Como mostrei aqui, a Miriam Leitão abriu a fila.
A seguir, veio o Sardenberg.
Agora, no chororô com Temer, vem a cheirosa Eliane Cantanhêde, no Estadão:
(…)É também com um olho na real crise dos Estados e com o outro na influência dos governadores em suas bancadas em Brasília que Temer, camarada, abriu mão de receber boa parte do pagamento da dívida dos Estados que não fizeram o dever de casa e estão devendo até salário de funcionários, aposentados e pensionistas. Como se apenas os Estados estivessem endividados e a União estivesse nadando em dinheiro…
Somando os R$ 50 bilhões que o governo federal deixará de receber dos Estados endividados nestes três anos aos R$ 25 bilhões estimados com o aumento do Judiciário até 2019 e aos R$ 2,1 bilhões ao ano com o reajuste do Bolsa Família, o resultado é: o governo Temer anda muito perdulário para quem chora tanto a falta de dinheiro e o tamanho do rombo fiscal. Sem contar que a prioridade do País é criar emprego para quem não tem, não aumentar o salário dos que já têm.
É aí que entra a terceira ponta do tripé. O tal “mercado” dá de ombros para a Lava Jato e para escândalos e só pensa naquilo: a recomposição da economia brasileira. Mas, se Temer abre tanto a guarda para agradar a opinião pública e o Congresso, no que ele conseguirá se distinguir de Dilma na sobriedade com as contas públicas? Dilma torrou o que tinha e o que não tinha na eleição de 2014. Temer pode estar torrando a confiança do empresariado na transição de 2016 – e, com ela, suas chances. A perna do tripé que mais torce e trabalha pelo sucesso de Temer é justamente o setor produtivo, no campo e nas cidades.
A “massa cheirosa” está dando um “alô” pro “tio Temer”…
8 respostas
É.Temer não tem visao macro. É advogado. Não tem condições nem experiência para uma administração do porte e complexidade do Brasil . Está comendo na mao de gente muito ruim de qualidade e outras muito ixxperrtas.
Dilma, na volta chame Ciro para assessor, ministro, etc assim ele testa seu cacife para a governança . E já arruma mais uma encrenca com o congresso e já vai vendo o que fazer com aquilo.Antes que a mafia desmonte o Brasil.
A Economia mundial desmilinguindo e ninguém no governo toca no assunto. Só garantindo o lucro dos agiotas.
Prezado Brito. Para mim, ainda que a Cantanhede faça críticas, tudo não passa de um jogo de cena. Por exemplo, quando ela diz que “Temer pode estar torrando a confiança do empresariado na transição de 2016”.
–
A confiança do empresariado, o grande, é claro, pois é o que importa, já está comprada. Primeiro, ao tirarem a Polícia Federal do seu encalço. Qual o percentual, mesmo, de empresários que têm seus negócios perfeitamente enquadrados na lei?
–
Como a grande maioria estava com o seu “na reta”, Aécio Neves chantageava e prometia que, caso Dilma caísse, a PF iria parar com as investigações, deixando assim o empresariado em paz.
–
E segundo, a confiança está garantida, porque o Temer já se comprometeu a entregar o restante das riquezas, do patrimônio pertencente a todos nós ao já citado grande empresariado, além, é claro, da terceirização e do enterro da CLT.
–
Então, o fim justifica os meios. Para chegar a este “gran finale” o empresariado não está nem aí se o Estado se endividar ainda mais. Afinal, dívida maior vai significar maior necessidade de recursos para “tocá-la” o que redunda na manutenção dos juros lá em cima, que vai resultar em mais ganhos para esse empresariado que também atua como rentista.
O grande presente que Temer dará à Midia e aos empresários caso se mantenha é um passaporte para dias felizes de rapinagem do Brasil com o fim das eleições diretas para Presidente da República e a substituição da democracia popular pela oligarquia que o apoia, por isso pode dizer, é só esperar 3 meses e lhes darei o que vocês querem e eles sabem disso e estão ansiosos.
Gosto de frases fortes. Tem uma boa no Cafezinho , num texto sobre Colbert.
O partido que bagunçou o Rio governa o Brasil.
Será que esses idiotas não perceberam que a opinião deles é totalmente IRRELEVANTE para essa turma da direita? Estavam mal acostumados.
Fernando: tempos difíceis estes, quando a patota jornalística do golpe fica pasmada com o monstro que pariu. Miriam, desta conhecemos bem as momices. O Sardenberg, como sempre, não consegue juntar o tico com o teco. E Cantanhede não vai além de uma fusão pioradas dos mencionados. Assim, juntando tudo concluímos ser o trio uma nova versão do “Samba do Criolo Doido”. Evidentemente, despido da inteligência e genialidade de Sergio Porto, pois o que dizem e escrevem não vai além do óbvio ululante.
“… os R$ 50 bilhões que o governo federal deixará de receber dos Estados… aos R$ 25 bilhões … do Judiciário … e aos R$ 2,1 bilhões ao ano com o reajuste do Bolsa Família…”
50 bilhões – 50.000.000.000
25 bilhões – 25.000.000.000
2,1 bilhões – 2.100.000.000
Estados e judiciário = 75 bilhões. Bolsa família = 2,1% disso.