Duvido que exista alguém de esquerda que, a esta altura, não desejaria avaliar como bem sucedida a política econômica implantada sob a batuta do Dr. Joaquim Levy.
E ela não está produzindo resultados porque, em si, seja algo estrambótico, distante das práticas mais comuns de início de Governo – cortar os gastos e melhorar as receitas, acumulando gordura para implantar suas ações.
O problema- “probleminha”, como diria o vice-presidente Michel Temer – é que é a legitimidade política de uma administração sagrada pelas urnas que dá ao governo recém-eleito a legitimidade para atravessar a “quadra amarga” e florir na seca como um ipê no cerrado.
A medida urgente na economia para o Governo Dilma é recuperar este fator que, por pressão da imprensa – que amplificou os fatos concretos e localizados da Lava Jato ao infinito, como se não houvesse nada além de roubalheira na administração da Petrobras e do País – e a aceitação desta situação pelo “republicanismo” do PT e do Governo deixaram se desfazer ao ponto de que nem aquilo que agrada o conservadorismo ter dele o apoio, exceto o “dinheiro já” da elevação das taxas de juros pública.
Não há nada de errado, pelos manuais, no que faz o Dr. Joaquim Levy.
E há muito de errado no que fez, antes e agora, o Governo Dilma na política.
O país não sairá deste “marasmo erosivo” sem que se pense “fora da caixa” e se adotem medidas capazes de recuperar a confiança no Governo.
Não aquelas que buscam a confiança de quem nunca confiou nele, porque “o mercado” não a tinha, não a tem e nem a terá.
A confiança, parece uma obviedade dizer isso, tem de ser recuperada entre aqueles que apoiaram Dilma e que estão atônitos com sua passividade diante dos fatos econômicos e políticos.
O Brasil não pode viver sem ter – e ver – um projeto de desenvolvimento definido e é ao Estado brasileiro que cabe – por insuficiência e estreiteza de nosso empresariado industrial – desempenhar o papel reitor nesta caminhada.
Que, é certo, pode se dar de maneira menos acelerada por algum tempo, mas que não pode deixar de ter o horizonte no olhar nacional.
Sem isso, olha-se para o chão e a economia, como uma bicicleta, só cambaleia e ameaça cair.
