A casta: associação de juízes combinou ações contra jornalistas que divulgaram salários

 

lavatoga

O site BuzzFeed  veicula um áudio, enviado a colegas por whattsup, onde o presidente da  Associação de Magistrados do Paraná,Frederico Mendes Junior,  diz que disponibilizaria “modelo de ação individual, feito a muitas mãos” para processar jornalistas que revelaram salários de juízes.

É, para além do óbvio, a prova de que parte da corporação – e sua própria entidade – age articuladamente para perseguir jornalistas que não fizeram nada além do que publicar o que, por lei, já é público: a informação sobre os vencimentos de servidores públicos. Que é, afinal, o que juízes são, apesar de muitos deles se considerarem acima da lei.

E o pior é que, desde o início, a trama tem burlas capazes de tornar um inferno a vida dos jornalistas que “ousaram” divulgar os salários de suas excelências, fazendo ações em juizados especiais por toda parte, fazendo com que os coleguinhas tenham, praticamente, de morar numa van para comparecer a  dezenas de audiências em vários municípios do interior paranaense, no que o coleguinha Luís Costa Pinto chamou de bullying jurídico.

Agora, à parte todo o absurdo da situação, há algo cômico na história.

Juiz de Direito precisando de “modelo de petição” é o fim da piada, não é?

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

20 respostas

  1. Pior. As incelenças propõem as ações e, eles mesmos, julgam.
    Tá na hora de cortar as asas dessa turma.

  2. Penso que a maioria dos magistrados merece todo respeito e confiança na missão precípua de distribuir de Justiça. Entretanto, condutas antidemocráticas como essa, de uma minoria, atinge a instituição como um todo.

    1. Será, mesmo, maioria? Se o fosse, não ganhariam os salários indecentes da categoria.

      1. Falou tudo, sr. José! Esse troço de defender uma corporação alegando que quem faz errado é minoria é a maior balela que alguém já inventou. Se são poucos os que agem de forma sacana, porque não encontram resistência interna? Isto é desculpa pra “zelar pela imagem da instituição”, como se a mesma fosse incorporada pelos seus agentes. Se querem salvar uma instituição, devem limpar a casa. O mito de que criticar o mau uso do poder é ferir as instituições tem que ser quebrado. Pau na toga, que eles merecem!!!

  3. A verdade mostra exatamente o contrário! É uma ELITE BRANCA…autoritária…ditatorial…que se serve do poder para privilégios e ASSALTAR -pelas leis- o Estado que é tão carente para áreas como saúde e EDUCAÇÃO! Aliás, educação é algo que a Elite só acha que o povo tem que ter quando – a contra gosto- se relaciona com ele. Via de regra querem o povo serviçal, mal educado para não concorrerem e alienado para que continuem subjugados!

  4. Quer dizer que os juízes ganham dinheiro escondidos? Ninguém deve saber o quanto ganham? O que mais os juízes desejam manter distante dos olhos do povo? Por quê o povo não deveria saber quanto ganham os juízes? Querem deliberadamente esconder o que ganham por qual razão? Estão envergonhados de seus salários? Confessam que ganham demais para o país? Ou o que, então?

  5. Não é o fim da picada . Formados nas ” coxas ” , passaram na base da decoreba nos concursos , cabe aí uma investigação de como passaram , existe quadrilhas especializadas nestes concursos .

  6. E a PATETADA sonha em ser juiz de direito. Ainda se fizesse direito, mas fazem tudo torto.
    FOTA TEMER! FORA PATETAS ESTATIZADOS DO TEMER!

  7. Isso é de uma maldade sem tamanho. Imaginar que juízes façam uma manobra dessas seria impossível antes da Internet. O que aconteceu com a consciência humana? O que aconteceu com o amor à verdade, à filosofia, incluindo a Filosofia do Direito que tem tantas referências humanistas? Quem vigia esse poder? Cadê o Conselho ligado ao STF?

  8. Isso aí não são juízes, são bandidos escondidos sob a toga e merecem o tratamento que merecem bandidos: cadeia neles! Melhor ainda seria a solução PAREDÃO… Chega de uma nação inteira ficar tolerando esses vagabundos imorais, venais e corruptos!

  9. Os jornalistas poderiam (deveriam) buscar o CNJ. São suficientemente competentes para buscar as provas desse desvio de finalidade.

  10. Amigos, decoreba é usual, e faz parte do sucesso nesses concursos para DEUSES, aliás, para juízes e promotores, MAS, o garantido mesmo é ser PARENTE de juízes, desembargadores, procuradores… A idéia de gabaritos prontos também é bastante comum… Observem bem as listas de componentes dos judiciários e dos ministérios públicos e vejam as listas dos aprovados nos concursos: ORA, pois não se repetem os sobrenomes? Há também os sobrenomes aparentemente diferentes, mas, vai-se olhar e são de noras, genros, sobrinhos, esposos/as etc… Incrível a competência dessa parentalha! Ah, ia me esquecendo: e para uma boa preparação nos estudos, cabecinha desocupada de assuntos com sobrevivência, os parentes importantes já colocam os pretendentes em cargos nos tribunais, tranquilos, onde podem ganhar o sustento sem ter que trabalhar, até que alcancem o sonhado cargo de DEUSES.

  11. Os concursos para acesso aos cargos do judiciário, principalmente os cargos de poder,como juiz e promotor, deveria exigir que os candidatos tivessem doutorado com tema de pesquisa sobre justiça e cidadania, principalmente. Quem sabe poderíamos aumentar a qualidade do judiciário, assim poderíamos ter juízes e promotores que respeitem a justiça e a cidadania, aumentando o senso crítico sobre o que é o princípio de justiça. O que temos hoje é muitas vezes um concurso viciado, que facilita aos quem tem dinheiro, tempo e dedicação para decorar apostilas de cursinhos e frequentar cursinhos preparatórios caros, deixando muitas vezes de ler intelectuais do Direito, Sociologia, História, Política e Filosofia para se dedicar ao padrão das questões que irão cair na prova. O resultado é esse, juízes que deveriam julgar baseando seu julgamento no princípio de justiça, entupindo o judiciário com ações em retaliação aos jornalistas que divulgaram os salários , que são públicos, das suas excelências. Talvez esses juízes tenham lido de forma enviesada ou equivocada o pensador Maquiavel.

  12. Eu acho mais é que no caso do modelito é a piada do fim.
    O judiciário brasileiro entrou na roda com a dificuldade de o “grupo de Curitiba” em indiciar tucanos ou montar processos sem vícios.
    Depois avançou com o “quero o meu”, ou “por fora temer” do STF.
    A presidente eleita deve se explicar sobre o vocabulário usado !
    Será mais um caso que a literatura permite ?
    Golpe não pode. Gole, pode ? Glope, pode ? Opa, globo + golpe = glope
    Um problema.
    Em Curitiba – com os políticos , pois o pessoal do PSDB parece que não são políticos – a lenha corre solta. Longas prisões até que os “políticos” sejam mencionados.
    Arguir sobre fatos anteriores ao governo Lula nem pensar, mesmo com delações pressionadas.
    Depois de o “grupo de Curitiba” decidir que tal “político” é desonesto até sem provas é indiciado. Basta o “ouvi dizer”.
    Já parece que para o pessoal do PSDB mesmo com delações, neca.
    Como nos tempos de Getúlio Vargas, a roubalheira serviu para derrubá-lo, via suicídio, com ataques à Petrobras e ao governo trabalhista.
    Jango caiu pois queria fazer reformas já efetuadas na maioria dos países, aqui virou “comunismo” . . .
    Agora a toada é a mesma.
    Ataque ao governo popular, as conquistas sociais, a legislação trabalhista, a Petrobras, e, seguindo as anteriores “mudanças”, isto é, golpes descarados – podemos ?, a entrega das riquezas brasileiras.
    O conservadorismo segue o mesmo, geração após geração, beneficiado pela injustiça fiscal que os protege.
    Sem novidades no front.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *