Diz Cristiana Lobo, no G1, que a presidenta Dilma Rousseff pode anunciar ainda hoje o nome do novo ministro da Fazenda.
Duas observações.
Uma, que é absolutamente natural que o faça, depois que Joaquim Levy passou a fazer impensável périplo de despedidas, algo absolutamente inconveniente para uma pessoa na sua posição, que sabe o quanto de abalo isso cria no no mercado financeiro. Parece estar preocupado com a imagem de pobre moço, sacrificado no altar da gastança, quando, na verdade, não teve força política (mesmo reconhecendo-se que o quatro político o dificultava ou quase o impossibilitava).
E, pior ainda, não conseguiu transmitir nem aos agentes políticos, nem aos econômicos, a confiança de que o esfriamento da economia seria transitório e que, portanto, não se justificariam desmobilizações totais de investimentos, demissões que fossem ao cerne da atividade empresarial e outras atitudes reflexas a percepção de que esta seria uma longa crise, que se arrasta há um ano sem mirar um ponto de inflexão positiva.
Se for só para cortar despesas e negar desembolsos, basta um tesoureiro, não é preciso um Ministro da Fazenda que, claro, tem de fazer isto, mas ao mesmo tempo se preocupar em fazer a economia andar, como na conhecida imagem da bicicleta, que só em movimento passa a ter equilíbrio.
E se a economia tomba e tomba, a receita pública se esborracha, num círculo vicioso como o que temos hoje.
A segunda é que, muito provavelmente, Dilma Rousseff vai lançar mão de uma solução doméstica.
O quadro delicado, ao menos não antes de sinais de melhoras, não convida a aventuras. Antes, até poderia ser útil um “sacode” na economia; agora, com a necessidade de recompor os votos para defender-se do impeachment e aprovar medidas mais do que emperradas, não é.
Fará, claro, toda a diferença ter alguém com um olhar desenvolvimentista, não quase que meramente contábil como Levy, mas inteirado da situação econômica e acostumado a lidar com ela, com o Governo e com seus programas econômicos e sociais.
Não é a toa que, os quatro nomes citados por Lobo – Nélson Barbosa, ministro do Planejamento; Jacques Wagner, da Casa Civil; Armando Monteiro, do Desenvolvimento e Alexandre Tombini,do BC – são de pessoas que já integram o Governo.
Barbosa, segundo ela, é o favorito. Essa é a lógica, até porque não representaria uma solução de continuidade nas negociações com o Congresso. Depois, porque Barbosa é, ao contrário de Levy, um homem desta equipe de Governo e não será empecilho para novas rearrumações que se façam necessárias.
Ao contrário de Levy, que se propôs a ser um scout boy do mercado, sempre alerta e obediente.
12 respostas
E dá-lhe chororô nos movimentos fascistas “Vem pro golpe”, “Retardados online” e “Movimento dos babacas livres”. Estão todos mordendo fronhas de tanta raiva pelo fato do golpe do CÚnha ter falhado. Em tempo, será que o japinha patético irá cometer um harakiri?
Não, Maurício, no momento ele kagatitica.
Sinto em dizer que, independente da pessoa que assumir o ministério irá enfrentar a mesma situação; visto a penúria que se encontra o caixa do tesouro nacional após tantas pedaladas para ganhar e reeleição. Vocês acreditam realmente que somente trocando o ministro a economia irá deslanchar? A industria está paralisada; mercado interno enfraquecido e com as pessoas totalmente endividadas; inflação corroendo salários e desemprego galopante. Tudo vai se resolver quando o novo ministro assumir. Como dizia meu falecido pai, desculpa do cego é a muleta.
solução de nelson é a mutreta
seu candidato derrotado aécio é que vai resolver?
um bom artigo, acho que no dcm, me remeteu àquele filme do chaplin em que ele aparece pra consertar vidraças após o garoto que o acompanhava tê-las quebrado de propósito…assim é aécio, a nossa oposição golpista e seus áulicos
Levy foi uma capitulação de Dilma. Era o cara perfeito para o mercado e, convenhamos, ele não decepcionou, com sua política pautada nos ditames neoliberais.
Temos que reconhecer, no entanto, que ele é uma figura absolutamente inútil, pois apesar de todo o seu empenho e disciplina foi incapaz de imprimir confiança à economia.
Várias hipóteses: há algo errado na política que ele representa; as chantagens do mercado são só para colocar marionetes em postos-chave do governo; o governo faz papel de bobo quando aceita essas imposições.
As hipóteses acima não são excludentes.
Que Dilma seja rápida na escolha e anúncio do substituto de Levy. O maior desafio do escolhido será fazer a iniciativa privada investir no país, pois dificilmente o Estado terá condições de fazê-lo “sozinho” nos próximos 3 anos. Alguém poderia expor a visão do Governo ou do PT para reativar a economia?
Embora o Impeachment ainda não seja página virada, o país e o governo não podem esperar mais tempo para uma vigorosa retomada da economia, sempre lembrando que faz parte do programa da oposição paralisar a economia e nisso estão fortemente empenhados, a Mídia ( há inclusive programas de terrorismo econômico na TV em que os convidados são sempre os mesmos), o PSDB e o DEM, Tribunal do Moro e o TCU ( do Nardes da zelotes). tudo visando o golpe ou eleições em 2018. O novo ministro se acertar na condução do país vão tentar derruba-lo como fizeram com o Palloci. Governar o Brasil não é para Amadores.
Enquanto isso no tribunal do Moro: O agente Newton Ishii, conhecido como o “Japonês da Federal”, aproveitou o sucesso inesperado na Operação Lava-Jato para cobrar a convocação de novos policiais federais. Em vídeo publicado no Facebook na página “Agentes Federais do Brasil”, Ishii declara apoio à campanha que pede a convocação dos excedentes do concurso da Polícia Federal de 2014 que não foram chamados. — Precisamos de vocês para juntarmos as forças para combater à corrupção e tornar o Brasil mais justo — declarou o “Japonês da Federal”.
Além de ser o principal figurante nas fotos dos presos da operação, ele é apontado como responsável pelo vazamento das informações das delações premiadas e acusado de vender informações para as revistas.
Agente da Polícia Federal desde 1976, Newton Hidenori Ishii chegou a ser preso pela própria corporação em 2003, na Operação Sucuri. Se aposentou no mesmo ano, mas teve a prisão revogada em abril de 2014.
A operação Sucuri investigou funcionários da receita Federal, da PF e da Polícia Rodoviária Federal acusados de facilitar o contrabando em Foz do Iguaçu.
A presidenta podia bem aproveitar este ataque de lucidez, ao tirar o Levy, e correr com o zé da justiça também que tanto se omitiu que colocou em risco a própria presidenta.
Será que era só eu que pensava no Levy como um menininho mimado, que ficava amuadinho quando nada dava certo? Alguém disse que via nele um ursinho panda. Como? O ursinho é muito mais animado, brincalhão e de bem com a vida. Só quem depende do (Deus) Mercado tem humor variado, com picos de euforia e períodos incertos de depressão profunda. Devem ser viciados em ritalina.
Ueh! O “brog” gosta eh de achincalhar os colegas da dita ” midia golpista”, especialmente a Globo, nao eh mesmo? Mas eh nesta fonte que capta noticias para rechear o “brog”.Ao menos reve dignidade de citar a jornalista Cristiana Lobo, alias excelente profissional!
Nem tudo esta perdido…
E apenas para deixar claro quem eh minha persona:
Afinal a quantas andam as investigaçoes sobre o tal “grampo ilegal” na PF de Curitiba??
O reporter Marcelo Auler esta devendo isso!!
Honre a nobre profissao do jornalista!
Caramba, Luiz C Brito!!! Quanta besteira dita num so comentario. Demorou muito para escrever isso? Analfabeto politico, continue lendo os blogs sujos para aprender um pouco. (“Venezuelizacao”; comunistas… rsrsrsrs classicos dos coxinhas do PIG).