Frente de esquerda se organiza! E vai pra cima!

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Reproduzimos abaixo, importante artigo de Saul Leblon, sobre um movimento que várias organizações, incluindo a blogosfera, estão construindo, para tentar construir o nosso “paredão” e a nossa catapulta para derrubar o paredão da mídia.

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2015, O ANO QUE PODE SURPREENDER

Uma frente de esquerda, formada pelos principais movimentos sociais, liderada, entre outros, pelo dirigente do MTST, Guilherme Boulos, está em construção.

Por Saul Leblon, na Carta Maior.

A palavra incerteza comanda a passagem de 2014 para o Brasil de 2015, mas o chão mole do calendário político registra agora uma auspiciosa pavimentação de terra firme que pode surpreender.

Uma frente de esquerda formada pelos principais movimentos sociais brasileiros, tendo à frente, entre outros, o dirigente do MTST, Guilherme Boulos, está em formação no país.

Não é ainda a alavanca capaz de reverter a ofensiva conservadora em marcha batida na sociedade. Mas tem potência para isso.

Tem, sobretudo, capacidade para sacudir uma correlação de forças na qual as elites mastigam a margem de manobra do segundo governo Dilma entre os dentes da fatalidade econômica e do engessamento político.

A iniciativa dos movimento sociais, apoiada por partidos de esquerda, conta com um incentivo sintomático da gravidade dos dias que correm: o do ex-presidente Lula e, portanto, de uma parte significativa do PT.

Tem, ademais, um precedente revelador.

Ela vem se somar a uma mobilização equivalente, iniciada há cerca de um mês, para reaproximar intelectuais de esquerda e construir um contraponto de ideias progressistas ao agendamento conservador da sociedade, martelado diuturnamente pelo jogral midiático.

Trata-se de uma usina de respostas à espiral regressiva; uma caixa de ressonância de intelectuais cidadãos.

Esse polo de debate e combate foi oficializado no dia 15 de dezembro, em evento em São Paulo, com o nome de Fórum 21.

A primeira assembleia, no Sindicato dos Engenheiros, elegeu como uma de suas vértebras a luta pela democratização dos meios de comunicação.

Presente no lançamento, o secretário de Cultura da Prefeitura de São Paulo, Juca Ferreira, afirmou que os meios de comunicação são o principal obstáculo ao debate crítico dos reais desafios brasileiros.

‘Precisamos iniciar uma reconstrução programática que supere nosso próprio desgaste, mas essa tarefa requer um ambiente midiático oposto ao atual, concentrado e carente de regras democráticas’, disse Ferreira. (leia ‘Para Juca Ferreira, falta de democracia da mídia substituiu censura do regime militar’, nesta pág).

A importância descomunal da imprensa na luta política não é assunto estranho à reflexão intelectual desde que Gramsci (1891-1936) o incorporou a sua obra.

Na Itália, a fragilidade das estruturas partidárias, ao lado das dificuldades impostas por uma unificação feita de instituições ralas e abismos sociais e regionais profundos, fez com que os jornais assumissem funções de verdadeiros partidos, ensinou o pensador comunista.

As semelhanças meridionais com o subdesenvolvimento tropical não são negligenciáveis.

Nos anos 90, Celso Furtado costumava explicar pacientemente aos jovens jornalistas – os poucos que ainda procuravam o grande economista brasileiro taxado de jurássico pela emergente agenda tucana— que o ‘populismo’, ao contrário da demonização que lhe atribuíam as elites, refletia o vácuo histórico de uma sociedade pouco sedimentada institucionalmente, capturada pelas mandíbulas de um capitalismo de fronteiras indivisas.

O Estado e os líderes carismáticos compensavam o oco político falando direto às massas. E intervindo na economia para organizar a luta contra o subdesenvolvimento.

A colisão entre esse improviso de poder popular e o diretório midiático gerou entre nós alguns capítulos pedagógicos.

O suicídio de Vargas foi um deles.

O criador da igualmente por isso maldita Petrobras apertou o gatilho para não ceder à pressão insuportável do denuncismo lacerdista, que exigia sua renúncia em emissões sistemáticas através da rádio Globo, dirigida então pelo jovem udenista Roberto Marinho.

O Brasil era descrito como um mar de lama.

É dispensável enfatizar as semelhanças com a pauta e os métodos abraçados agora pelos grandes veículos de mídia em sintonia com a oposição conservadora ao governo Dilma, ao PT e ao ‘lulopopulismo’ econômico.

O Fórum dos intelectuais e a frente de movimentos sociais emergem como o contraponto mais importante a isso, desde a vitória de Dilma em 26 de outubro.
O conservadorismo atordoa o discernimento da sociedade desde então com uma escalada vertiginosa de iniciativas.

Habilidosamente, equipara-se combate à corrupção à demonização do polo progressista, no qual se espeta o selo da degeneração política, associada a práticas econômicas ‘intervencionistas’.

A ideia de uma salubridade externa à história, tomada como referência limpa e boa na construção da sociedade, é um daqueles mantras aos quais se agarram os interesses dominantes de todos os tempos.

A depender da conveniência, essa salubridade poderá vestir a toga da judicialização da ‘má política’. Ou a gravata técnica dos centuriões que falam em nome da proficiência dos mercados para dar o rumo ‘correto’ à economia.

Ou ainda encarnar no monopólio de um dispositivo midiático que se avoca a prerrogativa de um Bonaparte, a emitir interditos e sanções em defesa dos interesses particulares apresentados como os de toda a nação.

Hoje, o objetivo desse aluvião é o impeachment de Dilma ou o sangramento irreversível de seu governo, e das forças que o apoiam, bem como das ideias que as expressam. Até o seu sepultamento histórico em 2018.

Semanas após a vitória progressista nas urnas, quando o governo parecia hipnotizado pelo serpentário golpista que havia subestimado, e por isso não se preparado para defender o escrutínio popular, Carta Maior indagava:

‘O que se pergunta ansiosamente é se Lula já conversou sobre isso com Boulos, do MTST; se Boulos já conversou com Luciana Genro; se Luciana Genro já conversou com a CUT ; se a CUT já conversou com Stédile; se todos já se deram conta de que passa da hora de uma conversa limada de sectarismos e protelações, mas encharcada das providencias que a urgência revela quando se pensa grande. Se ainda não se aperceberam da contagem regressiva que ameaça o nascimento de um Brasil emancipado e progressista poderão ser avisados de forma desastrosa quando o tique taque se esgotar’.

A boa nova na praça é que a conversa começou.

O desafio de vida ou morte consiste agora em restaurar a transparência dos dois campos em confronto na sociedade.

Na aparente neutralidade de certas iniciativas pulsa, na verdade, a rigidez feroz dos interesses estruturais por elas favorecidos.

O melhor solvente para essa tintura é a ampla participação popular no debate e nas decisões que vão definir a rota do futuro brasileiro.

O país, desde 2003, e com todas as limitações e contradições intrínsecas a um governo de base heterogênea– tem figurado aos olhos do mundo como uma das estacas da resistência latino-americana à retroescavadeira ortodoxa, que demole e soterra direitos sociais e soberania econômica urbi et orbi.

Essa resistência criou um dos maiores mercados de massa do planeta em uma demografia de 202 milhões de habitantes.

O assoalho macroeconômico range e ruge sob o peso da inadequação entre a emergência dessa nova força motriz e as estruturas rigidamente pensadas para exclui-la do mercado e da cidadania.

A solução da ‘agenda técnica’ é higienizar a sujeira do intervencionismo público em todas as frentes, devolvendo o mando do jogo à faxina autorreguladora dos mercados.

Sobrepor o interesse privado aos da sociedade implica capturar o sistema democrático integralmente para esse fim.

Era esse o objetivo dos candidatos conservadores derrotados em outubro.

Não era apenas uma disputa presidencial. Mas um capítulo do embate inconcluso pelo comando do desenvolvimento brasileiro.

Daí a ilusão de se supor que concessões pontuais vão saciar o agendamento derrotado nas urnas.

Não será a adoção homeopática de sua farmacopeia que o fará recuar.

O discernimento daquilo pelo que se luta, e contra quem se travará a batalha dos próximos dias e noites, é crucial para os interesses populares afrontarem a avalanche em curso.

Essa é uma batalha entre a democracia social e as forças regressivas que se insurgiram contra a sua construção em 32, 54, 64, 2005, 2006, 2010 e 2014.

Tornar esse divisor visível aos olhos da população requer um símbolo de magnetismo equivalente à dimensão das tarefas que essa agenda encerra em termos de organização e repactuação do país com o seu desenvolvimento.

Requer o nascimento de uma frente de esquerda que, à semelhança do ‘Podemos’, na Espanha, guarde incontrastável vinculação com as urgências populares. Mas também encerre um denso discernimento das contingencias globais, que não podem ser abduzidas pelo imediatismo corporativista.

Embora o martelete midiático tenha disseminado a bandeira do antipetismo bélico, a ponto de hoje contagiar setores amplos da classe média, o fato é que esse trunfo conservador ainda não reúne a energia necessária para inaugurar uma nova ordem.

O pântano, por enquanto, o satisfaz.

Ele desarma a sociedade e exaspera a cidadania.

Dissemina um sentimento de impotência diante das urgências de uma transição de ciclo econômico marcada por uma correlação de forças instável, desprovida de aderência institucional , ademais de submetida à determinação de um capitalismo global avesso a qualquer outro ordenamento que não o vale tudo dos mercados.

A força e o consentimento necessários para conduzir esse ciclo em uma chave que não seja a do arrocho requisitam o salto de articulação social que agora se ensaia.

O caminho oposto é o da treva.

A regressividade conservadora predominante na Itália após o ‘Mãos Limpas’, nos anos 90, não é uma miragem; é um risco real em sociedades desprovidas de representação política forte e organização social mobilizada (leia ‘Mãos Limpas; e depois, Berlusconi?’; nesta pág).

Lá como aqui o lubrificante do retrocesso foi a prostração progressista e a incapacidade da esquerda e dos democratas de construir um repto histórico de esperança para engajar a sociedade no comando do seu destino.

A gravidade dos desafios embutidos no calendário de 2015 é de ordem equivalente.

Saber onde estão as respostas e reunir a energia política capaz de validá-las é trunfo valioso.

É esse o significado encorajador da nascente frente de esquerda dos movimentos sociais e da usina de intelectuais cidadãos reunidos no Fórum 21.

São sinais de um aggiornamento em curso na vida política nacional.

Mas que já extrapolam a mera formalidade da travessia gregoriana, para emprestar a 2015 a dimensão e o desassombro de uma verdadeira renovação histórica.

Que assim seja um bom ano novo, são os votos que Carta Maior tem a certeza de compartilhar com seus leitores e com a imensa maioria do povo brasileiro.

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38 respostas

  1. Concordo totalmente com a essência do texto, mas seu estilo é gosmento, redundante e prolixo. Uma espécie de FHC das esquerdas…

  2. Fala sério. Você acredita mesmo na esquerda como opção de poder? Lula foi o primeiro a abandonar essa tese no governo dele. E agora você acredita na adesão dele as causa da esquerda? Ele quer o apoio e se for eleito vai dar outra banana e cair nos braços do mercado.

  3. Boa tarde,

    demorou!… E temos que ver também a LUTA PELA PETROBRAS, que o tio san tá tentando roubar. Tô dentro da lutar por direitos iguais a todas as classe e INDEPENDÊNCIA DE NOSSAS FRONTEIRAS E DO BRASIL.

  4. Brito, faça dessa campanha o chamado para todo o povo brasileiro, pois sem esse movimento estamos fritos!

  5. Em doze anos o pt ficou dormindo…agora que está acordando? Precisa levar o tique taque…pra responder taque!

  6. Miguel, tem de começar pela DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA, sim… Aguardemos o ministro… Outra coisa: SECOM tem de ser pessoa extremamente ATIVA. Mais uma: porta-voz da presidência tem de ser ATUANTE. Chega de mosca morta….!!!!!!!!

  7. Vou ser chato.
    Hoje estou muito chato.
    Mas esta manifestação, reunião, aglomeração, junção,
    construção, movimentação…
    Não foi feita no dia 26 de outubro…
    O que mudou de lá para cá????
    Alguém pode dizer…

  8. É a hora. Os debates públicos (no supermercado, farmácia, consultório médico – com pacientes e médicos, no cabelereiro, na rua) começaram. Todos os movimentos sociais, partidos e intelectuais de esquerda espantarão o espantalho sectário da direita e ainda alimentarão o eleitorado para a luta diária com aquelas pessoas desinformadas pela globo, que executa um trabalho sistemático, invadindo residências e mentes com informações manipuladas. Estamos prontos! Vamos à luta!

  9. Bendita luz no fim do túnel!
    Finalmente começaremos a andar na direção correta e nesse caminho vamos atropelar a direitalha vagabunda e parasita!
    Temos que pega-la pelo pescoço e não soltar até o último estertor.

  10. Que tenha vida longa esta frente, que avance sem perder-se no histórico estrelismo da esquerda e que proponha soluções reais e possíveis aos problemas de nosso povo.

    Por fim , faço uma pergunta aos camaradas de blog….de que lado afinal está o site brasil 247 ? Os caras atiram pra todo lado, as vezes parece uma espécie de “contigo” da vida política nacional. Sinceramente, fica difícil ler aquele troço.

    1. Eu sinto o mesmo, acho o site dúbio, às vezes a manchete vai pra um lado, o conteúdo pro outro. Não sei quem está à cabeça do site.

    2. O PML eu sei de que lado está, mas o 247 não espelha apenas a opinião dele.
      O 247 deve estar do mesmo lado que o DCM…

  11. Olhar para o alto e para frente, enfrentar batalha de cabeça erguida, o inimigo esta agrupado mas nao unido, nos e’ que estamos avançando no front , avançar e lutar companheiros.
    NAPOLEAO

  12. A posse da Dilma é tão importante que se não derem pão com mortadela e tubaína não vai ninguém lá. Ridículo, assim como é a esquerdalha que infesta e contamina esse país.

  13. Miguel, por quê você e outros blogs progressistas se recusam a post meu comentário a seguir?

    “Como sempre, mais um ótimo artigo do Leblon. E é sintomático que no artigo não se dá destaque à participação do LULA nessa frente de esquerdas, falando mais do Guilherme Boulos, o qual tem sua história de vida e ativismo pouco conhecido, mas agora, com seu destaque certamente sua vida será esmiuçada. O sintomático em relação ao LULA é justamente o seu envolvimento na Frente e é óbvio o motivo; ele já começou a entender que cometeu um dos seus maiores erros políticos ao bancar as eleições da Dilma, a qual inexoravelmente o está alijando do centro do poder, pois está reeleita e já não precisa dele e agora fará o que realmente há décadas foi treinada e se preparou para fazer. A seguir transcrevo um comentário que já postei em outros blogs, os quais o censuraram, inclusive aqui no PHA:
    “A maioria dos jovens, Petistas ou não, são impacientes e os de hoje, mais impacientes ainda, pois a tecnologia da informação transforma a notícia de ontem em notícia velha. Mas eu sou militante das antigas e antes do PT nascer eu já militava por ele. Militava por ele porque sempre tive o coração esquerdista e o PT simbolizou e personificou o esquerdismo responsável. Mas depois de 30 anos temos que aceitar e se conformar com um governo como este próximo governo da Dilma? Aceitar essa cambada que ela está nomeando como ministros? Se alguém aqui acredita que o Berzoini vai peitar os criminosos midiáticos, desista, pois quem manda é a Dilma e ela jamais enfrentará a quadrilha fascista e sem pátria. É só observar as entrevistas concedidas pelos personagens em destaque atualmente. Todas à portas fechadas, todas aos criminosos do pig. A Dilma recebeu o chefão da abril e da globo. Conversa particular. Alguém sabe quais os assuntos tratados? Você, Arara, sabe? Se sabe conta pra mim e para outros milhares de Petistas.
    A seguir transcrevo um comentário que postei referente à notícia que O Conselho de Administração da Petrobras decidiu formar um comitê de acompanhamento, coordenado por um diretor de Governança que está sendo selecionado no mercado profissional, para as investigações internas da companhia. Reconheço que exagerei na teoria da conspiração, mas tempos bicudos geram pensamentos mais que bicudos:
    A Dilma governa? Numa fase desesperadora para a nossa Petrobras, quando é implacavelmente atacada por toda a canalha da extrema-direita, agora surge essa tal comissão pra escarafunchar a uma das maiores petroleiras do mundo e motivo de orgulho pra todos os brasileiros. Não existe a necessidade de tentar descobrir quem indicou ou aprovou, entre outros, a tucanalha e ex-ministra do STF, gracie não sei das quantas para a comissão, pois em última instância foi a Dilma. Afinal, ela que tem o poder (ou deveria ter) pra barrar tal criatura na comissão Assim como praticamente errou na nomeação de quase todos os ministérios. E não pelos indicados em si, mas por todo o segundo escalão que esses indicados preencherão, pois todos esses escândalos de corrupção que estão estourando na Petrobras, invariavelmente tem como agentes o pessoal do segundo, terceiro escalão e por aí vai. Pegaram o Lobão? Rsrsrsr! Quem você imagina que a kátia abreu nomeará para ocupar cargos chaves no MA? E o kassab, padilha, gomes e praticamente todos os demais indicados? Muitos comentaristas aqui diz “Ah, mas a Dilma tem a caneta e a palavra final!” Mas é aí que tá a armadilha na qual ela se meteu! A cada ministro que ela meter um pé na bunda o pig irá repercutir como mais uma incompetência da presidenta, e dê-lhe mais denúncia de corrupção no ministério do ministro com a bunda dolorida. E se, por outro lado, ela manter os ditos ministros que deveriam levar um pé na bunda, como fez em todo o seu primeiro governo, em 2018 é bem provável que nem o LULA se elegerá, ou se continuar a ser o político que é, nem candidato sai. Eu faço parte dos milhões de militantes Petistas que colocaram o rosto a tapas na luta pela reeleição da Dilma. Arrisquei a segurança da minha microempresa e da minha estabilidade financeira brigando pela Dilma no meu local de trabalho, certamente perdendo clientes e como muitos outros comentarista daqui do blog, jogo a toalha, pois não há a mínima chance desse governo dar certo. Simplesmente não existe, pois será corroído por dentro, por todo esse bando que a Dilma conscientemente está nomeando. Governabilidade? Pelamordedeus! Em todos os partidos da base de apoio existem pessoas com muito mais prestígio, força popular e competência do quê essa praticamente quadrilha que ela está nomeando. Por outro lado, confesso que sinto até um certo alívio diante dos erros e bobagens da Dilma, pois já nos últimos tempos desse seu primeiro governo eu já sentia a sensação de que o LULA havia cometido o seu maior erro político ao impor a Dilma como sua sucessora. E a origem desta desconfiança é a foto dela altaneira frente aos seus juízes da ditadura. Ali eu praticamente vi a tremenda armação e ficção da sua história como combatente da ditadura militar. Raciocinem, aquele julgamento seria como todos os outros julgamentos dos ditadores, um teatro mambembe e aí, aparece um fotógrafo, o qual entra numa sala certamente fortemente segura, tira fotos da Dilma e os juízes ao perceber o penetra tentam esconder a cara? Santa paciência! Eles tinham poder de, com um simples gesto de mão, mandar prender o fotógrafo e confiscar a máquina fotográfica, gente! No entanto, milagrosamente estas fotos são preservadas não sabemos por quem e no momento certo aparecem simbolizando a Dilma Coração Valente! E as outras fotos? Sim, outras fotos, pois certamente aquela não foi a única tirada na ocasião. Essas outras fotos são “a espada de Dâmocles” sobre a cabeça da Dilma? Diz a lenda urbana que a Dilma ficou nas garras dos torturadores por 3 infindáveis anos. Sofrendo torturas inimagináveis, pois os carrascos não aliviavam para seus inimigos terroristas. Quantas vezes foi pro pau de arara, estuprada e espancada? Temos outros remanescentes de “lutadores” contra a ditadura, tais como o aluísio 300 mil, o zé serra e o mais infame de todos, fernando henrique cardoso. Cartas na manga pra uso futuro, como de fato foram usados, basta lembrar do governo fhc e os crimes que praticou contra nosso país. Muitos dizem “mas a Dilma manteve e até ampliou as políticas do LULA! Manteve e ampliou porque não tinha opção, caso contrário seria massacrada tanto pela direita, quanto pela esquerda, perderia o apoio do LULA e não se reelegeria para o segundo mandato. Na prática ela apoiou, incentivou e fortaleceu os ataques ao PT. A Dilma se apresenta como inimiga mortal da corrupção, mas em todo o seu primeiro mandato a corrupção grassou em quase todos seus ministérios e se agora se tornam públicas e combatidas não é graças a elas, mas porque é do interesse dos adversários do PT e do trabalhismo. A agressividade e parcialidade dos policiais, procuradores e do juiz moro no caso Petrobras comprovam isto. Se realmente a Dilma pretendesse não deixar pedra sobre pedra ordenaria que o zé cardoso interferisse na quadrilha da polícia federal que comanda as investigações. E os próximos escândalos de corrupção que certamente surgirão quando o da Petrobras se esgotar, também não será graças aos esforços da Dilma, mas simples jogadas políticas sub-repticiamente apoiadas por ela, haja visto a tal comissão que fará uma devassa na Petrobras e objeto do início deste meu comentário. Quanto à minha sensação de alívio, que mencionei lá pelo meio deste meu comentário, é um alívio diante do que não tem remédio, portanto, remediado está. As minhas frustrações e tristeza é por, nesta altura da minha vida, entender que o Brasil tem o mesmo destino de Sísifo, sempre empurrando a pedra montanha acima, vencendo dificuldades aparentemente invencíveis e como Sísifo, quando estamos quase chegando lá, A Dilma empurra a pedra montanha abaixo. Podemos até conseguir períodos de avanços políticos e sociais como foi com Vargas e LULA, mas ao final sempre temos que recomeçar. E a derrota para a qual a Dilma conscientemente está nos levando deixará como legado uma enorme pedra para as próximas gerações empurrarem montanha acima”.

  14. Essa frente de esquerda podia lançar em 2018 um candidato que realmente fosse de alma e pensamentos de esquerda e não esses ” esquerdistas” que loteiam seus governos para a direita golpista e fascista do Brasil.

  15. Aleluia ! Esta Frente de Esquerda ja’ deveria ter sido formada desde a Copa do Mundo. Antes tarde do que nunca.

    E que ela possa trazer uma onda de renovacao e limpeza da atmosfera politica e moral do nossa pais, trazendo mais clareza e discernimento para a populacao em geral sobre tudo aquilo que esta’ em jogo – como muito bem analisado pelo Saul Leblon.

    Os textos do Leblon sao fundamentais para uma reflexao sobre as grandes questoes nacionais, tanto historicamente quanto conjunturalmente; o problema e’ que ele escreve de uma forma que precisa de decodificacao para o seu entendimento correto. O Leblon precisa ser traduzido para um publico mais amplo.

    Que venha esta abencoada e tardia Frente de Esquerda. Quero fazer parte deste movimento de qualquer maneira que a minha circunstancia permita.

  16. Lula é, sem dúvida, um líder político de primeiríssima. Talvez o único que nos resta. Em meio ao ataque grosseiro do lacerdismo ressuscitado e da UDN midiática que nunca nos deixou, diante de uma esquerda perplexa e perdida, só ele mantém a cabeça no lugar e está onde precisa estar. Bravo!

  17. Eu, como milhares de companheiros do Brasil afora, durante anos, estamos lutando nas igrejas, partidos de esquerda, sindicatos, associações, por uma frente popular. Que bom que ela chega porque estamos cansados de ver pequenas cidades em todo o país com governos de esquerda, mas só trabalhando políticas macros e se esquecendo dos movimentos sociais e tudo aquilo que representa o cotidiano da luta do povo. Em outras palavras: todos os programas de governo teriam que ser implementados com discussão das e nas comunidades. Eu penso que agora a coisa vem e deixaremos de sermos chamados de românticos!

  18. Vamos lá minha gente, pau nos coxinhas, quem sabe a gente coloca algo de válido nas cabeças deles, nem que seja preciso abri-las, mas cuidado, o que tem lá dentro fede, e muito….

  19. É preciso não abrir mão jamais da condenação total da mídia conservadora. Ultimemente ela tem pontuado aqui e alí artigos e matérias de conteudo esquerdista ou progressita, tentando balancear ideologicamente sua imagem para aparecer aos crédulos como imparcial. Mas nenhuma dessas matérias tem importancia real diante de seus alvos imediatos de combate. Demonizar e desmoralizar totalmente, por todos os meios possíveis, a mídia conservadora; este é o caminho.

  20. Não é à toa que, em programa da globo news, ontem, os pitbulls da direita reinaldo azevedo, pondé, william waack e outro que não lembro o nome (acho que lamonieau) faziam previsão assombrosas sobre 2015 com petistas e não petistas na rua. Só em preverem petistas na ruas, já pressentem a reação da esquerda, o que é muito bom e se coaduna com este artigo.

  21. Ouvindo A Voz do Brasil e postando:

    **** *************
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    ************* Abaixo o PIG brasileiro — Partido da Imprensa Golpista no Brasil, na feliz definição do deputado Fernando Ferro; pig que é a míRdia que se acredita dona de mandato divino para governar.

    Lei de Mídias Já!!!! **** … “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” *** * Joseph Pulitzer. **** … … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” *** * Malcolm X. … … … Ley de Medios Já ! ! ! . . . … … … …

  22. A REFORMA CRUCIAL: Reforma Política. Como deve ser? A nosso ver, radical. Poucos partidos, financiamento público. Não ao voto distrital em qualquer de suas formas. Voto nos partidos, com as vagas no legislativo atreladas à eleição majoritária. Listas partidárias e fidelidade. Fim da reeleição ilimitada para o legislativo, etc… O texto do link abaixo reflete sobre o tema:

    http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR8.html

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