Moreira Franco na Lava Jato? E Temer na delação da OAS?

janotmoreira

Ontem, na entrevista a Roberto D’Ávila, Michel Temer disse que, com a queda de três ministros, acreditava terem acabado as baixas em seu Governo.

Há sinais de que não,  vindo de fonte insuspeita de “oposicionismo” ao usurpador.

O site “O Antagonista“, dirigido pelos “direitíssimos” Diogo Mainardi e Mário Sabino,  diz que  “soube que Moreira Franco foi citado por Léo Pinheiro em sua delação premiada. As revelações estão num anexo específico sobre a participação da OAS na concessão de aeroportos. Moreira era ministro da Aviação Civil. Segundo Léo, a OAS, por meio da Invepar, foi privilegiada na concessão do aeroporto internacional de Guarulhos”.

O assunto não é novo.

No dia 6, no final de uma reportagem da Folha sobre o inquérito sobre o já demitido Ministro do Turismo, Henrique Alves:

O pedido de inquérito também cita outros nomes fortes do governo Temer, como o próprio presidente interino, o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Moreira Franco (secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimento).
Janot faz referências a doação de R$ 5 milhões que Pinheiro teria feito a Temer e afirma que o pagamento tem ligação com a obtenção da concessão do aeroporto de Guarulhos, atualmente com a OAS.
“Léo Pinheiro afirmou que explicaria, pessoalmente, para Eduardo Cunha [sobre a doação], mas que o pagamento dos R$ 5 milhões para Michel Temer estava ligado a Guarulhos”, escreveu Janot.
O procurador-geral, porém, não pede especificamente para investigar esses fatos relacionados a Temer nem diz se entrarão no objeto do inquérito.

Quem deve conhecer bem esta história é Eduardo Cunha, que pressionou pela rápida abertura dos aeroportos à iniciativa privada (aqui e aqui).

Vem coisa aí.

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3 respostas

  1. Temer e Moreira Franco têm vocalizado que é preciso apressar o processo de impeachment da Dilma.

    Leia-se, consolidar o golpe o mais rápido possível.

    É também porque eles precisam se cacifar e se impor perante outros setores golpistas.

    Parece ser tensa essa nova etapa que, de alguma maneira, causa fissuras na até então bem-sucedida parceria do judiciário e mídia para o golpe.

    A Lava Jato não podia atacar amigos da mídia sob a pena de perder os imprescindíveis holofotes para o seu (polêmico, diga-se) êxito.

    Oprimida agora entre avançar ou morrer, como prosseguir se os alvos seguintes são os antigos e novos amigos da mídia?

    Temer, livre do Cunha e impondo-se àquela composição congressual do golpe de 17 de abril (notadamente, mas não só, àquela que aponta para um Estado naziteocrático), é um novo amigo da mídia.

  2. Uma grande ratoeira.
    Lembro dos ataques da mídia aos aeroportos.
    Até quem NUNCA tinha entrado num criticava o governo por causa dos aeroportos.
    Enfim, todos temperados pela Milicia Midiática, que, ni meu ponto de vista, fazia lobby para que fossem privatizados , mas, não concedidos.
    As ratoeiras foram armadas…
    Com o tempo…TLEC…TLEC…TLEC…
    Cabral estava seco no Galeão.
    O maior problema do Rio era o Galeão, exceto saúde, violência, encostas, desabrigados, poluição na Baía da Guanabara…
    Parecia um corretor aeroportuário.
    Acho que o assunto vai ter escala no Galeão.
    Titúúúú…? No aaaarrr….

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