O partido da Neca

neca

A D. Maria Alice Setúbal tem o direito de doar para quem ela quiser o seu dinheiro de herdeira do Itaú.

Desde que respeite, claro, o limite legal de 10% do que teve de rendimentos no ano anterior, o que eleva sua renda anual para pelo menos R$ 20 milhões em 2013, ou R$ 1,67 milhão por mês, sobre os quais, tenho certeza, D. Neca deve ter recolhido os impostos devidos, ao contrário de sua empresa, que deve R$ 18,7 bilhões ao Fisco, sem as multas e correções aplicáveis.

É apenas uma das muitas – embora seja a maior delas – mazelas do financiamento privado de campanhas políticas, esta praga que só uma constituinte específica para a reforma eleitoral poderá banir do país.

A doações de campanha, todas elas, implicam no mínimo em boa-vontade futura dos eleitos com os interesses empresariais específicos. No mínimo, frise-se.

A reportagem do Estadão mostra, porém, que, além se seu apoio pessoal a Marina Silva, Maria Alice Setúbal põe sua fortuna pessoal a serviço da formação de um partido político.

Não é simplesmente uma pessoa: é também uma mala de dinheiro de mais de R$ 2 milhões, supondo sempre que todos os recursos foram declarados.

As doações foram cuidadosamente repartidas entre os políticos com os quais se pretendia (pretendia?) montar a Rede da “nova política”.

A Rede é um amontoado de hipocrisias que não resistiria a qualquer imprensa que fizesse com seriedade o que o Estadão fez hoje: revelá-las.

Querem exemplos?

Lembram do caso do dirigente redista afastado por Marina, chocada com suas fotos com uma barra de ferro nas mãos, depredando o prédio do Itamaraty?

Mentira.

O senhor Pedro Piccolo está lá, todo feliz da vida, na direção nacional da Rede Sustentabilidade, ocupando o posto de Coordenador Nacional, oficialmente.

Isso é só um pedacinho do mar de cinismo que há nesta organização, na qual só os tolos e os muito espertos acreditam.

 

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33 respostas

  1. Só uma correção Fernando, são mais de R$ 18 BILHÕES o auto de infração lavrado pela Receita Federal em desfavor do Banco Itaú.

      1. Realmente Fernando pobre não tem nem noção do que representa esse valor e, principalmente de quantas escolas e hospitais poderiam ser construídos com tudo isso. Estou falando só em escolas e hospitais por ser uma das cobranças da santa Marina.

      2. É mesmo. Eu nunca havia conseguido pensar matematicamente na diferença entre MILHÕES e BILHÕES. Pra mim era tudo um caminhão de dinheiro, mas meu filho, que é professor de matemática, me explicou com paciência… Bilhões é uma coisa monstruosa! É uma coisa inimaginável para caber no cérebro de nós, pobres mortais. Agora eu consigo entender bem essas cifras: Milhão é um trocadinho pra Neca, que ela dá sem pensar para a Marina. Bilhão, é tanta grana que até o banco da Neca se nega a pagar para o governo.

        1. Tenho uma historinha que ajuda a fazer ideia da quantia.
          Houve um sujeito rico, mas muito rico, cuja esposa, todos os dias, pedia MIL reais para fazer compras. Certa vez, cansado daquela situação, ele lhe entregou 1 MILHÃO de reais e a esposa ficou mais de 2,5 anos sem voltar a pedir dinheiro. Quando então voltou, ele lhe deu 1 BILHÃO … e nunca mais viu a mulher (pudera, levaria mais de 2700 anos para gastar!).

  2. Puxa vida…. se as educadoras brasileiras doam 2 milhões para campanhas e políticos, imaginem o quanto devem doar as banqueiras…rsrsrsrs

  3. Brasileiros,

    O meu Data20XIV, aponta o número cabalístico ” 4 “.

    Quatro de “+ 4 anos “.

    A saber, no 1.o turno:

    DILMA…………………..44 %
    Marina………………….24 %
    Aécio……………………..14 %
    Outros……………………04 %
    Brancos/nulos………14 %

  4. Não há nada que exija uma constituinte específica para reforma política. Isso foi apenas (mais) uma maneira que o PT (que *ainda* tem a maioria no congresso, mas que em outubro próximo se tornará um partido nanico) encontrou de enrolar o povo e não fazer reforma nenhuma. Como não fez em 12 anos.
    Quanto a dívida do Itau e de muitas empresas, por que o governo não cobra?
    Te digo: porque a dívida não existe! Simplesmente porque esta conta é sempre muito complicada no brasil, tem precatórios que o governo deve, tem um monte de coisa que entra, e isso cai na justiça, e no fim, é capaz do fisco dever para eles.
    O que o PT fez para simplificar, e por coneguinte, TORNAR CLARO COMO ÁGUA quem deve algo? NADA.
    O PT só é bom em extorquir pelo fisco aposentados que pagam plano de saúde e caem na malha fina todos os anos por isso.
    Malditos. Morram !

    1. Meu xará(infelizmente),

      Primeiro queria te perguntar uma coisa: Por que tanto ódio. A dívida é sua? Quanto ao governo cobrar, ele cobra, só que infelizmente as nossas leis permitem que os sonegadores(globo, natura, itaú, etc) recorram ad infinito, para não pagá-las. Antes de afirmar a inexistência da sonegação, pesquise primeiro, senão pensaremos que você é repórter da veja.

      1. Não dê atenção a esse troll aí não.Não deve ser repórter, mas sim um coxinha desesperado que fica “circulando” pelos blogs progressistas para demonstrar o tamanho da sua idiotice.

  5. Comparando isto com a notícia abaixo, ficamos com caras de otários… Ou não?

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2014-02/pgr-investiga-origem-das-doacoes-genoino-e-delubio

    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse hoje (5) que Ministério Público de São Paulo está investigando as doações feitas para pagar as multas impostas a condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Até agora, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares conseguiram o dinheiro necessário para o pagamento das multas.

    Janot ressaltou que as doações são legais, mas é preciso apurar a origem do dinheiro. “Qualquer um pode fazer a doação. O que a gente quer compreender é a origem do dinheiro. Os cidadãos podem doar, isso não tem nenhum problema, não há nenhum ato ilícito nesse fato, mas o que se quer ver é se trata-se mesmo de doações ou não”, argumentou o procurador-geral.

    Ontem (4), o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes considerou “esquisita” a rapidez com que condenados estão conseguindo arrecadar dinheiro para pagar multas impostas pelo STF. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que não há ilegalidade e criticou as suspeitas de Gilmar Mendes.

  6. SERIA INPORTANTE QUE FOSSE MOSTRADO A TODOS OS BRASILEIROS, NO PRÓPIO PROGRAMA DA DILMA. DOCUMENTO DA RECEITA FEEERAL PROVANDO QUE O ITAU ENCONTRA-SE APLICANDO CALOTE NO BRASIL E CONSEQUENTEMENTE NOS BRASILEIRO, DE 18 TRILÕS DE IMPOSTO E SUA SÓCIA, NECA, GASTANDO DESSE DINHEIRO QUE NÃO É DELA, E SIM DOS BRASILEIRO, COM A CANDIDATURA DE MARINA E SEUS CUMPLICES. LEVEM AO AR. À TELA, AOS BLOCS.

  7. Dinheiro advindo da Rede ITAÚ, pois como educadora, ela jamais conseguiria ter rendimentos anual superior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).

  8. Jesus ! Acenda a luz, ilumine cada vez mais o povo brasileiro, contra Marina que quer pescar o bagre sem rede. Leiam por favor, o site “Rede de Sustentabilidade do Cenpec-comunidade.cenpec.org.br ” . Vocês ficarão sabendo a quem Marina obedece cega-mente. Quem será? Tá na Cara.

  9. Será que o Itaúúúúú…, através de D. Neca, está investindo algumas fichas no segmento “Partido político”? Será que o calor da febre por poder está tão alto assim? Sugiro não perdê-lo de vista, afinal alucinações e devaneios são perigosos sintomas causados por essa febre alta por poder, que pode fazê-lo tornar-se uma ameaça ao país de alto risco.

  10. Numa eleição presidenciável, ondo os poderosos apostam suas fichas, a verdade nunca demora para aparecer. A turma que está com a Marina e os outros que estão chegando, como os tucanos com FHC na frente, o DEM e outros oportunistas deslavados, falam por si. São os endinheirados que querem o governo, não para moralizar ou melhorar a situação econômica e social do Brasil, que eles denunciam só da boca pra fora, querem o estado, mas o estado mínimo, só para ganhar mais dinheiro. No entanto, quem precisa do estado para viver com dignidade, construir a sua cidadania e ser feliz, é o povo trabalhador. Vamos defender os interesses e os direitos da maioria, dos pequenos, dos assalariados, enfim do povo trabalhador reelegendo Dilma, pois essa não engana, ela é coerente e tem uma história de patriotismo.

  11. Declaração lamentável de Marina sobre Ministério do Esporte
    O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, reagiu à declaração da candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, durante a sabatina no GLOBO, nesta quinta-feira, sobre a possibilidade de exinguir a pasta, se for eleita. Em nota, o ministério afirmou que Rebelo ficou “estarrecido e seriamente preocupado” com as declarações da candidata, a menos de dois anos dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro.

    Na sabatina, o colunista do GLOBO Jorge Luiz Rodrigues, titular do “Panorama Esportivo”, perguntou a Marina:

    — O que a senhora faria com o Ministério do Esporte (se for eleita)? A senhora vai acabar com ele?

    A candidata respondeu que a pasta “é importante, mas infelizmente, tem gerado preocupação”.

    E completou:

    — Nós estamos fazendo uma avaliação criteriosa para diminuir o grande número de ministérios que foram criados. Mas não vamos fazer isso de uma forma apressada. Estamos fazendo as coisas sem estar apressados. Não vou tomar atitudes eleitoreiras, prefiro fazer com critério.

    1. Marina quer um cheque em branco do povo brasileiro: não responde nada de forma clara, não se compromete com nada (a não ser a inamovível ideia da autonomia do Banco Central e seu tripé econômico), não diz o que pretende. Para ela, devemos nos contentar em que ficará tudo claríssimo, depois que for eleita. Ah, tá!

      1. Exatamente isso. É uma estratégia antiga dela. Sempre discorreu com facilidade sobre ambientalismo, floresta Amazônica, sustentabilidade, temas unânimes no Brasil- praticamente ninguém é contra. Assim ela conseguiu se tornar a heroína das causas ganhas do meio ambiente. Mas quando o assunto é outro, quando tem de se posicionar sobre algum tema de forma direta, ela tenta sair pela tangente. Exceto sobre alguns assuntos que teve que falar, devido à campanha eleitoral, para tranquilizar os financiadores e apoiadores de sua campanha. Dilma precisa questioná-la nos debates sobre suas propostas neoliberais. Fazê-la falar e sair de cima do muro.

  12. Paulo Copacabana: Receita de Marina desemprega jovens na Europa

    por Paulo Copacabana, especial para o Viomundo

    Já que não debatemos suficientemente as ideias, as “visões de mundo” existentes e um projeto de país digno de nome, “vamos ao que interessa”, dirão os pragmáticos: traduzir as propostas econômicas da candidata Marina Silva para o futuro da juventude brasileira.

    Este é o objetivo central deste artigo, principalmente neste momento em que as eleições presidenciais estão chegando e a candidata Marina Silva apresenta-se como representante da Nova Política, com palavras bonitas, frases de efeito e uma importante história de vida.

    Vamos nos concentrar no tema das propostas econômicas porque estas questões realmente podem afetar as perspectivas de vida dos jovens para os próximos anos, ainda mais quando Marina propõe alterações importantes que não dependem do Congresso Nacional.

    Este tema também costuma ser apresentado de forma muito difícil para a compreensão de quem não é especialista. Com o programa de Marina não é diferente.

    Apesar de conectados o tempo todo, na prática, os jovens são vítimas, como todo mundo, da desinformação e superficialidade com que grande parte da mídia trata a política e a economia, rotulando e criando falsos problemas e soluções para tudo.

    Eram crianças ou nem eram nascidos quando este país não dava nenhuma oportunidade para a imensa maioria dos jovens, inclusive de classe média.

    Por ser um pouco mais velho, acompanhei de perto a hiperinflação dos anos 80, quando minha família precisava fazer uma compra gigantesca por mês nos supermercados, estocando alimentos e outros produtos para tentar se defender da inflação de mais de 20% ao mês.

    Quando iniciei o curso superior, no início dos anos 90, a disputa por qualquer estágio era violenta, já que havia pouquíssimas vagas abertas.

    Naquela época começou o combate à inflação com o Plano Real, que melhorou o poder de compra da população reduzindo a inflação para os níveis que vemos até hoje.

    Na prática, nenhum governo nestes últimos vinte anos descuidou da inflação.

    Por outro lado, os jovens nos anos 90 perceberam que a estabilização da economia não era tudo. Não encontravam emprego facilmente no setor privado, os concursos públicos eram raros e as possibilidades de financiar uma casa própria ou um carro eram nulas. Era comum, naquela época, morar em um “puxadinho” da casa dos pais quando o casamento viesse, ou guardar dinheiro para tentar comprar um carro usado.

    Nestas eleições de 2014, uma grande parcela da juventude está indecisa, muitos tendendo a votar em Marina. Ela parece representar o “novo”, um símbolo maior das manifestações de junho do ano passado.

    O problema é que as propostas sobre a economia brasileira de Marina não têm nada de novo, e vão atingir a vida de todos, especialmente os mais jovens.

    Para quem não tem conhecimentos de economia, antes de analisarmos as propostas de Marina, temos que destacar como o governo pode atuar na economia. Em resumo, qualquer governo possui duas armas para modificar a situação da economia de um país: a política fiscal e a política monetária.

    A política fiscal representa como e quanto o governo vai cobrar de impostos da sociedade e como vai gastar os recursos, através de políticas para a saúde, educação, segurança, cultura, esporte, investimentos em infraestrutura, entre outras coisas.

    A política monetária representa qual a quantidade de moeda que o governo vai deixar circular, qual o volume de crédito que ele vai liberar (através de bancos públicos ou privados) e qual a taxa de juros básica da economia (ou o preço do dinheiro emprestado).

    Marina acredita que, hoje, o maior problema da economia brasileira é a inflação (aumento dos preços dos produtos e serviços).

    Só para lembrar, nossa inflação anual gira em torno de 6% ao ano. Nos anos 80, tínhamos inflação superior aos 20% ao mês. Nos anos 90, durante o governo FHC, mesmo depois do Plano Real, nossa inflação anual girava na casa dos 9% ao ano.

    Todos os governos brasileiros, depois do Plano Real, buscaram manter a inflação em níveis baixos e controlados.

    Para Marina, porém, a principal meta econômica é levar a inflação para os 4,5% ao ano, custe o que custar.

    Isso fica claro em todo o capítulo sobre economia, principalmente na página 46, onde Marina resume as propostas. Vamos tentar reproduzir e explicar o que significam as propostas para o futuro da juventude:

    1) Marina defende que o governo vai “trabalhar com metas de inflação críveis e respeitadas, sem recorrer a controle de preços que possam gerar resultados artificiais, e criar um cronograma de convergência da inflação para o centro da meta atual”.

    Traduzindo, a principal meta de Marina, como já dissemos, é baixar a inflação para, pelo menos, 4,5% ao ano, sem, no entanto, adotar qualquer tipo de controle de preços.

    Na prática, os combustíveis e a energia podem ficar mais caros logo no início do governo Marina, que deve autorizar reajustes cada vez maiores em 2015 e nos anos seguintes. O preço do combustível para encher o tanque, portanto, vai subir, assim como o preço de tudo que consumimos. Para evitar que a inflação aumente de maneira brutal, ao invés de diminuir, Marina propõe o segundo ponto:

    2) “Gerar o superávit fiscal necessário para assegurar o controle da inflação (…)”.

    Superávit fiscal é o resultado da chamada política fiscal, ou a diferença entre as receitas (impostos arrecadados) e as despesas (manutenção dos programas sociais e investimentos públicos).

    Para Marina, a política fiscal serve, unicamente, para segurar a inflação. Nesta visão, o gasto do governo é o grande culpado pela inflação. Para fazer isso, como não é possível cortar impostos no início, Marina já promete cortar gastos.

    Analisando os gastos do governo, como não é possível despedir a maior parte do funcionalismo, desmontar os programas sociais existentes ou reduzir o gasto com a aposentadoria paga pelo governo de uma hora para outra, muito provavelmente, os investimentos serão os primeiros a serem cortados.

    Na prática, se os jovens demandam por mais educação, saúde, transporte público, segurança, cultura e outras coisas importantes, nada disso poderá ser atendido por Marina nos primeiros anos. Em outras palavras, suas propostas nas outras 240 páginas do programa de governo não poderão ser atendidas durante seu mandato.

    Mas o drama para a juventude é maior nas propostas seguintes. Marina pretende:

    3) “(…) sinalizar para o mercado que políticas fiscais e monetárias serão os instrumentos de controle de inflação de curto prazo”.

    4) “Assegurar a independência do Banco Central o mais rapidamente possível, de forma institucional, para que ele possa praticar a política monetária necessária ao controle da inflação”.

    Traduzindo, tanto a política fiscal (através da definição dos impostos e do gasto público) como a política monetária (definição da moeda em circulação, da taxa de juros – preço do dinheiro – e da quantidade de crédito na economia), deverão ter como única prioridade o controle da inflação. Na visão do programa de Marina, outra culpa da inflação é que existe muita demanda para pouca oferta.

    Para controlar a inflação através da política monetária, a medida mais rápida é aumentar ainda mais a taxa de juros (custo do dinheiro emprestado), reduzindo os investimentos, o crédito, o emprego e a renda (salário) das pessoas.Quando aumentamos fortemente os juros, é isso o que acontece.

    Para os jovens que estão com emprego e salário, a situação pode ficar mais difícil. O desemprego para a juventude, que atinge menos de 20% dos jovens do país, deve atingir mais de 50% nos próximos anos, como já ocorre recentemente na Europa, que adota as medidas propostas por Marina.

    Os jovens que possuem gastos no cartão de crédito também devem estar preparados para reduzir seu consumo. As contas do cartão vão ficar ainda mais caras. Como conseguir ou trocar de emprego vai ficar mais difícil, a inadimplência deve inclusive aumentar.

    Com menos emprego, salário, crédito e juros mais altos, a “economia” passa a girar mais devagar. Com menos demanda, a inflação pode até baixar, deixando, porém, um rastro de problemas sociais e econômicos. Os mais atingidos, sem dúvida, serão os jovens.

    Finalmente, Marina propõe, na página 59, que:

    5) “Os subsídios ao crédito agropecuário e aos programas de habitação popular deverão continuar, mas com maior participação dos bancos privados”.

    Na prática, esta parte do programa só pode ter sido redigida pelo Banco Itaú. O crédito para a moradia e a agricultura, no Brasil, sempre foi atendido pelos bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal). Os bancos privados, como normalmente ocorre, querem aplicações mais rentáveis. Sem dúvida, aplicar em títulos públicos do governo sempre foi mais rentável do que em construção de moradias ou plantio de alimentos. Como Marina deve aumentar os juros, aplicar nos títulos do governo continuará sendo muito mais rentável. Se Marina pretende reduzir o espaço dos bancos públicos, dá para perceber que o crédito para habitação e agricultura ficará menor.

    Traduzindo, os jovens que quiserem financiar sua casa própria nos próximos anos (inclusive no Minha Casa Minha Vida) devem se preparar: o cenário ficará muito mais difícil.

    Repetir nunca é demais, a receita econômica proposta por Marina é idêntica ao que vem ocorrendo em toda a Europa nos últimos anos, com efeitos trágicos sobre o futuro da juventude naqueles países. Portanto, reflita bem antes de exercer o direito de cidadão, votar.

    1. Um excelente tema para a campanha eleitoral. A política econômica equivocada e desastrosa que Marina pretende para o Brasil, que pode ser sintetizada pela intenção de tornar o BC independente do governo e submisso ao mercado financeiro, precisa ser exposta de forma devidamente traduzida aos eleitores, ao povo, ao trabalhador, aposentado, ao jovem, a todos os que serão prejudicados pelas medidas sonháticas.

  13. LEI Nº 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997.

    Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

    § 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas:

    I – no caso de pessoa física, a dez por cento dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição;

  14. O valor milionário da doação, multiplicado por 9.000, é igual ao da dívida que o banco tem com o governo (Receita Federal), a ser cobrada.

  15. “Lembram do caso do dirigente redista afastado por Marina, chocada com suas fotos com uma barra de ferro nas mãos, depredando o prédio do Itamaraty?
    Mentira.
    O senhor Pedro Piccolo está lá, todo feliz da vida, na direção nacional da Rede Sustentabilidade, ocupando o posto de Coordenador Nacional, oficialmente”.

    -Será que a equipe de campanha de Dilma sabe disso? Isso deveria ir para o horário eleitoral, pois é algo grave, que evidencia, ao mesmo tempo, impunidade, cumplicidade e hipocrisia.

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