Alguma surpresa? Globo e Cunha são unha e carne. Para a Globo, Cunha é fundamental para deixar o governo sempre sob ameaça do impeachment, de um lado, e travar qualquer debate sobre democratização da mídia, de outro. Para Cunha, a Globo é fundamental para lhe blindar de qualquer denúncia.
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TV GLOBO: Jornal Nacional atua como assessor de imprensa de Eduardo Cunha
Presidente da Câmara é acusado de arquitetar requerimentos de informações sobre empresa contratada pela Petrobras que teriam sido feitos como forma forçar pagamento de propinas; jornal ‘esconde’ a notícia
por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual
publicado 10/05/2015 11:19
Apresentador William Bonner leu a notícia sem a ênfase tradicional dada às notícias que envolvem o PT
Um dos fatos jornalísticos importantes na quarta-feira (6) foi o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A diligência foi pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e autorizada pelo ministro do STF Teori Zavascki, dentro do inquérito que investiga o suposto envolvimento de Cunha na Operação Lava Jato.
Cunha esta sendo acusado de ter arquitetado a elaboração de dois requerimentos de informações sobre uma empresa contratada pela Petrobras que, segundo delação do doleiro Alberto Youssef, teriam sido feitos como forma de pressão para o pagamento de propinas. Os pedidos foram apresentados na Câmara em 2011 pela hoje prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Pereira de Almeida, na época suplente de deputado. Mas registros eletrônicos mostram Cunha como autor desses requerimentos.
Durante delação premiada, o doleiro Alberto Youssef afirmou que Cunha receberia propinas sobre um contrato de aluguel de navio-plataforma das empresas Samsung e Mitsui com a Petrobras. Disse que quem intermediaria o pagamento ao PMDB seria Júlio Camargo, representante das empresas. E que as empresas suspenderam o pagamento da comissão a Camargo, o que interrompeu os pagamentos ao PMDB. Youssef disse que Eduardo Cunha pediu “a uma comissão do Congresso para questionar tudo sobre a empresa Toyo, Mitsui e sobre Camargo, Samsung e suas relações com a Petrobras, cobrando contratos e outras questões (…) este pedido à Petrobras foi feito por intermédio de dois deputados do PMDB”. Segundo o doleiro, seria para fazer pressão sobre as empresas para retomar os pagamentos.
O que reforçou as suspeitas do Ministério Público Federal foi o fato de que os requerimentos mencionados por Youssef de fato foram apresentados na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara por Solange Almeida. Ela assumiu ser a autora do requerimento, mas demonstrou não dominar o assunto, parecendo não ser ela a mentora do requerimento. Tanto Solange como Cunha admitiram que assessores do atual presidente da Câmara ajudaram a elaborar e redigir o documento.
As propriedades digitais do arquivo com o texto do requerimento que estava no site da Câmara, onde aparecia o nome do autor do documento: Eduardo Cunha. Esta notícia levou Cunha a demitir o diretor do Centro de Informática da Casa, Luiz Antonio Souza da Eira. Já ex-diretor, Eira prestou depoimento ao Ministério Público, que teria sido a gota d’água para pedir o mandato de busca e apreensão.
Essa é a notícia, e seria salutar que o Jornal Nacional, depois de narrar os fatos, objetivamente ouvisse a versão de Cunha. Mas o jornal inverteu as bolas. Colocou como protagonista da notícia não o fato, mas a defesa de Cunha, a começar pelo título “Presidente da Câmara classifica busca de documentos desnecessária”. O texto sucinto, bastante ameno, foi apenas lido batido pelo apresentador William Bonner, sem infográficos explicativos que contextualizem os fatos, sem imagens da operação de busca, sem declarações de viva voz de Cunha, nem de nenhum membro do Ministério Público. Completamente diferente de como são noticiadas outras ações da Operação Lava Jato quando os alvos foram pessoas ligadas ao PT.
Na prática, o jornal minimizou a notícia e praticamente fez o texto que a assessoria de imprensa do deputado faria. Um vexame jornalístico.
A diferença de tratamento no noticiário para fatos idênticos – e que teriam maior dimensão pelo cargo que Cunha ocupa –, conforme o alinhamento político com os interesses da emissora, demonstra a clara parcialidade do jornalismo. Persegue os “desafetos” que pensam e agem diferente dos interesses da emissora, enquanto protege os “amigos”, alinhados com os interesses empresariais, econômicos e de poder.
Cunha tornou-se “amigo” da mídia oligárquica ao declarar-se contrário a qualquer marco regulatório para democratizar as comunicações. Tem colocado em votação a pauta conservadora e reacionária pedida em editoriais do jornal O Globo, como o Projeto de Lei 4.330, da terceirização ilimitada, que precariza os direitos do trabalhador. E promoveu uma sessão solene na Câmara para bajular os 50 anos de fundação da TV Globo, apesar de a emissora ter apoiado a ditadura, que chegou a fechar o Congresso por mais de uma vez. Além disso, volta e meia, tem espezinhado o governo Dilma com uma pauta oposicionista bem ao agrado do jornalismo que a Globo vem praticando.
Não é a primeira vez que o JN protege Cunha de desgastes políticos, minimizando uma notícia desfavorável a ponto de praticamente retratá-lo como vítima acima de qualquer suspeita. Na noite do último dia 28, quando a Folha de S.Paulo publicou o documento citado acima, o telejornal deu vexame semelhante em uma matéria com o título “Cunha nega autoria de requerimento sob suspeita na Operação Lava Jato”.
Em entrevista ao programa Fantástico no ano de 2011, a então entrevistadora Patrícia Poeta perguntou à presidenta Dilma Rousseff sobre “toma-lá-dá-cá” nas relações com parlamentares. Talvez encontrasse respostas nas atuais relações fraternas de Eduardo Cunha com a emissora em que trabalhou.
14 respostas
De tão indignado não terminei de ler o texto. Desculpe Fernando. Tive ânsia de vômito. Ladrão que proteje ladrão nunca deveria sair da prisão. Ultimamente não tenho conseguido terminar os artigos relativos à política e ao judiciário brasileiro. Dos quatro poderes existentes no regime político brasileiro, o mais corrupto é o judiciário porque os demais são minimamente fiscalizados. O Executivo é o mais fiscalizado, pelo legislativo, imprensa, judiciário e o povo. O poder Legislativo pela imprensa e pelo povo, e o poder da Globo(o mais poderoso) também é fiscalizado pelos blogs sujos, mas o Poder Judiciário ninguém fiscaliza. A juizada hoje, pinta, borda, dança, brinca e faz o que quer com os demais e com o povo.
William Bonner pode deixar Jornal Nacional, mas veta substituição por Evaristo Costa
10 de Maio de 2015 – 10:40
O editor chefe e apresentador William Bonner poderá deixar o Jornal Nacional para assumir outro programa na Rede Globo. De acordo com informações da coluna de Fabíola Reipert, no portal R7, a saída do marido de Fátima Bernardes da atração ainda não tem data definida, mas uma restrição é certa. Segundo a colunista, Bonner vetou a substituição por Evaristo Costa.
FONTE: http://www.bahianoticias.com.b…
Penso que se realmente for verdadeira essa notícia
deveríamos ver isto como uma vitória do povo contra
a Vênus platinada e o seu editor do JN. Os militantes e simpatizantes do PT, as redes sociais contribuíram com para com isto.Agora falta o Governo Federal fazer a sua
parte diminuir o seu Bônus, pelo o menos isso, já q tudo indica é inviável colocar em ação uma Democratização da Mídia.
A democratização da mídia depende de lei. E que é que vai congresso aí,votar essa lei? Esse aí, composto em sua grande maioria por membros da bancada BBB – Boi, Bala e Bispo? Melhor esquecer.
Nosso maior problema é o Congresso Nacional, hoje formado por parlamentares que na sua maioria não representam os cidadãos brasileiros, embora por eles tenham sido escolhidos, mas aqueles que financiam suas campanhas eleitorais. Um Congresso ciente dos interesses do país e da soberania dos cidadãos enquadraria os demais poderes e os seus operadores numa legislação voltada a assegurar a vontade dos cidadãos formada de modo livre, sem manipulação de interesses particulares.
Para nós, eleitores, a globosta manda a música Todo o dia é dia de índio, índio que ela caça se não andar no plim-plim dela. A verdade é que ela trocou a letra da música e canta todo dia desesperadamente: Todo dia é dia de impítiman.
Com esse ‘aperto de mãos maçônico’, o parlamentino (parlamento cretino) do ‘breZeew’ se coloca definitivamente de joelhos, LEWINSKYANAMENTE, para a globo. DISGUSTING …
“O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
O que significa se colocar de joelhos perante a providên-‘CIA’ divina. Capice !?!
“O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
Eles PASSARÃO. O BRASIL ‘passarim’ …
“O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
Esse Eduardo Cunha é meio parecido com o Dick Vigarista né não? … Não, o Dick Vigarista é menos ruim que ele.
O toma lá, dá cá que a famiglia Marinho faz com o Achacador Cunha mostra o quanto a famiglia Marinho achaca a verdade e o quanto o Achacador Cunha é um pilantra do mesmo naipe da famiglia Marinho.
…encontro de vira-latas…num parque público…
Vocês poderiam fazer uma matéria onde juntasse todas as manchetes políticas desse ano publicadas pela Globo para comparar o tratamento que é dado dependendo do partido ou do político.
Enquanto a GLOBOSTA blinda a a terceirização da ovelha negra Eduardo Cunha,a RECORD acabou de mostrar o ESCRAVISMO.Mas de VINTES EMPREGADOS encarregados de
manutenção da estrada Fernão Dias, entre BH e SP.Comiam marmitas azedas,calças remendadas com arrame,um senhor com mais de 50 anos sem ferias.Sem equipamentos
de seguranças,a roçadeira ancoradas com uma correia esfarrapada.O ônibus com os pneus carecas.ficam nas estrada por 45 sem descansos e alojamentos com colchões no chão.Esta é a TERCEARIZAÇÃO DE QUE SE DIZ CRISTÃO;E DE UM TAL PAULINHO DESEMANO.