Mudar para ser melhor. E seguir sendo o mesmo Tijolaço

tijolo

Apanha-se por ser, apanha-se por não ser.

Esta é a situação que, orgulhosamente, este blog sustenta.

Apanho por ser “governista”, embora não tenha cargo, publicidade e nem um “olá, como vai?” do Governo.

Apanho por não ser “governista”, porque a vida é dura, na hora de sobreviver sem uma mísera propaganda dos que defendo, tão pródigos com seu detratores.

Vejo, sem que falte um dia sequer, algum leitor colocando 10, 20 reais, sem que isso se lhe exija,  como contribuição na conta bancária do Tijolaço ou assinando valores parecidos no PayPal.

Sem pieguice, é algo que emociona, porque faz a gente ficar “besta”. orgulhoso da utilidade que se percebe no trabalho, embora cheio de falhas, que se faz.

É o que compensa o trabalho “análogo à escravidão”, onde não há folga, fim de semana pleno, feriado ou férias.

Um dia, no longínquo 1978, este foca escreveu um texto de má-vontade, uma pequena nota sem importância. Aparício Pires, o Apê, um dos veteranos redatores da editoria de Esportes de O Globo, onde eu estagiava, me chamou, com meu texto na mão:

– Fernandinho (eu tinha 19 anos), o que você acha do Roberto Marinho?

Eu disse todos os desaforos que me vieram à cabeça e Aparício, calmamente, perguntou-me se era só aquilo, porque ele pensava outras coisas ainda piores.

E terminou a lição:

– Só que o camarada que vai ler o jornal amanhã não tem nada com isso e é para ele que você escreve. Vai lá e faz seu trabalho direito.

É o que estou, até hoje, tentando fazer, e por isso você viu as mudanças no leiaute do blog, para melhorar a acessibilidade, sobretudo pelos tablets e celulares que formam hoje boa parte do equipamento usado para acessar a internet.

Outras novidades virão, sobretudo a necessidade de, ao lado da leitura de opinião que é nossa razão de existir, poder registrar rapidamente o que acontece e merece atenção.

Peço, portanto, desculpas por erros de funcionalidades e defeitos que, volte e meia, deixem meio “tronchas” as postagens.

Tudo o que de desarranjado que houver aqui, design ou opiniões, deve-se à teimosia deste cidadão aqui, que segue o bom conselho que, um dia, recebeu, absorveu e sintetizou em sua própria razão de viver.

PS. A foto, eu “roubei” do trabalho do artista plástico Andrey Zignnatto, cujo trabalho com tijolos aparece na Folha de hoje e de quem me aproprio, também , de uma frase, absolutamente adequada à política: “o tijolo tem a rigidez, mas é esculpido, trazendo a questão da equalização de coisas distintas, como a maleabilidade da rigidez, a suavidade da força.”

 

 

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