Ridícula a reação da imprensa explorando o fato de atletas brasileiros que são militares fazerem continência nos pódios do Panamericano de Toronto.
Isso, sim, é exploração de preconceitos imbecis contra as instituições militares, que além de todas as suas outras enormes funções têm, naturalmente o papel de formar atletas em suas tropas, porque é obvia a pertinência de atividades físicas no cotidiano de Exército Marinha e Aeronáutica.
São 130 militares atletas em nossa delegação de 600, uma marca que mostra a importância desta união entre o serviço militar e a prática esportiva, com benefícios para todos, sobretudo para a representação esportiva brasileira.
Ainda mais quando estes rapazes e moças, com sua honrada profissão, só deveriam ser aplaudidos por sua atitude de reunir a ela o decoro e o respeito que militares de verdade se impõem.
Muito bacana que, por força de sua formação e atividade, reproduzam o gesto que, nos quartéis, fazem ao hastear-se a nossa bandeira, mostrando que o amor à Pátria não se divide entre estar portanto um uniforme militar ou agasalhos e roupas de esportistas.
Principalmente em nosso país, com antos traumas relativamente recentes, que bom que se possa recuperar, pelos melhores exemplos, a admiração pelos nossos militares que, ao contrário de muitos, têm tido um comportamento exemplar de acatamento das regras democráticas!
E se as Forças Armadas sugeriram que prestassem o sinal de respeito, fizeram muito bem. Se podem colocar a bandeira às costas, beijá-la, conduzi-la em comemoração, porque é que não podem prestar continência?
É muito bom que nossas instituições militares sejam admiradas por gente que vai competir de igual para igual com gente vinda de todas as partes do mundo, em clima de amizade e fraternidade, em lugar de serem vistas por muitos que se servem da farda – ou de imitações dela, como aquele energúmeno que humilhou o pobre haitiano – para espalhar brutalidade, intolerância e – algo caríssimo entre esportistas e militares – respeito às regras pelas quais se vence ou se perde com honra, valentia e pudor.
Pode crer que quem faz isso quer alimentar a velha, falsa e inaceitável contradição entre os militares e o pensamento progressista.
E que nunca souberam, ao contrário dos valorosos atletas brasileiros, vencer segundo as regras que valem para todos.
Tomara que todos eles possam bater continência subindo ao pódio, porque é o Brasil vencendo com eles, de cabeça erguida e não com este “mimimi” sórdido, que, este sim, é um desrespeito aos atletas e ao país.
27 respostas
CURIOSIDADE: A origem dessa saudação militar remonta à Idade Média, inicialmente como sinal de respeito usado apenas para os reis. Ao se apresentarem diante do seu soberano antes de uma batalha, os cavaleiros, vestindo armaduras, eram obrigados a usar a ponta dos dedos da mão direita para erguer a viseira do elmo, o capacete medieval: assim teria surgido o gesto. Ele era também um sinal de paz, pois demonstrava que a mão usada para manejar a espada estava vazia; e, enquanto mantinha a mão no elmo, o cavaleiro ficava impedido de sacar a arma, evitando reações hostis. Com o tempo, o costume espalhou-se entre os membros de um mesmo exército: a mão levada à testa passou a representar, então, um cumprimento amigável – e servia também como uma espécie de senha, pois tinha muitas variações para confundir os inimigos. Os militares franceses, por exemplo, até hoje cumprimentam-se com a palma da mão voltada para a frente – já os brasileiros batem continência à moda prussiana, com a palma da mão para baixo.
***Concordo totalmente com seu texto FB. Acho particularmente de uma demonstração cívica de arrepiar o respeito ao pavilhão nacional e, por conseguinte, o nosso querido Brasil. É muito bacana o que eles fazem***
Os atletas “militares” não fizeram carreira dentro do exército, não prestaram concurso para ingressarem no exército e seguir dentro da carreira militar como ocorre com aqueles que prestam o concurso, passa, faz escola de formação e depois da seguimento a sua carreira militar nas Forças Armadas. O que ocorre é que foi feito uma parceria entre o Ministério dos Esportes e as Forças Armadas desde 2008 visando os jogos Olímpicos de 2016 no Rio, para que esta recrutassem os atletas de ponta para “servirem” as Forças Armadas como atletas e, assim, poderem participar das competições dos jogos militares. Com isso propiciou aos atletas uma sustentabilidade financeira e as Forças Armadas ter um corpo de atletas competitivos para as competições que disputar nos jogos militares. As Forças Armadas pagam o salário e o governo financia as viagens. O atleta “militar” é incorporado como terceiro sargento, faz um curso básico de 3 semanas, que não se compara com o curso de preparação de um sargento que presta o concurso, e recebe um salário que fica por volta de uns 4 mil reais.
http://rederecord.r7.com/londres-2012/noticias/um-quinto-dos-atletas-brasileiros-nos-jogos-olimpicos-e-militar/
P.S
Eu prestei serviço militar no Exército já faz mais de 20 anos. Não sei se mudou os protocolos quanto a prestar continência, mas na minha época só poderia prestar continência se o militar estivesse fardado e com cobertura(cobertura era nome que se dava a boina, quepe ou chapéu na cabeça). Se o militar estivesse fardado completo e com a boina, quepe ou chapéu na cabeça deveria prestar continência e posição de sentido, se estivesse fardado e sem boina deveria ficar somente posição de sentido. Se estivesse trajado civilmente somente deveria ficar em posição de sentido sem prestar continência.
Caro, Mário Gaspar,
Atualmente é dever do militar prestar continência – mesmo sem cobertura – ao superior hierárquico e aos símbolos da nação, sobretudo a bandeira nacional.
Tem certeza que você serviu o EXERCITO.
Não sei porque você questiona isso prezado Henrique de Oliveira,regulamentos,normas, fardamentos etc costumam mudar ao longo do tempo, na minha na época em que servi era da forma que relatei, 1991-92 Rua Tutoia CMSE. Tem um comentário abaixo do Vixe, que faz um relato parecido com o meu. Quando eu entrei a instrução mudou sobre não usar cobertura em local coberto. No meu tempo era obrigatório usar em qualquer lugar. Recebemos uma instrução inicialmente em que o soldado deveria retirar a cobertura se adentrava em local coberto, depois sobre esta instrução foi dado “última forma”.
Eu servi na Aeronáutica – Base Aérea de Canoas – na década de 80 e os regulamentos de continência eram como o Márcio Gaspar relatou. Mas, provavelmente, durante a redemocratização os regulamentos mudaram, o que eu acho salutar.
Caro, servi o quartel muito antes de você. Realmente, lá nos anos oitenta apenas os americanos prestavam continência sem os chapéu ou capacete ou que o valha.
Como também ao hastear a bandeira e tocar o hino, os civis punham a mão direita no coração e não se aplaudia após o hino.
Hoje os tempos são outros e essas formalidades foram perdendo o sentido.
Quanto à prestar concurso ou simplesmente ser recrutado, não esqueça que, em tempos de guerra, mesmo quem não teve nenhum treinamento militar pode ser convocado.
Médicos e outras profissões tem tratamento diferenciado quando da admissão nas forças armadas. O fato de atletas, isso se for como diz, terem algum tratamento diferenciado já se justifica serem atletas de ponta, o que engrandece as Forças Armadas.
O Pelé serviu ao Exército embora teria facilidades de sair livre.
Não sei se isso que diz é crítica ou mera informação.
Prestar continencia em uma cerimonia oficial onde o militar representa a naçao e sim recomendada pelo estado maior a chancelaria diplomatica mesmo que o militar possa estr vestido com uniforme de campo ou abrigo esportivo conulta feita a um coronel que serviu em embaixadas no estrangeiro e parabens a esses grandes brasileiros medalitas olimpicos no pan/canada e Brasil brilhando nos podiuns internacionais.
Nos meus tempos de Quitaúna, Osasco, só se prestava continência fardado, com “cobertura” (quepe) e se estivesse em local coberto não se usava nenhum tipo de cobertura (quepe) e não se prestava continência, somente se ficava em posição de sentido.
Mudaram o regulamento???
Todo brasileiro deve respeito diante da Bandeira e do Hino Nacional, seja civil ou militar. Ninguém nasce militar, todo militar já foi um civil, e a continência é uma saudação, um gesto de respeito. Então, o que vale é a saudação.
As atletas militares estão devidamente fardadas, porque a farda de atleta é esta que se vê, sem cobertura (boina). A única coisa estranha é a crítica negativa sobre algo que não tem defeito. Mas vindo de onde veio, nenhuma surpresa.
A foto das atletas ficou bonita, tudo muito elegante e nos conforme da cidadania. Gostei muito, até salvei a foto. Parabéns para as garotas do Brasil.
E para concluir cito: “Não se ama a pátria porque ela seja grande e poderosa, mas porque é a nossa pátria”. [Sêneca (4aC-65dC), filósofo romano].
Eles demonstram respeito aos Símbolos da Pátria chamada Brasil.
O pig não sabe o que é respeito.
Caro Fernando Brito, sou militar do Exército e compartilho integralmente de sua opinião. Seu blog é uma ilha de lucidez num mar de obscurantismo
Eu também compartilho Cláudio ,em um pais onde a malta de internacionalistas,entreguistas e sem patria, trabalham diuturnamente pela dissolução da unidade nacional,pela erradicação do civismo e também da civilidade,pela entrega das riquezas nacionais a alienígenas, honrar a bandeira vira motivo de polêmica barata.
Esta canalha gosta de patriotismo de norte americanos, que é o país que eles admiram e lutam de todas as formas para se tornarem cidadãos,sabem inclusive o hino yanque de cór.
Parabéns atletas, pelas medalhas e pelo respeito e homenagem ao Brasil e ao EB.
RICARDO EB sempre ,11 BIB Campinas SP.
A imprensa achou estranho, mas eu sinceramente fiquei emocionado em ver os atletas prestando continência à bandeira. Fui militar e apoio toda a ação que engrandece a nossa pátria.
Fui estudante de colégio militar , sei q há a regra de só fazer o gesto se fardado e com cobertura, mas toda regra torna-se maleável no momento de triunfo. Vamos ver se esses atletas serão punidos em seus quartéis?
Provavelmente a crítica vem da globo, revoltada por não estar transmitindo os jogos. Até torcem para o nosso fracasso no pan. Por mim expulsava-se todos eles do Brasil
Fernando: esse é o exato pensamento da elite —que as forças armadas foram criadas somente para depor governos populares. Exclusivamente, para dar tiro, prender e torturar qualquer que represente uma ameaça às suas gordas fortunas. Dai, acharem inútil que militares tenham pensamento e atos voltados à questão social, treinando, orientando e abrigando jovens que dificilmente encontrariam este tipo de apoio para desenvolver seu lado esportivo na iniciativa privada, comanda por eles. Seus adolescentes vão para o exterior exercitar os dotes esportivos, com treinadores afamados e academias sofisticadíssimas. Os do povo estes têm mais e que penar nas indústrias e comércios que dominam. A grande mídia esta apenas fazendo seu papel, que é a defesa dos interesses econômicos e políticos de seus donos. Além, evidentemente, de venderem espaços comerciais. Por isto não estranhei a campanha difamatória e covarde deles. É do DNA dos canalhas.
O regulamento permite, não permite, tem que estar assim, tem que estar assado.
Que relevância tem isso?
O que diz essa foto (e o gesto de todos os outros que o possam ter feito)?
Diz que essas moças se sentem brasileiras. Diz que essas moças sentem orgulho, orgulho imenso, enorme, incontrolável, de servirem à sua Nação, de duplamente servirem seu país, como atletas e como militares.
Essas meninas nos mostram que nossas Forças Armadas podem ser, como todas são, dos EUA a China, da França a Cuba, conservadoras. Mas ainda são capazes, e muito, de ensinar respeito e amor por nosso país.
Estou envelhecendo, mas ainda encho os olhos d´água quando ouço nosso hino em solenidades importantes. Ainda canto o hino de pé, no meio da sala, quando passa na tv o desfile da Independência (aquele que um traidor disse ser palhaçada…). Tenho fé e esperança que a geração dos meus netos será orgulhosa desse Brasil, dessa terra que ainda vai cumprir seu ideal.
Deixemos que os vira-latas façam o que lhes cabe melhor: latir enquanto a caravana de um novo Brasil passa.
”…fazem ao hastear-se a nossa bandeira, mostrando que o amor à Pátria….”
Mas os milicanalhas de ontem também batiam — e batem — continência no hasteamento da bandeira.
E acho que o respeito das regras democráticas não passa de ”sil?ncio estratégico” como disse o grande (militar) Luiz Carlos Preste. Querem respeitar a democracia? Então por que forçaram a barra anistiando oficiais das FFAA, torturadoes e ladrões, que estão ainda saldamente no poder nestes ultimos 25 anos??
Muito bom o teu texto, Brito.
Achei belíssimo o gesto das atletas, sem cogitar de minúcias regulamentares.
Para mim demonstraram claramente seu respeito a nossa bandeira e as suas instituições .
Perfeito.
Arguir nesse momento os pecados do passado das FFAA é redução.
Qualquer ação humana está sujeita a erros e devem ser examinados no espaço próprio. Fazer do passado maldição eterna é desconhecer nossa existência. Erramos e acertamos. E as instituições, sejam elas quais sejam, não podem ser penalizadas por ações individuais.
Temos diante de nós dois exemplos: FFAA e Petrobras.
Em nenhum dos dois casos podemos demonizar as instituições por ações de indivíduos nelas insertos.
Ambas merecem nosso respeito e orgulho pelo que são.
A atitude é linda e maravilhosa, pois conseguiram medalhas para o nosso País e homenageiam claramente a Nação Brasileira e não o comando dos militares, estes que são a segurança de nossa soberania.
Viva estes atletas. São verdadeiros brasileiros.
O cara se esforça para chegar lá, rala para ter um patrocínio que o permita chegar lá e quando consegue e chega, ao homenagear o país pelo feito, quer com continência, mão à esquerda no peito ou simplesmente largadas junto ao corpo, ou protestar contra o que quer que seja, com o punho fechado e braço estendido ou outra maneira qualquer, é do direito do cidadão, como também de outros cidadãos é direito considerarem o gesto, com acertos, besteiras e outras mumunhas mais. Já a mídia de uma nota só, essa não tem direito a nada pois é useira e vezeira do terrorismo da desinformação, com segundas, terceiras e infinitas intenções e tarda ser regulada para o bem da democracia e o futuro do Brasil.
Os comentários de quem não conhece nada na mídia são irrelevantes; o gesto das atletas é o que vale. Parabéns a elas.
A propósito, os repórteres e jornalistas da grande mídia são como cães amestrados, fazem o que seu dono manda e nada mais. Não é surpresa comentários que desmereçam o Brasil saindo de suas bocas; viram o que a repórter tentou contra a Presidenta nos EUA? A resposta veio pronta, rápida e cristalina e de onde eles nem imaginavam; Obama , com educação, colocou-a no lugar devido e situou o Brasil na posição que lhe cabe no mundo de hoje. Como prêmio dizem que ela ganhou uma promoção; a troco de quê? São ridículos.
Os cães ladram e a caravana passa !!!
Bonito gesto! Vale aplaudir, beijar, se enrolar, por a mão no coração. Só não vale desrespeitar.
Para nossa imprensa corporativa, seria mais patriótico se os atletas fizessem o gesto, com o dedo, do “zerinho” do Itaúúúúú de vantagens.
Hoje com a tv sintonizada em um canal do sport tv tive o desprazer de me deparar com aquelas coisas que apresentam um programa chamado extraordinários.
E lá só metendo o pau na continencia dos atletas a bandeira brasileira.
Aquele programa deveria se chamar de ordinários.
Monte de imbecil que ainda são pagos pela nojenta da globo para dizer um monte de asneiras