Os “coxinhas” e os nem tão “coxinhas”, que se consideram acima dos partidos e das ideologias, deveriam ler esta matéria que o OperaMundi publicou ontem.
Conta como a falecida primeira-ministra inglesa Margareth Tatcher, uma espécie de Lady Gaga do conservadorismo, “encomendou” um discurso para que a Rainha Elisabeth II anunciasse o início da Terceira – e última – Guerra Mundial.
Aos que têm menos de 40 anos, certamente, isso parece algo insano e impossível.
Para nós, cinquentões, também era insano, mas não impossível.
Talvez por isso tenhamos aprendido que a paz se funda no equilíbrio e o equilíbrio se funda numa atitude de poder, mais que no poder, propriamente dito.
Mikhail Gorbatchev, Tatcher, Ronald Reagan, Karol Wojtyla foram protagonistas daqueles anos.
Os três últimos foram agressivos, ousados, duros em seus propósitos. O primeiro, capitulou mentalmente ante os adversários e acabou reduzido a zero por um ébrio demagogo chamdo – alguém se lembra? – Boris Yeltsin.
Acabou ali o mundo bipolar e seu medo
Mas o mundo, porém, tornou-se, por isso, unipolar.
E o pólo, como se sabe, é de onde provêm as forças de atração, que a tudo arrastam.
Vivemos, então, algo como a Pax Romana, onde a divergência era quase – quase? – pecaminosa.
O discurso conservadora era, mal disfarçadamente, o tirânico, que só permanece em coisas tipo Míriam Leitão e Fernando Henrique Cardoso: “fazer o dever de casa”.
Ou, numa tradução simples e direta: “tudo o que o mestre mandar!”
Estes foram os tempos, meus caros e mais jovens amigos.
E a má notícia: ainda são.
Porque o capitalismo sem freios e limites, como provou a crise de 2008, é a ogiva nuclear de hoje.
Capaz de matar milhões de pessoas, destruindo suas vidas com o desemprego, o arrocho dos salários, a decadência e a exclusão.
Um câncer.
Econômico, mas tão mortal ou mais que os que a radiação atômica produz.
E aos que não mata, torna em zumbis, incapazes dos sentimentos grandiosos de generosidade humana.
Que são o que define civilização e a separa da barbárie.
8 respostas
Torna o estado cada vez menor é criar poucos com muito e muitas sem nada ou quase nada.
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