Moralidade sem espelho?

 

vejavenda

Fernando Rodrigues, defenestrado na Folha e mantido no UOL , dedica-se a um exame minucioso dos 17 milhões de reais gastos pelas empresas do governo federal, ao longo de três anos, em “publicidade para mídia alternativa”.

Como o total gasto em publicidade desde 2000, foi de R$ 15,7 bilhões, podemos dizer que o ilustre blogueiro empregou seu brilhante trabalho a escarafunchar 0,1% do gasto.

E vai atrás de explicações de cada empresa pública sobre quais seus critérios  para colocar um anúncio do “vem pra Caixa”.

É como dedicar-se ao estudo de uma unha encravada em um dos pés de um centopéia.

Ou menos, talvez a cutícula.

Fora os contratos de “venda” de assinaturas como este, da Editora Abril/Veja da ilustração: R$ 669 mil num semestre, ou R$ 1,34 mihão por ano para… Mantenhamos o nível.

Mas admita-se como relevante a preocupação do articulista e enfrentemos a questão.

Rodrigues usa o método de conferir as audiências pelo Ibope. Poderia ter usado outros, como o  alexa.com, que ranqueia os sites de todo o mundo.

E ali veria coisas interessantes, que talvez o fizessem rever seus conceitos de “favoritismo” dos blogs por ele ditos  “de audiência limitada” como são aqueles que o ministro Gilmar Mendes chama de “blogs sujos”.

Veria, por exemplo, que o  Valor (que pertence ao seu patrão – o grupo Folha, em sociedade com a Globo) teve em vários momentos de 2013, audiência inferior a alguns daqueles sites.

Mas ganhou, este ano, perto de R$ 10 milhões de reais, só em 2013, somando-se internet e jornal impresso que, dizem os sonhadores, tiraria 40 mil exemplares diários.

É dinheiro dez, vinte vezes maior  do que o pago àqueles sobre os quais ele levanta suspeitas.

Tenho total liberdade para dizer isso, porque não recebi um tostão, embora tenha chegado – em outros contadores, não o do Ibope – a quase 300 mil pageviews diárias , segundo o Google, que não é exatamente um “petista bolivariano”.

E que, como paga o que mede, mede com grande severidade, se é que se pode chamar de severidade, porque outros contadores indicam o dobro do que ele registra.

Certamente não falta a Rodrigues o conhecimento de que o CPM – custo por mil – de propaganda não é um valor absoluto.

Que um anúncio institucional de empresa – e empresa estatal – tem mais efeito num site de política e economia que no da Capricho.

Isso é mídia técnica, sim, porque considera o perfil do leitor.

Convido Rodrigues a conhecer a contabilidade do Tijolaço, onde não vai encontrar um tostão que não seja de anúncios do Google e de contribuições modestíssimas dos leitores, por um trabalho que é feito sem estrutura, sem folgas, sem equipe de apoio.

Absolutamente zero de dinheiro estatal.

Infelizmente, porque é de se perguntar porque este blog pode receber anúncios até do Instituto Millenium e da Veja, via Google (tive de bloquear, até, pelos protestos dos leitores) não poderia receber do Banco do Brasil ou da Caixa?

Convido Rodrigues a verificar o mal que se faz aos seus colegas de profissão que lutam para manter um espaço de livre expressão, com este tipo de acusação torpe, que afasta anunciantes privados, que não querem ser vítimas da “maldição” de blogs que, embora “não tenham audiência”, em sua visão, ganham o direito de receberem a difamação diária até em sessões da mais alta corte brasileira.

Mas também o desafio a fazer o mesmo que exige de todos e mostrar a audiência do seu blog, muito bom, aliás.

E quanto custa para que ele exerça com a qualidade e a independência que, tenho certeza, exerceu seu ofício num blog.

Se isso não for feito, não estaremos fazendo jornalismo e  muito menos permitindo ao leitor uma avaliação do quanto custa fazer comunicação.

Estaremos agindo como capatazes dos grandes veículos de comunicação  que, francamente, não se importam com os blogueiros por 0,1% de suas receitas.

Mas pelo contraponto que lhes fazemos.

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29 respostas

    1. Tenho dó dos alunos do estado de são paulo que são obrigar lerem este panfleto do tucano chamado Revista Veja.

      Cade os deputados estaduais do PT de São Paulo que não denuncia isto ao MP?

      Alckmin tem que pagar do seu bolso.

  1. Eu tenho até vontade de respeitar o Fernando Rodrigues.
    Porém, com o elegante e respeitoso desnudamento da tua pena, Britto, à ele fica impossível vê-lo senão como um sicário, que quanto mais se aprofunda em seu trabalho, menos respeito merece. Infelizmente.

  2. Esse tal fernando rodrigues (sic) não passa de um boneco de ventriloco do pig.
    Jamais passara da cozinha da casa grande.

  3. A leitura diária deste blog permite entender porque o saudoso Leonel Brizola tinha tanto apreço pelo Fernando Brito. É, sem dúvida, um dos melhores textos do jornalismo brasileiro e, fundamental, mantém a espinha dorsal ereta.
    Parabéns!

  4. Importante e inteligente matéria.Trata-se de abordar um tema,referente à cúmplices e não,NESCIOS.Ainda hoje,ao Conversa Afiada,postei um comentário ao respeito da demissão de um JORNALISTA DE UM JORNAL MINEIRO,que certamente não será,como habitualmente publicizada,referindo um tema que me aflige desde sempre.Acho que enquanto perdurarar o PRIVILÉGIO JORNALISTICO,em poder legalmente esconder suas FONTES DE INFORMAÇÃO,as outras categorias sociais sempre cotejarão em desvantágens ao respeito do que se publica.Enquanto não houver IGUALDADE NO USO DE MESMS ARMAS,certmente quem as tiver,sempre levara vantágens em relação às outras.Postei lá no CAF,que durante a última DITADURA,os Jornalistas com Vergonha na Cara,sairam donde tralhavam e foram fazer qulquer coisa para sobreviver que muitos deles,acabaram presos e alguns assassinados em defesa de seus princípios e os que ficaram,foram CÚMPLICES,a maioria por terem as mesmas opiniões dos DITADORES,mas nenhum por NÉSCIO.Hoje muitos posam como DEMOCRATAS.Esta configurada ai,a diferença entre os ” JORNALISTAS ” limpos,e os ” BLOGS SUJOS “Uns tem princípios e capacidade de ruborizar-se,outros…

  5. Olá, fervoroso jornalista!
    É o seguinte: se anúncios do Instituto Millenium e da Veja derem algum dinheiro ao blog, não vejo por que não deixar. Nós, leitores, não temos que ficar esbravejando. Afinal, pra nós, estes anúncios e nada são a mesma coisa. Mas se o ajudam, de alguma forma, deixe-os, ora bolas! Como você mesmo disse, nossa contribuição é pequena, bem limitada. Não acho certo as pessoas que seguem seu blog ficarem reclamando de algo que sabem, sem sombra de dúvidas, que não faz seu gênero nem o nosso. Simples assim, moçada!
    Um abraço!
    E ao ouuutro “jornalista”, agora no UOL: bah pra você!

  6. Fernando, por que você não abre um direito de resposta ao Xará Rodrigues? Tenho certeza de que ele se justificará de forma moderada – não é dos mais raivosos do lado de lá da força.

  7. Caro Fernando Brito, esse fernando rodrigues é movido a dinheiro, se existe um picareta tirando onda de Jornalista é esta imundice, só lamento ter esperdiçado meu almoço.

  8. Prezado Brito, definitivamente você é uma pessoa muito educada e generosa!!!

    Cá entre nós, não é possível esperar atitudes respeitosas de capachos, que escrevem o que os donos deles manda!!!

    O CAPACHO é a VOZ do DONO!!!

  9. Imagine que bela contribuição traz a leitura de Veja em escolas de SP. O que os alunos/professores vão aprender?

    1. Voltei aqui, pois pensei que deveria falar algo a este respeito.
      Totalmente de acordo com você! Fala sério!!

  10. Sem dúvida, este cidadão de SP que paga ICMS, ITCM, IPVA e tantos outros tributos sustenta de forma impertinente a Abril e sua manipuladora tendenciosa revista InVeja, essa chegou a chamar Demostenes Torres de mosqueteiro da ética, esta é amigos a bela contribuição que traz a leitura de Veja em escolas de SP, notaram o absurdo?
    Mal grado tal fato estamos sem água em SP e caso consuma 1m³ a mais vou ser punido, Metrô e CPTM em SP é o caos, Pedágios nas estradas caríssimos, senhores vivo em um estado que o povo sofre e “ gosta” é um estado psicológico particular em que um povo é submetida a um tempo prolongado de intimidação, “pelo pig” e passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor vulgo “pig”.
    É um absurdo pagar impostos escorchantes para sustentar a revista Veja!

  11. olá Fernando Brito, a impressão que dá é que esse Fernando Rodrigues foi transferido da folha para se dedicar mais à internet, ou seja, o papel dele agora é criar um novo padrão chique nos ataques ao PT. é a nova era da folha rsss

  12. Alguém pode explicar POR QUE escolas estaduais (portanto, Ensino Médio) precisam ler a perceVEJA????
    Será que é algum tipo de LAVAGEM CEREBRAL intentada pelos donos do Poder tucanalha sobre nossos adolescentes, visando tragá-los para o lado negro da Força????
    Não vão me dizer que Alckmin está preocupado em que alunos do Ensino Médio sejam cultos e atualizados…
    Atenção: o Ministério da Saúde adverte: expor-se, mentalmente, à revista perceVEJA pode causar diversos traumas mentais, destacando-se imbecilidade crônica, miopia intelectual, submissão a estamentos vários, incapacidade de ver a Realidade, etc, etc…

    1. Um dos motivos é que muitos professores masoquistas, funcionários públicos, sendo muitos deles tucanos usam esse lixo em sala de aula como material de reflexão da realidade (ou seja propaganda tucana)

  13. O Colonista da famiglia Frias só não quer enxergar o quanto a famiglia Frias e outras famiglias mafiosas do PIG recebem do Governo Federal sem condições de promover a imagem do Governo. O pior é que o Governo Federal pretende continuar a manter a Bolsa PIG.

  14. Vejam que tanto dinheiro jogado fora. A Veja é uma porcaria, não serve para nada. Este dinheiro seria melhor aplicado melhorando por exemplo as bibliotecas escolares com livros e não com esta porcaria. Isso é pior que corrupção, ou é uma forma de corrupção permitida, assim como temos as drogas licitas, temos as porcarias lícitas. UMA VERGONHA!

  15. Fernando Rodrigues, de um jornalista sério a um mau caráter a serviço dos golpistas da grande mídia..!!!

  16. pra que tanta satisfação a esses pulhas golpistas!!!! eles que se f…ninguém liga mais para eles mesmo!!!

  17. Censura em MG:Após criticar oposição,jornalista é impedido de escrever sobre política
    O editor de Cultura do jornal Estado de Minas, João Paulo Cunha, pediu demissão na última terça-feira 16 após ser avisado pela direção do jornal de que não poderia escrever mais sobre política na coluna que assinava semanalmente no caderno Pensar. Coincidentemente, a ordem da direção do veículo surgiu após Cunha escrever um artigo em que critica os partidos que aderiram à agenda política que “tenta inviabilizar a sequência do processo democrático”, em vez de fazer uma “oposição responsável”.

    Filósofo, psicólogo, pedagogo e jornalista, João Paulo Cunha tem 25 anos de jornalismo, sendo que há 18 anos estava no tradicional jornal mineiro. A demissão dele aconteceu após uma conversa com diretoria do jornal. Por considerar a atitude uma manifestação de censura sobre o seu trabalho, o jornalista não aceitou continuar no cargo e pediu demissão. Na opinião de Cunha, a censura ocorreu por ele discordar da linha editorial do jornal, com “nítido direcionamento que favorece Aécio Neves”, senador mineiro do PSDB que perdeu a eleição presidencial.

    “Acho inadmissível que um jornal censure seus profissionais. Ao censurar a imprensa ou o jornalista, você está tirando dele o mais importante, que é a liberdade de expressão e a possibilidade de trazer várias visões de mundo”, afirmou o jornalista ao jornal Brasil de Fato. Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais lamentou a saída do profissional e afirmou que João Paulo Cunha é “mais uma vítima da censura que impera nos grandes meios de comunicação e grassa em Minas Gerais”.

    (via CartaCapital)

    Leia a íntegra da última coluna de João Paulo Cunha:

    “Síndrome de Capitu

    O Brasil já tem presidente para os próximos quatro anos, o que está faltando é oposição responsável

    João Paulo

    Existem duas verdades aparentemente óbvias que, no entanto, não têm ficado suficientemente claras para muita gente: o país mudou e a eleição já acabou. A insistência em dar continuidade ao processo que elegeu Dilma Rousseff poderia ser apenas um luto mal vivido, mas tende a se tornar perversa no campo político. Por outro lado, a recusa em enxergar a nova configuração da sociedade, resultado de seguidas políticas de distribuição de renda e inclusão social, pode gerar um impulso no mínimo grotesco em suas alusões reativas e chamamentos à ditadura.

    É preciso ir adiante. A oposição, certamente, saiu fortalecida do resultado eleitoral bastante parelho. Mas corre o risco de jogar fora esse crescimento quantitativo em nome de um comportamento pouco produtivo em termos políticos. Em vez de jogar com seu eleitor fiel, interpreta os votos de acordo com suas conveniências e joga para a plateia pelos meios de comunicação, sem perceber que essa falácia já mostrou ser um paradoxo invencível: tem mais brilho que consistência, mais efeito que substância, mais eco que voz.

    A oposição de hoje parece viver, no campo da política, o que Bento Santiago, o Bentinho de Dom Casmurro, de Machado de Assis, viveu em seus tormentos de alma: se perde na fantasia da traição (mesmo que ela tenha sido real). Para lembrar sumariamente o enredo do romance, Bentinho se apaixona por Capitu, desde logo apresentada como portadora de “olhos de ressaca”. São jovens de classes sociais distintas. Um arranjo permite o casamento. Logo Bentinho, já pai e bem posto na vida como advogado, desconfia que está sendo traído pela mulher com o melhor amigo, em quem vê semelhança com o filho. O casal se separa, o filho morre e Bento, sozinho, leva adiante sua sina de ser casmurro e sofrer com a desconfiança até o fim da vida.

    Machado de Assis, como sempre, ao falar de seus personagens, está figurando a sociedade de seu tempo. Bentinho não sofre só pela traição, mas porque não entende que o mundo mudou. Não pode aceitar que a sociedade republicana deixou para trás as amarras elitistas do Segundo Reinado e da escravidão. Bento não reconhece a mulher, a sociedade, a história. Não pode aceitar que ela tenha uma vida independente e autônoma. Tudo que ele não compreende o ameaça. Capitu não é apenas a mulher, mas tudo que perdeu em seu mundo de referências que se esvaem. Mais que sexual, a traição é histórica. Homem de outro tempo, só resta a ele tentar convencer ao leitor e a si próprio de seu destino de vítima. E soprar um melancólico saudosismo acerca dos tempos idos, que busca reconstruir em sua casa feita à semelhança do lar da meninice.

    O Brasil tem uma recorrente síndrome de Capitu: tudo que a elite não tolera se torna, por meio de um discurso marcado pela força jurídica e da tradição, algo que deve ser rejeitado. Eternos maridos traídos. A tendência de empurrar a política para os tribunais é uma consequência desse descaminho. Assim, tudo que de alguma forma aponta para a mudança e ampliação de direitos é considerado ilegítimo e, em alguns momentos, quase uma afronta que precisa ser questionada e combatida. Foi assim com a visibilidade dada aos novos consumidores populares (que foram criminalizados em rolezinhos ou objeto de ironia em aeroportos), com as cotas raciais para a universidade, com a chegada de médicos estrangeiros para ocupar postos que os brasileiros, psicanaliticamente, denegaram.

    O romance de Machado de Assis tem ainda outro personagem curioso para a sociologia e psicologia do brasileiro, o agregado José Dias. Trata-se de um homem que vive às expensas da família de Bento e que, por isso, não cessa de elogiar quem o acolhe. Típico representante de certa classe média, ele é o bastião dos valores da burguesia da época, da qual só participa de esguelha. Mais burguês que os burgueses, em sua subserviência, ele gasta os superlativos e a vida a invejar e defender os “de cima”, com pânico de ser confundido com os “de baixo”. Epígonos de José Dias, hoje, são os que amam Miami, levam os filhos para ver o Pateta e participam de passeatas pedindo a volta dos militares.

    Leviandade

    Mas o que a síndrome de Capitu tem a ver com a política brasileira de hoje? Em primeiro lugar, ela explica por que, em vez de armar uma oposição de verdade, os partidos derrotados tentam inviabilizar a sequência do processo democrático. Em segundo lugar, pela defesa da dupla moral, que desculpa os erros do passado por causa da dimensão dos desvios de hoje, numa reedição do estilo udenista e despolitizador de analisar a conjuntura. Tudo que pode de alguma forma macular a oposição é considerado “sórdido” e “leviano”, numa substituição da política pela moral de circunstância. A corrupção, com sua espantosa abrangência, precisa ser combatida em toda sua dimensão e arco histórico. Nenhum culpado pode ficar de fora, de empresários a políticos de todos os partidos.

    Por fim, a personagem machadiana ajuda a explicar a fixação em torno de determinados temas – no romance, é a traição, na vida política atual, é a inflação –, que são muito mais derivações que propriamente o que de fato interessa. A escolha dos ministros da área econômica mostrou como mesmo um governo popular e eleito democraticamente confirma as intuições de Machado de Assis. A excessiva submissão aos interesses rentistas pode ser um recuo estratégico. Mas é um recuo. Uma capitulação.

    Economia não é uma ciência exata e, muito menos, isenta de componente ideológico. Um governo de esquerda precisa de uma política econômica de esquerda. Além do equilíbrio macroeconômico, o mais importante é apontar as estratégias de distribuição de renda e de investimento na área social. O deus Mercado não pode falar mais alto que os filhos de Deus. No complexo tecido que sustenta a governança, a presença das forças populares não pode ser colocada em segundo plano, como vem sendo até agora. A excessiva sujeição ao cálculo do apoio político está na base da grande corrupção que hoje enoja a todos. Por isso a reforma política popular se tornou a agenda prioritária da sociedade.

    A oposição, por sua vez – e o senador Aécio Neves, candidato derrotado como seu nome de maior destaque –, tem uma tarefa a cumprir: dar um passo à frente no jogo político, com a grandeza que o momento requer. O que ainda está devendo.

    Bentinho perdeu sua vida ao ficar preso a um passado de desconfianças que, de resto, até hoje divide as opiniões. Há grandes projetos que impulsionam uma vida e moldam expectativas de futuro, algo que ganhou o belo nome de utopia. Há, entretanto, obsessões que paralisam pelo rancor e ressentimento. Bentinho, é bom lembrar, nunca mais foi feliz. Foi ele mesmo o criador e a vítima da síndrome que o consumiu.”

    *Com informações do jornal Brasil De Fato

  18. Caro Fernando,

    Sobre o Google:

    > E que, como paga o que mede, mede com grande severidade,
    > se é que se pode chamar de severidade, porque outros
    > contadores indicam o dobro do que ele registra.

    Você já ouviu falar em “viewability”?

    Este é um conceito relativamente novo e importante para muitos anunciantes: consiste em saber se o anúncio foi realmente visto pelo leitor.

    Ou seja: não basta contar o número de impressões; é preciso saber se o usuário rolou a página até chegar ao anúncio. Isso faz com que o anúncio do rodapé, por exemplo, seja quase inútil.

    Sendo assim, se você quiser aumentar a sua receita publicitária, eu recomendo o seguinte:

    1) Mova os anúncios quadrados para o topo da barra lateral direita, de forma que eles estejam visíveis quando a pessoa carregar a página.

    2) Considere colocar um anúncio vertical — um banner, ou AdSense — logo abaixo do artigo, antes da área de comentários.

    3) Se você puder, reduza a altura da barra superior do seu site, onde aparece o título do blog. A razão para isso é que ela obriga o leitor a rolar a página assim que o post é carregado, e, com isso, o banner superior não é visto.

    Com estas mudanças simples a sua receita pode aumentar em 20%.

    E, para finalizar: se você puder investir em um redesign, tente fazer um site “responsivo”, que funcione igualmente bem em desktops, tablets e smartphones. (Procure por: responsive web design)

    Você já deve ter reparado que uma parcela cada vez mais significativa de seus page views vêm do celular; com um site responsivo eles poderiam ver os anúncios, e, assim, financiar o seu site.

  19. O que esse tal FR escreve ou diz, não pode ser levado em consideração, afinal ele é só o CHORUME do lixo jornalístico nacional. Onde ele está ninguém aguenta o mau cheiro.

  20. Fernando,

    Tem de fazer uma mobiliação para acabar com essa chantagem cínica das grandes mídias, tem de colocar na mesa: NÓS ABDICAMOS DE TODO DINHEIRO PÚBLICO E VOCÊS? Todos nós sabemos que a Veja é sustentada pelos governos tucanos, por isso deveríamos SAIR DA DEFENSIVA e se mobilizar por essas pautas, fazendo eles pagarem caro pela hipocrisia desses ataques:

    1. Para PRESERVAR A INDEPENDÊNCIA JORNALÍSTICA E ELIMINAR O TRÁFICO DE INFLUÊNCIA, os governos (federal, estadual e municipal), da administração direta e indireta, das estatais, semi-estatais, para-estatais, empresas mistas, empresas licitadas, permissionárias e concessionárias não podem realizar qualquer gasto publicitário em meios jornalísticos ou em grupos empresariais detentores ou com participação acionário em meios jornalísticos;

    2. PARA FINS DE AJUSTE FISCAL todo gasto de publicidade/comunicação dos governos (federal, estadual e municipal) deve ser veiculado em mídias públicas, sites próprios ou coletivas de imprensa, sendo de veiculação obrigatória sem custos para o erário: o horário eleitoral gratuito (que hoje não é gratuito, é pago), campanha de utilidade pública (como campanha de vacinação) e comunicações aprovadas pelo congresso (casos, emergenciais).

    3. PARA EFEITO IMEDIATO DE AJUSTE FISCAL o governo federal cancelará todos os contratos que não estiverem nos termos do primeiro item (fim do gasto público em empresas privadas de caráter jornalístico).

    Abrs

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