Estou em Paris, onde permaneço até o dia 23.
Minha mulher veio a trabalho e aproveitei para ficar em seu quarto de hotel. Comprei uma passagem em duas vezes, no cartão, com pagamento da primeira parcela no próximo dia 5. Digo isso para afastar insinuações sobre minha “prosperidade”. Infelizmente continuo um blogueiro pobre, que vive da mão-para-boca, sem outra renda que as assinaturas e contribuições dos leitores, além dos anúncios randômicos do Adsense.
Pobre, sem filhos, morando num quarto e sala na Lapa.
Mas livre.
E em Paris.
Não quero pensar nos R$ 20 mil que o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, conseguiu arrancar de mim na Justiça, e que terei de pagar a qualquer momento.
Liberdade de expressão, para a Globo, vale só para blogueiros de Cuba e chargistas de Paris.
Para blogueiros do Brasil, é só porrada e processo na Justiça. De vez em quando morre um blogueiro assassinado, sem que haja qualquer repercussão em nossa mídia.
Eu sempre detestei essas ondas linchatórias das redes sociais, que não admitem o contraditório, e vão num crescendo que se transforma rapidamente numa grande fogueira inquisitória.
No caso do Charlie, com a sua redação dizimada, e seus desenhistas mortos, sem poderem se defender, fiquei particularmente indignado com as acusações apressadas contra seu trabalho.
E mais chocado ainda porque as acusações partiram principalmente da esquerda, absorvida por um rancor incrível contra os desenhistas. Mesmo depois de explicados os contextos das charges mais pesadas, e esclarecido que a linha do jornal era fortemente anti-racista, pró-socialista, pró-trabalhista, progressista, as pessoas agora torcem a boca para dizer que os desenhos “não são engraçados”, ou que são de “mau gosto”.
Como se isso tivesse alguma importância diante da conjuntura!
Humor é uma questão de gosto, evidentemente.
O francês tem um humor historicamente negro, talvez em vista de um passado com tantas tragédias. Enquanto pesquisava as edições do Charlie, numa mesa do centro George Pompidou, um senhor sentado a meu lado apontou-me uma notícia que ele lia no jornal.
O título era algo como: “Lucro da indústria de tranquilizantes dispara após atentados”.
Ele sorria maliciosamente. A notícia era um chiste puro de humor negro. Sempre haverá alguém faturando em cima da tragédia alheia.
O humor negro é um humor triste, como um palhaço olhando a si mesmo no espelho.
Aliás, pensando bem, nós, brasileiros, também temos humor negro. Só que ele não aparece nos jornais. Rimos de “memes” infames nas redes sociais, mas ficaríamos chocados de ver as mesmas imagens em nossos periódicos.
Mas voltemos para o caso Charlie Hebdo, cuja honra eu resolvi defender, sabe-se lá porque.
Através de uma pirueta cheia de incompreensão, alguns brasileiros passaram a comparar o humor libertário do Charlie ao humor reaça que eles tanto odeiam no Brasil.
É uma confusão fatal.
O humor reaça brasileiro é bancado pelos monopólios. Nem preciso ler a Globo para saber que a emissora tentou faturar politicamente com a tragédia, associando-se aos jornalistas mortos.
Não tem nada a ver.
Charlie tinha muito mais a ver com a blogosfera do que com a mídia corporativa.
A Globo é propriedade da família Marinho, os maiores bilionários do país.
Charlie era um jornal pobre, que em novembro publicava editorial pedindo aos leitores para o salvarem da bancarrota.
Lembrei-me imediatamente dos frequentes e desesperados pedidos de SOS deste Cafezinho.
Charlie era um jornal de esquerda.
Um jornal que combatia de frente a extrema-direita e suas políticas racistas e anti-imigrante. Os desenhistas não tergiversam. A extrema-direita é o inimigo.
A partir de 2012, com a ascensão de François Hollande, do Partido Socialista, ao poder, Charlie passou a fazer um contraponto à esquerda ao governo, sempre protestando contra as concessões do presidente ao conservadorismo econômico.
Mas o fazia com muita estratégia, mantendo a artilharia pesada contra a Frente Nacional, a famigerada extrema-direita francesa, que está em ascensão, e a centro-direita representada pelo UMP, de Nicolas Sarkosy.
Eu analisei uma coletânea de edições do Charlie, publicada há alguns anos, com resumo de seus trabalhos desde sua fundação, em 1969, quando sucede um jornal mensal de humor, intitulado Haraquiri, até 2004. E depois analisei, com muita atenção, umas trinta ou quarenta edições mais recentes, além desta última, publicada após a tragédia, e que vem se esgotando dia após dia nas bancas de jornais, num fenômeno de sucesso editorial jamais visto em lugar nenhum do mundo.
Não era, de maneira alguma, um jornal “islamofóbico”. Era um jornal ateu, com notória tendência anarquista, com uma volúpia maravilhosamente iconoclasta, o que é bem diferente.
Não há nenhuma charge ou desenho contra o Islã, mas somente contra os jihadistas que matam gente inocente, e mesmo assim, esse tema não é, nem de longe, dominante no jornal.
Pelas acusações nas redes, deu-se a impressão que o Charlie vivia para chocar e humilhar os muçulmanos na França. Outros o acusaram de sionismo.
Não é verdade. Não encontrei nenhum editorial em favor de Israel, mas vários textos em favor da Palestina.
O editorial de Charlie, de novembro do ano passado, critica o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e os deputados da UMP (centro-direita francesa, partido de Sarkosy) por não reconhecerem o Estado palestino, lembrando que a OLP, a autoridade nacional palestina, reconhece o Estado de Israel.
Charlie também criticava o Hamas e as facções palestinas mais radicais, que advogam a destruição de Israel. Alguns desenhistas do Charlie eram judeus, como Wolinsky, um senhor de 80 anos cujo pai fugiu da Polônia durante a II Guerra, e que deve ter perdido inúmeros parentes e conhecidos nos campos da morte nazistas.
Não podemos esquecer que os judeus formam uma minoria na França. São 600 mil judeus, contra 6 ou 7 milhões de muçulmanos na França. E que desde priscas eras, as vítimas dos atentados terroristas na França são sempre os judeus, não os muçulmanos.
Na Palestina, no Iraque, as vítimas são muçulmanos. Na França, ainda são judeus.
Claro que há uma questão de classe, muito forte na França.
Apesar do país não possuir um percentual significativo de miseráveis, e do Estado francês ainda ser socialista (ao menos em comparação com Brasil e EUA), com um sistema público de educação e saúde universal, inúmeros programas sociais, amplo seguro desemprego, transporte público de massa de altíssima qualidade, a vida não é um mar de rosas para os mais pobres, que vivem nas periferias.
Os jovens de ascendência árabe, misturados a uma população crescente de imigrantes ilegais, criaram uma cultura própria, rica, contestadora. Há muitos rappers muçulmanos na França, cujas músicas trazem títulos como: “Não ao laicismo” e “Sou muçulmano, não entre em pânico”. Não vou fingir que conheço todas as músicas, mas suponho que há canções interessantes, com letras agressivas e políticas, que tocam a juventude. Todos foram solidários com as vítimas e seus parentes, contudo.
Esses jovens odiavam, é preciso admitir, o jornal Charlie Hebdo, por causa da decisão dele de publicar as charges de Maomé. Eles não conheciam quase nada do jornal. Nunca leram uma edição. Tinham apenas uma visão simplista, construída pelo maniqueísmo típico de redes sociais, cujo exemplo vimos também no Brasil, de que Charlie era “islamofóbico”.
Este foi o caldo cultural que levou os terroristas a fazerem o que fizeram.
Também entre esses jovens, há um gigantesco ceticismo em relação à mídia tradicional. Teorias de conspiração proliferam rapidamente entre eles. Não se acredita que o atentado tenha sido cometido realmente por islâmicos, mas sim orquestrado por Israel, ou pelos EUA, ou pela extrema-direita, para jogar a França contra os muçulmanos.
Essas informações eu tirei do Le Monde de ontem, que entrevista vários jovens muçulmanos do sul da França.
A última edição de Charlie, pós-atentado, traz uma análise destas teorias. Elas não se sustentam, de nenhuma forma, diz o jornal.
Agora já se conhece a história pessoal dos terroristas. Eles efetivamente se ligaram a elementos com histórico no jihadismo internacional, e aderiram ao islamismo radical. Não eram, contudo, experts. Eram muito jovens, e o seu crime foi, de longe, a ação mais ousada que jamais empreenderam. Talvez por isso os detalhes mais patéticos, como esquecer a carteira de identidade perto do local do crime.
Não vou dispensar totalmente nenhuma teoria de conspiração porque sou blogueiro e, como tal, altamente sensível a elas. Mas da mesma maneira que não posso dispensá-las, também não posso abraçá-las.
E esta teoria é mais difícil de acreditar porque os terroristas admitiram as suas intenções , a Al Qaeda o reinvindicou, e a reação dos islamismo radical foi de júbilo. O Estado Islâmico chamou os terroristas de “heróis”.
O jornal era crítico às políticas norte-americanas e europeias no Oriente Médio, e criticava frequentemente a política de ocupação de territórios de Israel.
Alguém falou que a França proibiu uma manifestação pró-Palestina no ano passado. Sim, e o Charlie foi contra essa proibição, prevendo, acertadamente, que aquilo apenas iria estimular os radicais e afugentar as pessoas de boa paz – maioria – que apoiam a Palestina. Acabou que houve a manifestação, mesmo sem autorização do governo, e foi liderada pelos grupos mais radicais e mais violentos.
Culpar Charlie por qualquer erro da política externa francesa, desde os mais antigos, na Indochina, passando pela guerra da Argélia, até os mais recentes, como o apoio à Otan na derrubada de Kadafi, e o apoio aos rebeldes sírios, seria como pretender culpar a Caros Amigos pela Guerra no Paraguai e pela privatização da Vale.
Charlie sempre foi contra as guerras.
O jornal trazia, frequentemente, desenhos contra o genocídio em Israel. Alguns são bem fortes, sempre na linha do humor negro que ele usava para tudo.
Na charge acima, vem escrito no chapéu: “Não nos deixemos comover!”
O texto que aponta para a barriga da mulher palestina diz: “Esconderijo de armas do Hamas”. E o soldado israelense no tanque fala ao rádio: “O colo do útero parece dilatado, um morteiro será lançado!”
São muitas charges assim! Não há nenhuma charge pró-Israel. Nenhuma!
Na charge acima, a legenda no alto diz: “fim do embargo ao Iraque”. E mostra a chuva de mísseis caindo sobre Bagdá.
Na charge acima, outra denúncia terrível em forma de humor. O título diz: “pensem no material escolar de hoje”. A menina pergunta ao pai: “papai, precisa me comprar outras pernas”. Ao que o pai responde: “de novo?”
Não podemos, evidentemente, criar uma imagem edulcorada e santa que o Charlie jamais quis para si. Ao contrário, sempre buscou, deliberadamente, a malícia. Seu humor sempre foi cruel e sarcástico. Mas seu objetivo não era humilhar, e sim promover uma crítica libertária, uma crítica que liberta.
Haverá um tempo, no futuro, em que os principais intelectuais islâmicos admitirão que o trabalho de Charlie ajudou a religião a purgar suas franjas medievais e sectárias. Essa luta nunca foi apenas do Charlie. Nos países islâmicos, também se tenta criar espaços de liberdade, humor e autocrítica.
O Charlie mesmo foi atrás de periódicos de países muçulmanos que tentavam brincar com os dogmas de sua religião.
O título da matéria diz: “Piadas heréticas em terras muçulmanas”, e traz vários exemplos de charges e desenhos publicados em jornais de países islâmicos. Alguns são incrivelmente ousados politicamente, com críticas pesadas a um jihadismo que as elites árabes incentivam juntos aos mais pobres, mas do qual preservam seus filhos.
É uma questão a se pensar. As elites árabes incentivam o jihadismo por razões bem distantes de uma guerra anti-imperialista, mas porque assim evitam que o povo produza uma consciência de classe que os levem a querer coisas como melhores salários e mais serviços públicos.
Se todos concordam que não há santos em geopolítica, então devemos admitir que nem a França é nenhuma santinha libertária, nem as elites árabes são movidas por puro idealismo anti-imperialista. Tanto que mandam seus filhos estudarem nas melhores universidades da Inglaterra, França e EUA, enquanto os pobres são incentivados a matarem outros árabes. As principais vítimas do terrorismo islâmico são os próprios muçulmanos.
Entre as charges que os acusadores do Charlie chamam de “islamofóbicas”, poderíamos incluir, por exemplo, as que mostram o “palhaço terrorista”?
O que querem os palhaços terroristas?, diz a legenda sobre o desenho. O palhaço responde: “quero arrancar um sorriso”.
Estou selecionando apenas as charges que tratam do tema Israel-Palestina ou de terrorismo. 90% das charges do Charlie tratavam de outros temas.
A mania de mostrar a bunda, ou enfiar objetos nos rabos de figuras públicas, que tanto horrorizaram o público quando o personagem atacado foi Maomé, é na verdade uma antiga marca do Charlie.
A capa do jornal mostra o presidente norte-americana, George Bush pai, e a legenda diz: “O primeiro presidente com uma palma de ouro enfiada no rabo”. Ainda na capa, um desenho simpático de Michael Moore, o cineasta americano que é o pesadelo da direita.
Claro, esse tipo de charge choca o público brasileiro. No post anterior, eu expliquei que as artes francesas têm uma antiga tradição em chocar, em escandalizar. Um século antes de Machado de Assis, com suas histórias pudicas da burguesia fluminense, a França tinha Marques de Sade, descrevendo cenas eróticas de personagens do submundo.
A igreja católica, maioria na França, era o alvo preferido do Charlie Hebdo, desde a sua fundação.
Muitos acusadores dizem que eles não desenharam profetas de outra religião com a mesma crueldade com que o fizeram com Maomé. Talvez.
Talvez eles devessem ser mais ousados e mostrar Jesus com a bunda de fora, com um sinal do crescente estampado em suas nádegas.
Mas quem disse que eles não o fariam?
Mortos, é que não farão mesmo.
De qualquer forma, é justo perguntar: por que eles fizeram charges tão agressivas contra Maomé?
Bem, já mostrei e provei que eles faziam charges em favor dos palestinos, e contra os EUA.
Mas, de fato, nos últimos meses, os editores de Charlie se mostravam preocupados com a expansão do Estado Islâmico. E acusavam o Ocidente de não ver que a fonte do islamismo radical estava na Arábia saudita, o verdadeiro estado islâmico.
Os editores do Charlie não estavam gostando nada da expansão do obscurantismo islâmico no oriente médio e na própria França. Como ficou provado pelo atentado, eles tinham absoluta razão.
Sabemos que o Ocidente tem culpa pelo surgimento do Estado Islâmico. Em posts anteriores, expliquei isso em detalhe. Mas isso não nos impede de criticar o Estado Islâmico por si e repetir que nem tudo é guerra social. A Arábia Saudita é um dos países mais ricos do mundo, e incentiva a proliferação de uma ideologia ultrarreacionária, contra a mulher, contra o homossexual, contra o laicismo.
A gente entende que há um fundo sócio-político no aumento do conservadorismo religioso em áreas pobres do Brasil, mas isso não pode nos fazer calar críticas contra as lideranças que florescem nesse meio, como o Pastor Malafaia.
Se houvesse um Charlie Hebdo no Brasil, teríamos uma profusão de charges contra as lideranças evangélicas e católicas, as quais, na minha opinião, seriam muito bem vindas!
*
Muito se falou da presença de Benjamin Netanyahu na marcha de domingo, que reuniu quase 4 milhões de pessoas. Ora, não se pode culpar os mortos pela presença do primeiro ministro de Israel. O governo da França chegou a pedir que ele não viesse, mas ele, oportunista, fez questão de vir. Ao cabo, acho que teve um lado positivo, de ver o primeiro ministro de Israel e o presidente da Palestina, marchando juntos.
Se um punhado de jornalistas de uma revista de esquerda do Brasil fossem mortos por radicais religiosos, e houvesse uma grande marcha no Rio ou São Paulo, em prol da paz e da liberdade de expressão, seria um absurdo culpar os jornalistas mortos pela presença de Kassab e Ronaldo Caiado!
Um texto na edição pós-atentado, um dos sobreviventes aborda com duro sarcasmo esse apoio generalizado que vem de todos os lados. Ele torce para o tempo passar e tudo voltar ao normal, quando os idiotas da direita atacavam o Charlie por sua posição política, e ele poderá contra-atacar do jeito que sempre fez, chamando-os de idiotas (em francês, “con”).
*
Lembram daquela polêmica sobre a charge da ministra da Justiça da França, uma senhora negra, retratada como macaca?
Explicamos mil vezes que a charge vinha no contexto de uma acusação a uma política da Frente Nacional, que havia xingado a ministra de macaca. O Charlie, antirracista, tomou a defesa da ministra.
Eis aqui os textos e uma outra charge, que contextualizam a situação:
Editorial atacando Anne-Sophie Leclere, política da Frente Nacional, que comparou a ministra Christiane Taubira a um macaco. O texto diz: Leclere, o macaco é você, até porque você veio do macaco como todos, embora no seu caso, parece não ter evoluído muito. Em seguida, o texto diz que o sistema político sonhado pela Frente Nacional lembra, em efeito, aquele dos babuínos e dos gorilas, com um chefe dominante se impondo pela força. Termina dizendo que alguns primatas são bem mais evoluídos que os membros da FN.
*
Acima, 4 charges de denúncia à violência israelense na Palestina, publicadas em edições recentes do Charlie: na primeira, o soldado israelense chama a senhora ferida, segurando uma perna: “Madame! Você esqueceu uma coisa”.
Na segunda, um israelense brinda com um palestino: “Em reconciliação, há Sion”, ao que o palestino, degolado, responde: “Há um idiota também”. Há um jogo de palavras e seus sons, intraduzível. Reconciliação em francês se pronuncia “reconciliacião”, ou seja, termina com o som de “sião”. Na mesma palavrão, também há o fonema “con”, que significa idiota.
Na terceira, um retrato de casamento entre dois intransigentes: Netanyahu, primeiro-ministro israelense, e Mechaal, dirigente do Hamas.
Na quarta, o soldado israelense enrola nos braços as tripas de uma velhinha palestina, e fala: “quem faz a bagunça é que tem de arrumá-la”. Uma crítica à inutilidade de medidas paliativas depois que o estrago da guerra está feito.
*
Encerro o post com uma charge tipicamente charliana, de humor negro e pegada de dura crítica política e social. O desenho mostra um menino atrás das grades, com olhar triste. “Prisão aos 13 anos”. Diante dele, seus pais dirigem o carro com expressão eufórica. A legenda no alto explica a cena: “Enfim, férias tranquilas!”
55 respostas
Não sou contra, nem a favor. Não tenho conhecimento do conteúdo do jornal simplesmente porque não moro na França e não estou atualizado com os assuntos de lá, apesar de reconhecer sua importância dentro do espectro de opinião LIVRE.
Mas resumo o acontecimento como um FATO muuuito estranho, mal explicado, mal executado e cheio de sombras e que dá espaço SIM para teorias conspiratórias verossímeis (não reconheço nenhuma “oficialidade” nesta reivindicação da Al Qaeda) e que aconteceu exatamente com um jornal nanico que fazia questão de se colocar como vidraça e que estava na marca do pênalti para ser a vítima ideal para o status quo da plutocracia mundial.
Na qualidade de ateu quero dizer que sentiria profundamente ofendido se a imagem da Nossa Senhora Aparecida fosse vilipendiada por quem quer que seja. É símbolo cultural do nosso povo. Existem outros.
Só digo que mexeram com um vespeiro,era questão de tempo,o que aconteceu,não precisavam apelar,para vender seu produto,morreram inocentes,que sirva de lição.
FFBB, Miguel tem razão, já é hora de se encerrar este tema. A imprensa marrom e servil continuará a expor diuturnamente. Sem mais polêmicas, os cartunistas foram no mínimo imprudentes! http://refazenda2010.blogspot.com
longo texto mas interessante. Eu vi a charge da Ministra negra no face e arrepiei, agora entendi.
A questão é que a Extrema Direita irá se apossar da França
JÁ SE APOSSOU, fio … Aliás, algum dia a França Colonialista deixou de ser de extrema direita, a não ser nos períodos de REVOLUÇÃO, quando convocaram algum salvadores da pátria como Robespierre, Napoleão ou De Gaule !?
Os DIREITOPATAS franceses, como SArkizy & Hollande, se apropriaram do lema: LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE e se sentaram em cima de uma suposta superioridade cultural da França !! PERGUNTA: O que são os franceses e seus croissants, com todo o respeito que merecem, diante dos chineses e da pólvora (que também é chinesa) ?!
“O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO de SONEGAÇÃO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO de SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
Dois perigos ameaçam a França e a democracia : a extrema-direita e Islamofascism.
Miguel, você também foi pego? Já ficou decidido? Já apelou e tudo?
Uai, vamos fazer a nossa vaquinha de sempre, amigo. A gente é pobre, mas pobre ajuda os outros!
Vamos lá, moçada! Vamos ajudar a pagar o senhor Kamel. Afinal, ainda tem imposto a ser pago e ele precisa do dinheiro dos blogs sujos.
Avise a gente, Miguel!
Todo esse rosário em defesa da revista “humorista” esquece de contextualizar o passado colonialista francês, de onde deriva o número de argelinos “vivendo” no país, e tudo de simbólico que isso carrega. E o mais importante: ao focar o debate no que deixa ou não deixa de ser a revista CH, o autor apenas fortalece a jogada sionista e imperialista que esta em curso, já fantasiada nas teorias huntingtonianas de “choque de civilizações”. Nesse rosário, imperialismo, neocolonialismo, rapinagem e roubo das riquezas do planeta pela elite sionista pluto-bélica dos EUA e Israel é apenas uma quimera.
Quer dizer que devemos matar os chargistas da Caros Amigos porque o Brasil invadiu o Paraguai alguns séculos atrás?
Obrigado Miguel. Se um grupo de paraguaios evangélicos já matou 17 brasileiros (e 3 Brasileiros de origem paraguaia), já não se ouve tal absurdo. Desculpe, eu não falo bem em Português.
Faux ?
Velhas caricaturas ! É um pouco… simplista. No campo da geo-estratégia, o que é simples, é falsa.
Je ne suis pas Charlie, Miguel !
Nao compartilho de modo algum de seus sentimentos anti-religiosos.
Charlie era mais associado ‘a decadencia cultural e moral da Europa do que a qualquer impulso critico-intelectual saudavel e construtivo.
O Papa Francisco esta’ muito mais antenado com os vetores do processo evolutivo da humanidade do que esta pseudo-esquerda representado por Charlie e tudo o que ele representa – puro nihilismo.
Na França, o riso tornou-se um ato revolucionário. Não se esqueça o que Nietzsche escreveu : ” Diante do tirano, dê um passo para o lado e estoure de rir”. O tirano do século XXI é o fundamentalismo religioso. Todos os fundamentalismos religiosos.
“…Se um punhado de jornalistas de uma revista de esquerda do Brasil fossem mortos por radicais religiosos…” Pergunto: quê revista de esquerda? Se explodirem a Carta Capital, acabou a imprensa de esquerda brasileira, só restando vocês sujos… Não conheci o Charlie Hebdo, apesar de apreciar muito Wolyski. Adorava mesmo era a ‘L’Echo d’Savannes’, tão anárquica quanto, mas que tinha como alvo preferido o próprio francês. Boa estada, Miguel.
Olá, Miguel. Excelente matéria de cunho intelectual! E, no mínimo esclarecedora. Parabéns. Abs.
Volto a dizer (parafraseando o Miguel… pela milésima vez), minha crítica não é ao conjunto da obra, não é à revista (que aliás, com a última edição, está a faturar milhões… viva o lucro sobre as tragédias, viva o capitalismo!)…
Minha crítica não é a forma jocosa, a sátira sobre os religiosos (eu sou ateia e, pessoalmente, não me agride em nada sacanear Jesus ou Maomé… tanto faz).
Concordo plenamente que figuras públicas, inclusive religiosas, como os papas, rabinos, pastores, pais de santo, etc… mereçam, vez ou outra, ou sempre, serem alvos de críticas (inclusive as mais sacanas).
Mas também defendo que grande parte das pessoas tem fé em alguma figura mitológica… Jesus, Buda, Maomé, Oxalá, Mitra, Baal, Marduk, Osiris, Odin,etc… não merecem “pagar” pela cretinice de seus líderes ou grupos de fundamentalistas.
a forma como ESSAS figuras mitológicas são representadas podem oferecer diferentes interpretações e atingir uma pessoa, líder ou ação específica ou todo o grupo que tem naquela figura mitológica um sentido em sua vida. É a religião sendo atingida e não o religioso.
Tirando o fato de que na religião islâmica a representação do profeta é pecado (isso é o de menos, assim como, talvez, representar Jesus vestido de rapper ou sambista…)
Mas representar Maomé (ELE próprio e não algum líder político. Maomé não é Bush ou Lula, ou Bonaparte) como terrorista, como assassino, com um fuzil na mão, degolando alguma pessoa ou nu, de quatro, com uma estrela no rabo… não é criticar a ação de um grupo, de uma pessoa, de uma atitude “medieval” (recomendo ler Jacques Le Goff para tentar desmistificar um pouco as visões iluministas sobre a ‘Idade Média’)…
Representar o profeta dessa forma é acusar a toda religião islâmica, a todos os muçulmanos… ahh, mas foi só uma ou dez vezes… nada de mais… (será?)
Interessante é que em seu texto você mesmo diz que Jesus Cristo não passou por tal representação. “mas quem disse que não FARIAM”… ora, faça-me o favor… então não fizeram… dois pesos, duas medidas (por que não fazer Jesus com um fuzil na bunda para poder criticar a guerra no Afeganistão? Ou quem sabe Jesus “comendo” uma boneca de plástico ou uma criança… para criticar a pedofilia na Igreja Católica?)
Se a mesma revista… ou qualquer outra… aqui mesmo no Brasil, a cada semana trouxesse em sua capa charges com Jesus nu, de quatro, com uma banana enfiada… ou, quem sabe, em protesto contra a homofobia, Jesus sendo “comido” por um “negão”, como se diz por aqui… Ou talvez, Jesus numa suruba divina com seus apóstolos (com direito a muito nu, sexo e gozo), ou ainda… Maria e seus dois maridos (José e Jeová), na cama, com direito a sacanagem a três… ou quem sabe, Maria tentando justificar a José que Jesus não se parece com ele não por causa do Boto, mas por causa do espírito santo ou deus (enquanto o ricardão – Jeová – se esconde embaixo da cama, pelado)…
Imagine esse tipo de charge, não com o papa, não com os Felicianos ou Malafaias da vida, mas com as figuras do panteão cristão, toda semana uma mais sacana que a outra…
Ahhhh, meu caro Miguel, posso lhe antecipar que as atitudes de muitos cristãos (inclusive os mais pacíficos) seria de fúria… As ações fundamentalistas contra cinemas que, lá nos anos 90, exibiram o filme “A Última Tentação de Cristo”, iriam ser marolinha diante do tsunami que os tais chargistas da sacanagem de Cristo iriam sofrer…. seriam mortos? Talvez sim, talvez não… afinal… gente louca e fundamentalista tem em toda parte…
Significa que os chargistas mereceram morrer ou que a violência das charges contra o profeta justificam a barbárie cometida contra eles? Em hipótese nenhuma. NADA justifica aquela barbárie… nem ela, nem a de nenhum outro.. mesmo que não mereça os olhos da mídia mundial.
Apenas acredito que a esquerda deve ter consigo a palavrinha ética ao criticar o sistema… ou poderá ser tão maldosa quanto a direita…
grande abraço
Parabéns, Ana Maria. O Miguel e outros fingem que não sabem disso e acusam os outros, nós, de intolerantes, e fazem assim, o papel que a direita islamofóbica e fascista espera deles.
Não Orlando. Aqui, na França, toda a esquerda se mobilizaram contra o fascismo clássico e TAMBEM contra o Islamofascismo.
Ana Maria, parabéns pelo comentário.Tem mais: o grande Siné foi defenestrado do Charlie Hebdo por ter feito uma sátira por eles, iconoclastas, considerada antissemita… Siné ganhou o processo.Abraços,Luís Guedes.
Ana Maria, eles fizeram com Jesus também.
Olha só que absurdo!
https://www.facebook.com/OCafezinho/posts/854568094566325
Críticas “as mais sacanas” a figuras públicas é baixaria. Se não queremos que façam com quem prezamos, não devemos apoiar que façam contra quem não gostamos.
Concordo com tudo que a Ana escreveu.
Existem certas coisas com as quais não se “brinca”.
Na França, os ateus são a maioria. Mas se encontrarmos um padre em sotaina ou uma mulher com um véu sobre sua cabeça, não matá-los. Eles são um ataque contra a Razão, mas nossas leis laicas proteger eles. Sim, a França temos o direito de acreditar, mas não de matar aqueles que pensam de forma diferente.
Desculpe, eu não falo bem em Português. Leia este outro artigo.
http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/166893/A-Fran%C3%A7a-de-Voltaire-e-Charlie.htm
Ana Maria
Pra mim, foi o texto definitivo sobre este triste episódio.
Nada a acrescentar.
Lúcido.
Parabéns!
Realmente, Miguel, você contextualizou muito mais a linha do jornal para nós. Quanto a Arabia Saudita, é muito confuso, pois é um dos “estados mercenários” dos EUA (cf. Chomsky). Eu concordo com alguém que disse aqui que o problema e polêmica surgiram com o slogan eu sou charlie, propôs um alinhamento total e automático. Como já disse, para mim o problema foi o slogan ter vindo junto com aquela linha de frente poderosa da marcha. Se tivesse vindo só com civis acho que o simbolismo seria outro. Abraços, obrigada pelos esclarecimentos sobre o jornal, e me indique uma conta onde eu possa depositar uma parca quantia que seja para ajudar no processo Kamel, de grão em grão, ajudamos
O Miguel está justificando como e porque viajou a Paris, penso que era desnecessário essa explicação pois hoje em dia não é mais preciso ser milionário para isso. Mas as explicações seguintes o coloca no mesmo time que combate diariamente, ou seja, da extrema direita que irá usar os 12 mortos para justificar ataques que matarão milhares de inocentes. O fato de condenar o assassinato dos “humoristas” não faz mudar minha opinião opinião de que para eles “pau que dá em chico NÃO dá em François”.
Cara. Durante esses dias li de tudo contra e a favor, inclusive o seu primeiro post, e achava todas as argumentações convincentes. Esse outro é definitivo. Realmente esse seu trabalho é um bom começo para entendermos os contextos que as charges foram feitas e o histórico do Jornal. Isso realmente é um trabalho útil de jornalismo, um trabalho original em meio a essa bagunça de reprodução e compartilhamento. Parabéns e curta Paris.
Muito bom o texto, bastante esclarecedor. Penso da mesma forma também. Não há justificativa para os ataques a um jornal que utilizava a sátira na forma de charges para provocar reflexão.
Obrigado pelo comentário. O que você defende, como eu, é o direito à crítica, o direito a insolência – mas não o direito de assassinato.
Na minha opinião, as religiões monoteístas e prosélitas são perigosas. No Brasil, terreiros de Candomblé foram queimados. Porquê?
Não é por nada, não…, mas será que o Miguel, a quem muito respeito, não consegue ser mais conciso ?!? Será que ele sempre terá de escrever uma tese de doutorado para defender sus pontos de vista !?
JE SUIS CHARLIE, na medida em que NINGUÈM merece ser morto por fazer piada, no máximo levar umas biabas na oreia, e
JE NE SE PAS CHARLIE, na medida em que a morte dos desenhistas malas, que não faziam piada com judeus e banqueiros, é utilizada pelo STABLISHMENT para defender a manutenção de sua DITADURA MUNDIAL DO CAPITAL.
CAPICE !?!?
“O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO de SONEGAÇÃO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO de SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
Mas ás vezes eu penso que o MIGUEL, foi picado por uma espécie de mosca azul… Explico: ele tem sempre uma necessidade narcisistica e mórbida de mostrar que é cultíssimo e refinadíssimo, como se isso fosse a garantia da isenção de suas análises, o que, lá pelas tantas, é um PORRE !!!
“O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO de SONEGAÇÃO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO de SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
PAU NO CÚ DE TODO MUNDO !! Tudo o que respira esta sujeito à sátira, pois todos, sem exceção, estamos sujeitos à MORTE, e sem sequer saber o que é isso, ou o que vem depois, se é que há depois …. Capice ?!? E nessa estrada, ‘quem saberia perder’ !?!?
“O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO de SONEGAÇÃO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO de SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
Só o povo é que sempre perde para a ‘esperte$$$$$a’ dos poderosos endinheirados… Eles dizem que é isso, a sua ‘malandragem & esperteza”, que impulsiona a humanidade para ‘frente’, a meu ver, é isso que mantém a humanidade patinando sem sair do mesmo lugar, desde sempre. Há controvérsias. Que bom…
“O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO de SONEGAÇÃO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO de SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
Pense: um jovem negro ao ver a foto de uma pessoa com seu biotipo travestida de mamaca. E quando chega na escola sofre buling por meninos que se apoiam no jornaleco.
Você leu o texto ou veio aqui só pra discordar?
OK Miguel, você é Charlie.
Mas, que tal ler com atenção o que segue:
http://www.globalresearch.ca/paris-charlie-the-shock-doctrine-par-excellence/5424960
O que meu humilde olhar revela é que, quando a defesa é difícil, precisamos de um tratado.
Ok
Mas ficar fazendo troça de quem já está lascado não ajuda, por melhor que sejam as intenções (que aliás tem de monte no inferno…)
Acho que falta inteligência, humor negro ou não, estão a séculos fazendo “graça” com minorias, está faltando alguém com uma proposta diferente, que sacaneie quem realmente é responsável pelo sofrimento das pessoas em zonas de conflito e não por todos no mesmo balaio…
Humor de baixo nível é humor de baixo nível, seja ele pró-esquerda ou pró-direita. Humor desnecessariamente ofensivo e desrespeitoso. O que obviamente não justifica a loucura dos fanáticos assassinos. O problema é o que está por trás da repercussão estrondosa que houve.
A principal questão nesse caso é que, claramente, a mídia e outras forças políticas de direta estão se aproveitando do “atentado contra a liberdade de imprensa” para reforçar o absolutismo da mídia, braço do poder econômico. Nesse sentido, o fato de o jornal ser de esquerda é irrelevante. O uso político do caso é contra a esquerda. A mídia é tão poderosa e manipuladora que consegue levar milhares de pessoas as ruas (e publica que foram milhões…) e o mundo todo fica chocado e só falando sobre esse assunto (o assassinato de cerca de 17 pessoas) quando há dezenas ou centenas sendo mortos pelo terrorismo imperialista todos os dias, quando dezenas de brasileiros são mortos diariamente pela violência, pelos assaltos. A criminalidade e homicídios tem aumentado assustadoramente em SP nos últimos meses e nada sai na mídia. Mas o mundo todo foi levado a consternar-se com o caso do jornal, porque a mídia mundial impôs isso e com propósitos claros.
Interessante sua visão do Charlie Hebdo, bem documentada porem incompleta.
Faltou Deus filho enrabando Deus pai .
faltou explicar a demissão do cartunista que ousou criticar Judeus ( na historinha do filho do Sarkosy, Charlei : ou se retrata ou rua acabou dando rua, onde foi parar a liberdade de imprensa, o ideal de liberdade? Só vale para por na bunda de Maomé e Católicos.
Faltou falar que os chargistas eram judeus .
Faltou informar a tática do jornal de dar 10 no cravo e uma na ferradura , para ter um álibe , e poder continuar a mandar chumbo contra católicos e mulçumanos , sistemáticamente.
Com relação a teoria da conspiração , é meio esquisito , aqui se vê , Gerald Thomas judeu defendendo com unhas e dentes , Dan Stulbach idem , revista veja igualmente judia e e poderia ficar a aqui descrevendo outros mais defensores da liberdade de imprensa judeus, que empregam a tal Sherazade , enfim no creo en las bruxas , pero que las hay , hay. Não estou absolutamente defendendo o bárbaro assassinato dos judeus do Charlie , mas tem muita coisa estranha aqui e fora daqui , Como Banco Lemann Bros , George Soros e uma dezena de banqueiros judeus a esfolar as economias do mundo, pega-se a lista das maiores fortunas aqui e fora daqui, são judeus, a imprensa na maioria dos paises está nas mãos de judeus , nos Estados Unidos é ainda mais descarado , cinema , jornais e redes de tv, domine os bancos com seus juros e a imprensa , dominará a opinião publica. Aqui por muito pouco esta imprensa não jogou o pais novamente nas mãos de banqueiros inescrupulosos. Não estou falando aqui do povo judeu , temos pessoas fantásticas na comunidade judaica , mas ESTA ELITE QUE COMANDA O MUNDO , teria que ser desmascarada, como fazer isto sem crucificar todo uma comunidade honesta, é a questão. Não sou Charlie , defendo a liberdade de imprensa mas não a vendida , desculpe é só uma visão
Faltou, mas a charge existe. É sobre o casamento gay. Procure!
Isso não é verdade. Estávamos entre 3 e 4 milhões de manifestantes nas ruas das cidades da França. Franceses de todas as condições, de todas as cores, de todas as idades. A França não conheceu tamanha mobilização desde a Liberação, ao fim da guerra mundial. É como se houvesse 12 milhões de manifestantes no Brasil. Tolerância, liberdade de expressão, anti-racismo, fraternidade: é a França que eu amo. Eu amo tambem o Brasil: o Brasil, mas não “Veja” e a desinformação.
Interessante sua visão do Charlie Hebdo, bem documentada porem incompleta.
Faltou Deus filho enrabando Deus pai .
faltou explicar a demissão do cartunista que ousou criticar Judeus ( na historinha do filho do Sarkosy, Charlei : ou se retrata ou rua acabou dando rua, onde foi parar a liberdade de imprensa, o ideal de liberdade? Só vale para por na bunda de Maomé e Católicos.
Faltou falar que os chargistas eram judeus .
Faltou informar a tática do jornal de dar 10 no cravo e uma na ferradura , para ter um álibe , e poder continuar a mandar chumbo contra católicos e mulçumanos , sistemáticamente.
Com relação a teoria da conspiração , é meio esquisito , aqui se vê , Gerald Thomas judeu defendendo com unhas e dentes , Dan Stulbach idem , revista veja igualmente judia e e poderia ficar a aqui descrevendo outros mais defensores da liberdade de imprensa judeus, que empregam a tal Sherazade , enfim no creo en las bruxas , pero que las hay , hay. Não estou absolutamente defendendo o bárbaro assassinato dos judeus do Charlie , mas tem muita coisa estranha aqui e fora daqui , Como Banco Lemann Bros , George Soros e uma dezena de banqueiros judeus a esfolar as economias do mundo, pega-se a lista das maiores fortunas aqui e fora daqui, são judeus, a imprensa na maioria dos paises está nas mãos de judeus , nos Estados Unidos é ainda mais descarado , cinema , jornais e redes de tv, domine os bancos com seus juros e a imprensa , dominará a opinião publica. Aqui por muito pouco esta imprensa não jogou o pais novamente nas mãos de banqueiros inescrupulosos. Não estou falando aqui do povo judeu , temos pessoas fantásticas na comunidade judaica , mas ESTA ELITE QUE COMANDA O MUNDO , teria que ser desmascarada, como fazer isto sem crucificar todo uma comunidade honesta, é a questão. Não sou Charlie , defendo a liberdade de imprensa mas não a vendida , desculpe é só uma visão
Na França, temos também sub-educados que acreditam em teorias da conspiração. É patético, mas é assim. É fácil “acreditar” as coisas simples. É fácil : tudo o que você precisa é de um pouco de imaginação e de “acreditar” que existe uma realidade por trás da realidade! Rsrsrsrs! Um segredo: Lula é um muçulmano escondido!
Belíssimo post! É impressionante a quantidade de besteiras que tem sido ditas, principalmente pela blogosfera progressista aqui do Brasil, sobre o Charlie. E centenas de comentaristas que nunca viram uma edição do Charlie acusando-se de tudo aquilo que ele sempre criticou! Abs
Olha Miguel, é inegável o caráter progressista de alguns trabalhos do Chalie, inclusive gosto de uma Charb que satiriza o nacionalismo burguê e as guerras, porém você tem outras charges que são claramente islamofóbicas…trabalhos dignos da Frente Nacional de Le Pen…Vou citar uma como exemplo, pois é a que me chama mais atenção…Um Mulçumano segura o Al-Corão e tiros de metralhadora atingem-o e também atingem o livro sagrado do islã. Está escrito acima da imagem: “O Al-Corão é uma merda”…isso ofende um povo e sua cultura…Mulçumanos que na França formam uma das comunidades mais estigmatizadas por suas condições e pela islãmofobia crescente desde a crise de 2008.
Miguel, você é um dos melhores analistas da blogosfera. Disponibilize uma conta corrente, para que a gente possa ajudar no pagamento do processo.
Agora é tarde! A Globo, no afã de tirar proveito do Charlie, tentando transformá-lo em uma das bandeiras que tenta barrar a regulação da mídia, decepou um de seus pés no momento em que algum de seus talentosos cérebros teve sucesso ao sugerir que ela fizesse uso de uma maciça cobertura sobre o atentado. O grande erro é que Charlie Hebdo é exatamente tudo o que a Globo covardemente, no Brasil, elege como inimigo e os combate,tentando fazê-los se calarem ate se extinguirem, através de processos cujo o alvo principal é a perda financeira, em consequências das multas aplicadas pelo seu benevolente amigo judiciário. Essa bomba relógio, inserida pela própria Globo, possui um altíssimo poder de destruição, devido a grande e ingênua contradição cometida por ela. O tempo passa e cabe a nós denunciarmos essa grande e burra contradição para mostrar ao Brasil e ao mundo essa deprimente, tendenciosa e abusiva manipulação, tão comumente usada pela Globo e pela grande mídia brasileira.
“Frente Nacional, fascistas, Le Pen? Partidos marxistas? Ah, não acredito em rótulos. Somos sem-partido…”
Os terrorista que atacaram a Charlie acharam que não existe mais diferença entre direita e esquerda.
O programa coxinha globalizado.
Parece então que eu julguei errado o jornal. Mas ainda não estou convencido de que “o humor não tem limites”, nem que “tudo pode para fazer rir”. Não pode, para muitos muçulmanos a religião não pode ser guardada na gaveta quando se vai ao clube, quando se vai ao trabalho, como se faz no Brasil, a religião é parte do sujeito. Assim como não caberia caracterizar um negro como macaco ou assim como muitos libertistas não aceitam caracterizar um homossexual como um veado para fazer rir quem quer que seja, não poderia haver caracterização dos simbolos religiosos muçulmanos de forma pejorativa.
Apoio total ao colunista na luta contra a turma do “MAS”, OS que dizem “lamentamos as mortes MAS…. e aí vem um monte de bobagens.