A foto aí de cima é de uma primeira página da Folha de S. Paulo em junho de 2009.
Não obstante, estava começando ali a mais espetacular arrancada da economia brasileira em décadas, o que seria jocosamente chamado, então, de “espetáculo do crescimento”.
Não, não quero dizer que estamos vivendo o mesmo, agora.
E não é porque nos faltem condições objetivas de fazê-lo.
Faltam-nos as condições políticas.
Estamos acuados diante da ofensiva da mídia, e isso não é recente, pós-manifestações.
Vem de um longo tempo.
As lideranças políticas do processo de mudança do país emudeceram.
A presidente Dilma, quando fala, fala corajosamente. Mas quase nunca fala, limita seu contato com a população a espasmos de ousadia, que seu governo, a seguir, transforma em gaguejos e balbucios.
Mauricio Dias, hoje, na CartaCapital, traça um duro retrato do que acontece e pede que a presidenta recue dos recuos sucessivos.
O ex-presidente Lula, depois dos quase dois anos de afastamento compulsòrio da polêmica, acha que pode se manter no papel, apenas, de coadjuvante, o que é impossìvel.
Lula é o lìder, o referencial, o homem que corporifica ideias e a indiscutível fonte de legitimidade de Dilma Rousseff, e ela sabe perfeitamente disso e que isso não é demérito algum.
Tanto é assim que a presidenta jamais praticou um ato de confrontação ou hostilidade para com Lula, embora a estultice marqueteira e sabuja de alguns auxiliares tenha passado meses a fio com a história de que mostrasse “personalidade própria”, exatamente aquilo que estes “conselheiros” não são capazes de ter.
O fato é que atravessamos um momento que só não é mais difìcil porque as forças do conservadorismo no Brasil, embora com o gigantesco poder monopolista que a mídia representa, não tem senão o espectro da volta ao passado para oferecer e esse passado é tão ruim que a sua simples exibição repugna. Suas alternativas – Marina e Joaquim Barbosa – são por demais fracas pessoalmente e tão carregadas de contradições que parecem incapazes de deslanchar.
O povo brasileiro não mudou de sonhos.
E não perdeu seus líderes.
Mas precisa muito, muito mesmo, que eles voltem a liderar.
Simples assim.
8 respostas
A mídia tenta o tempo todo tirar o Lula do centro da política. Quando faz a campanha (sim é a mídia que faz essa campanha) “Volta Lula” ela quer justamente o contrário. Quer que isto intimide o presidente a não intimidar Dilma. É a tal da psicologia reversa.
Dilma poderia aprender com Putin…..
Liderar com a midia contra e complicado…tudo o que se diz e editado e contextualizado de forma a voltar-se contra o lider…talvez porisso nossos lideres estejam quietos: merda quanto mais mexe mais fede…rs
É Tudo Nosso !!!
É Tudo Nosso !!!
É Tudo Nosso !!!
É Tudo Nosso !!!
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