisa errada ai. Não adianta ter 23 jogadores se você não tem 1 time.

  19. É um desapontamento incontestável ver um jogo como esse..Alguns preferem dizer que foi uma vergonha,um vexame…não nego que seja mesmo ,já que, nossa amarelinha sempre teve “mania”de grandeza,mas insisto que a tristeza de um povo deixa a situação ainda pior.Pesadelo?Sim,de todas as interpretações,mas a melhor delas seria se fosse ,realmente ,ao pé da letra . Bom,entre justificativas e vaias não há como nao se sentir perdido.É claro que envolver Política num momento desse nao e nada saudável até por que o país se encontra num momento de exaltação,entretanto após ler diversos comentários nas redes sociais, nao consigo deixar o assunto correr sem me “meter”.Não que eu seja uma petista fanática e fã de carterinha da Dilma,talvez eu nem seja uma pessoa adequada para falar dos erros de meu país sendo apenas uma garota de 18 anos.Mas eu acredito na juventude e mais ainda na liberdade de expressão.É claro que eu nao fico feliz em ver tanta gente julgando incoerentemente as atitudes do governo atual.Também, não tinha idade para ter consciência do que acontecia na década de noventa,mas ,nao precisei de muito para formar minha opinião atual.O Brasil de FHC era estagnado e aquele clichê de o “pobre cada vez fica mais pobre”era bem real.O arrocho salarial tomava conta.Um país que vende sua maior riqueza pelo mesmo valor de 3 meses que a empresa daria em lucro nao merece o meu respeito.Um povo que desde 1500 foi tido como o ápice da miscigenação nao merecia ter a grande massa passando por tanta dificuldade. O Brasil de Lula e Dilma nao e o ideal e nem o perfeito,mas as mudanças conquistadas sao irrevogáveis.Não consigo ser avaliada como falsa moralista e inexperiente.Eu acredito num Brasil melhor e menos desigual.Talvez a maior razão de querer cursar Direito seja a busca pela justiça.Posso estar usando esse texto como um desabafo e sem qualquer comprometimento com regras ou palavras bonitas,aliás, estou com sangue nos olhos…Leio muitos trechos evidenciando a corrupção do país.Concordo com vários deles que esse e um problema que insiste em nos assombrar,mas nao sejamos alienados.O PT tem o escândalo do “Mensalão” julgado e compartilhado por muitos,alguns com razão.Mas e o propinoduto?Vejo muito pouco sobre o caso siemens e olha que foram cerca de ,nada mais que 425 milhões. A copa é o maior exemplo do já difundido “Complexo de vira-latas”,talvez este,fruto do passado escuro.Desde o ínicio já era tida como fiasco e,foi um verdadeiro sucesso.Não sejamos infantis em dizer que passamos uma vergonha total apenas por ter levado um chocolate da Alemanha(e como é díficil escrever isso).Apesar da tristeza em ter perdido e do desapontamento com o desempenho da comissão e de alguns jogadores,tivemos uma atuação digna.Aeroportos,metrôs,estádios, obras em geral funcionaram invejavelmente(com exceção é claro do viaduto de bh,que apesar de nao ser obra da copa, causou danos irreparáveis. Sem contar que os estrangeiros se sentiram em casa e sim , bato no peito e afirmo que em questão de estrutura e recepção esta foi a#copadascopas.Vencemos o preconceito e demonstramos capacidade para o resto do mundo.Só espero que tenhamos calma e discernimento para as futuras decisões,as quais,nao teram quatro anos para esquecimento,muito pelo contrário.

  20. Outra catástrofe foi a eleição de FHC em 94, e depois sua re-eleição em 98. Mesmo assim o país sobreviveu e está se recuperando. :)

  21. Dedução e indução. Induzir é fazer da exceção a regra; deduzir é acreditarmos que, a partir da regra, determinado fenômeno pode ser verossímil. O problema dos pensamentos de esquerda está no fenômeno da indução. Ao observar o discurso da elite, acredita que as patricinhas e os fernandinhos compõem o todo. NÃO! Eles são a minoria da minoria. Do nosso lado estão os númenos positivos e a maioria beneficiada por esses números…

  22. A presidenta Dilma, o estado brasileiro, fez a sua parte e fez bonito. Os brasileiros estão fazendo uma Copa bonita. E isto é uma grande vitória para os pessismistas que pregaram que não haveria copa. Não há dúvida que essa é a Copa das Copas. Agora, ao sediar uma competição não significa que o time de casa vai sem vencedora. Fosse assim teria primeiramente que combinar com as demais seleções. A nossa seleção, pelo que jogou, foi até longe demais. Dentro do campo cabe aos jogadores e comissão técnica fazerem a parte deles. O resto é idiotice, coisa de gente que pensa que o povo brasileiro agem segundo os idiotas, cagamente.

  23. Fernando, não adianta culpar o Felipão. Em dez minutos entraram quatro gols, isso é inimaginável. Não há tempo para nenhuma reação imediata. O Felipão é simplório, um ex jogador, levado pela sorte a treinador da Seleção de seu País.
    A Alemanha fez todos os que tentou. É preciso ver também os gols perdidos pelo Brasil, pelo nervosismo e pela correria para sair da vergonhosa situação. Assistam o vídeo – tape.
    Talvez o maior erro do Felipão foi a estratégia que adotou na escalação do time, um time ofensivo, sem grandes atacantes e uma zaga improvisada.
    Se Neymar e Thiago Silva pudessem jogar, não haveria necessidade de tantas mudanças e historia seria outra. Poderia ser uma derrota mas não de “siete”
    Afinal, nós poderíamos jogar com gana, como Gana.

  24. Sr.Brito.O fanático por futebol,e que coloca todas as suas fichas no sucesso de seu time,regra geral se depara com sucessos e insucessos pertinentes à vida,e neste particular,não se conforma quando perde.Nem pensa,quando ganha,se o resultado foi justo ou não.Esses fanáticos,não somente no esporte,estão por toda a parte,e me fazem lembrar de uma velha canção do popular nativo e que diz:Meu boi barroso,meu boi pitanga,o teu lugar é na la canga.Isto me alude,a um velho poema gaúcho que sentencia;homem é bicho que se doma,como qualquer outro bicho,tem as vezes seu capricho,mas logo larga de mão,vendo no cocho, a ração,faz que não sente o rabicho!Depois,vem lamber a canga,e torna-se AMIGO DELA.Muitos deles,são como os bois-pitanga!Esquecem até os CORNOS!E nem sabe ou sentem,se os portam!E o caso dos COXINHAS de um modo geral.

  25. Fica uma sugestão para o caso de aparecer alguém berrando contra a nossa Presidente,culpando-a pela derrota de sete a um.

    Perguntar: uai (ou ué) o Felipão convocou a Presidente Dilma para jogar?

    E se tiver uma terceira pessoa perguntar: Fulano, você sabe se o Felipão convocou a Presidente Dilma para jogar pela seleção?

  26. Recém assistindo vários canais de Tv.,Band,Espn e outros,me deparei de novo,com o espírito de submissão que preside as mentes de quase todos os JORNALISTAS que la dizem TRABALHAR!Pois veja,que rodos eles,além de escarnecerem de tudo e todos,vão torcer para a Alemanha.Claro,a Alemanha,pais capital do agiotismo europeu,pra essa turma é o supra sumo do progresso.Ora,esses Vira-Latas,continuam torcendo pelas matrizes de suas aspirações que se reduzem em PUXAR SACOS E BABAR OVO,sem sequer ruborizarem-se.Essa gente é considerada FORMADORES DE OPINIÃO.Torcer para a Argentina,não tem nada que ver com as possíveis gozações que farão conosco,caso vençam,mas é pior,estes mesmos,que durante a última ditadura aqui no Brasil,se mantinham calados,não por mêdo ou covardia,mas por cúmplices,não torcem pela Argentina porquanto lá,os ditadores não conseguiram matar todos os democratas!Torcida que faziam,aqui no Brasil,na época da ditadura,para que os generais fizessem o mesmo,com os democratas pátrios.E essa gente,fala sozinha o tempo todo!

  27. Para mim, desde o início, não existiu uma seleção brasileira de futebol, mas a seleção da Globo, da Band, das TVs por assinatura, dos cronistas esportivos, com o aval da comissão técnica (Felipão, Parreira, Lustosa, etc.) Esse pessoal pensa que sabe mais do que Deus e jamais fazem revisão dos seus conceitos. Na escolha da seleção de 1970, o Técnico João Saldanha convocou 48 jogadores e fez a peneira, escolhendo os 25 melhores. Hoje o Brasil tem centenas de jogadores com o mesmo nível técnico o que deixa claro que jogadores em melhores condições de disputar esta copa ficaram de fora. A CBF é um órgão tão incompetente que nem mesmo um centro de treinamento ela possui e seus dirigentes estão todos mergulhados em corrupção, e falcatruas, tapetões como o que colocou o Fluminense novamente na série A. Isto não pode ser chamado de futebol profissional, de futebol sério. Esta CBF faz tudo em favor dos seus times favoritos sem se importar com os clubes de massa como o Flamengo/RJ, o Vasco da Gama/RJ, os clubes do norte/nordeste do Pais. O que aconteceu com a seleção do clube do Bolinha, é a ponto do iciberg. Estes dirigentes do futebol brasileiro vai transformar o futebol do Brasil, em poucos anos, no pior futebol do mundo.

  28. Só para reforçar:

    Flamengo 6×0 Botafogo – Campeonato Carioca de 1981
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    Gol do Flamengo no Jogo
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    História
    Placar do histórico confronto

    A vingança da goleada de 6×0 imposta pelo Botafogo sobre o Flamengo viria nove anos depois. Com uma ironia a mais: do lado de lá, estava Jairzinho, um dos responsáveis pela humilhação de 1972, no dia do aniversário do Flamengo.
    O Jogo
    Andrade comemora o sexto gol rubro-negro. Foto: Placar
    Foto: http://www.colecaofla.com
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    Nem bem o Flamengo fez 1×0, logo aos 6 minutos, e os rubro-negros explodiram em coro: “Queremos seis, queremos seis, queremos seis!” A resposta veio na mesma hora: “6×0, 6×0, 6×0”, eram os botafoguenses relembrando a goleada de 1972. Naquele instante, os jogadores também sentiram no ar: “Esta não será uma partida comum.” O ponta Tita chegou a se assustar. Ele, aos 13 anos, era o único jogador do Flamengo que estava presente no Maracanã naquele trágico 15 de novembro: “Eu tinha perdido a preliminar do dente-de-leite para o Botafogo por 1×0. Fiquei para assistir os profissionais e, a cada gol que levávamos, pensava: será que um dia eu desconto isso?”

    Só dá Flamengo – dois, três, quatro gols. Adílio, Júnior fazem o que bem entendem. O goleiro Paulo Sérgio grita. Mas todos de camisa preta e branca parecem sonâmbulos.

    Em campo, Adílio sofre pênalti. Zico vai bater – e olha para a imensa mancha preta e vermelha que cobre a arquibancada. Ele escapou por pouco daqueles 6×0 de 1972 – estava concentrado, mas acabou cortado pelo então técnico Zagallo: “Vai pra casa, Zico, que hoje não precisamos de você.” Durante o jogo, o grito de Júnior parece sem sentido: “Corram, corram!”.

    Todos estavam correndo, mas Júnior queria mais. Afinal, ele estava completando exatas 500 partidas com a camisa do Flamengo. Faltam cinco minutos. Muitos riem com os 5×0. Mas o grosso da galera exige mais um gol. A bola rebatida sobra para Andrade, que dispara um foguete. É o sexto.

    Jairzinho, que entrou no Botafogo no segundo tempo esperando virar os 4×0, levanta os braços em desespero: “Não pode ser, é muita crueldade”, lamenta-se o único sobrevivente daqueles 6×0 para o Botafogo, que ele ajudou a construir marcando três – um deles de letra.

    A torcida do Flamengo agora podia respirar aliviada. O troco fora dado.

  29. Esse jogo , foi um aviso do que vai ser a Olimpíada. O país vai receber bem os turistas, más quem vão ganhar as medalhas de ouro, serão os EUA, a Russia e a China.

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