Há 20 dias, este blog, que não tem absolutamente algum dom de premonição e muito menos tem capacidade de prever cenários meteorológicos com sequer perto da competência dos cientistas, disse que “Chuvas começam a desenhar saída da crise no setor de energia“.
Há 15 dias, quando toda a mídia dizia que o setor continuaria na condição de “bandeira vermelha” até abril, afirmou-se que isso só aconteceria por manipulação política, não por razões técnicas.
Hoje, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, anunciouque, por conta do melhor cenário de chuvas nos últimos meses, a bandeira tarifária cairá para o nível amarelo a partir de março, no custo de R$ 1,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. A bandeira para este mês é vermelha no patamar 1, com custo de R$ 3,00. Em janeiro, era de R$ 4,50.
A razão é que o cenário das hidrelétricas está muito perto do normal, algo que não ocorria há mais de dois anos.
Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por dois terços da geração nacional de energia, estão com 45,1% de sua capacidade de reservação. Há um ano, este índice era de apenas 16,7%. Mesmo o Nordeste, que ainda se encontra em situação crítica, está com 19% do voluma de água acumulável, contra 16% de um ano atrás.
É uma folga e tanto na variação do preço da energia e, portanto, no comportamento da inflação, embora a de janeiro e fevereiro vão incorporar parte do reajuste cavalar adotado no início do ano passado.
Mesmo muito longe de serem também “cavalares” as reduções de tarifa, elas vão pressionar para baixo a inflação do segundo trimestre.
Parece que choveu nos urubus.
6 respostas
Esse é o apagão da urubóloga
Consumo de energia caiu 2,5% em 2015. Imagino que se o país estivesse crescendo e a economia bombando, não teríamos capacidade energética suficiente para atender a demanda. Culpe de quem mesmo?
Então uma queda no consumo de 2,5% é suficiente para reduzir o risco energético e portanto reduzir a bandeira da tarifa da energia elétrica? Isso não tem lógica, papagaio de pirata.
Eu até entendo o seu lado: assalariado do PSDB que é, teve que pintar no blog aqui pra cubrir as férias dos outros coxinhas chatos. Como eles eram três, fica difícil fazer todo o trabalho deles.
A questão não é somente os 2,5%, mas principalmente a economia que não está demandando energia; veja a industria só para citar um exemplo.
Resumindo seu comentário: “Está tudo bem, mas poderia não estar”
Eu poderia fazer a mesma ilação e dizer que se não tivesse seca não teria havido aumento de preço da energia elétria.
Então, qual “SE” éo mais válido, o “Se” pessimista ou o “SE” otimista?
“SE” a economia estivesse bombando (e não está bombando em lugar nenhum do mundo) “E” não tivesse seca, então teríamos capacidade energética sufucienbte para atender a demanda.
Mas é claro que certas pessoas procuram o conjunto certo de “SE”s que lhe interessam para fazer ilações e culpar quem desejam que seja culpado.
Em menos de 1 ano minha conta de luz foi de R$ 50,00 para R$ 90,00.
Mas não tenho do que reclamar.. afinal, agora vou pagar apenas R$ 85,00!
UAU!