Ontem, todos os jornais deram destaque ao trabalho do japonês Hajime Narukawa, que redesenhou, muito mais proximo da realidade, o mapa do mundo que “vigia” desde que Gerardus Mercator transformou, há quase 500 anos, a Terra em um cilindro, para representá-la num mapa plano.
O resultado, claro, foi que “quem” estava mais próximo do Equador ficou “menor” e quem estava mais próximo dos pólos “cresceu”.
O que, afinal, correspondia em parte à importância cultural e econômica do mundo “desenvolvido”: subtropical, europeu.
O mapa de Narukawa, se olhado com mais que simples curiosidade, mostra que somos maiores do que sempre pensamos olhando o velho mapa de Mercator
Repare: maiores que os EUA, sem o Alasca.
Quase do tamanho da China, esse gigante.
Mas temos uma elite que pensa que um gigante assim pode ser anão.
Pequeno e “bem-comportado”.
Com um governo que faça “o dever de casa” como uma criança, em corpo de homem.
Obediente, quieto, fazendo “tudo o que seu mestre mandar”.
A eleita brasileira é capaz de olhar este novo mapa e dizer: mas que desperdício…
As áreas ricas deste país, se separadas da imensidão nacional, seriam nada, quase invisíveis.
Vem-me à cabeça asas palavras de ontem, de meu velho mestre Nilson Lage:
O PT foi afastado do poder não por ser PT, mas por ser Brasil.
As políticas que estão sendo destruídas vêm de muito antes do PT.
Foi Getúlio Vargas quem criou a legislação trabalhista, as primeiras escolas técnicas, a primeira universidade federal e promoveu a industrialização com a criação da primeira usina siderúrgica e da primeira fábrica de motores. Em seu segundo governo, fundou a Petrobras, a Eletrobras e possibilitou, em Paulo Afonso, o inicio do desenvolvimento da tecnologia nacional de barragens para geração de energia elétrica.
Foi Juscelino Kubitschek quem deu impulso à expansão das grandes construtoras nacionais, promoveu a ocupação do Oeste e a abertura de nova fronteira agrícola, hoje a maior competidora da agroindústria norte-americana.
Foi Jânio Quadros quem começou a formular a política externa independente que Ernesto Geisel levaria adiante, com seu esforço para aproximação com nações da África e do Oriente Médio.
João Goulart, que o sucedeu, equacionou o conflito interno gerado pelo desenvolvimento dependente do país em tempo de expansão imperialista e apontou caminhos para uma sociedade mais justa
Os governos militares cuidaram de preservar a soberania sobre a Amazônia,deslocando maciçamente tropas do Sul e criando a Zona Franca de Manaus; desenvolveram a pesquisa agropecuária e nuclear;, criaram os projetos nacionais de informática, no âmbito da Marinha, e iniciaram a implantação da indústria de defesa.
Lula herdou tudo isso, após duas décadas perdidas – do PMDB de Sarney ao PSDB neoliberal de Fernando Henrique;, percebeu a grandeza da herança e negociou, como é de seu feitio, para incluir nela a maioria esquecida do povo.
Direita, esquerda, corrupção, moralidade são apenas discursos, embora com paixões, lágrimas e sangue.
Quem está sendo derrotado, tenham clareza, não é o PT; é o Brasil.
Esta é a questão que tantos não conseguem ver. Que nossa natureza é de gigante e não de anão.
Perder nossa auto-estima, a consciência de nossa grandeza, acharmo-nos miúdos, proclamarmo-nos atrasados e incapazes, ladrões por natureza, velhacos por definição e pobres por fatalidade é nos acocorar-nos e nos atrofiar-nos.
É ficar de um tamanho menos que nos deu a projeção de Mercator, é nossa projeção “de Mercado”, onde 30 % desta imensidão funcionando já basta para fazer a festa dos negócios.
Para os outros 70%, a selva.
E 100% funcionando, ainda que deficientemente, é um perigo, porque nos faz ficar metidos “a besta” num mundo onde não “somos para ser”.
A história nos repete e repete que é uma asneira , mas nossa elite – e parte da nossa soi disant esquerda, que sonha com Paris como os coxinhas sonham com Miami – nos querem “cosmopolitas”.
E miudinhos, falando pra dentro e olhando pro chão.
11 respostas
Fernando graças aos céus não é HC. Não gosto de lamentos, eles entristecem e desanimam. Os gregos foram vencidos pela força das armas, porém foram vencedores na inteligência. Escravos foram os romanos que adotaram a cultura helenistas, a educação e até a religião. Acima de tudo doaram o que até hoje tem-se como melhor sistema de governo; embora este deva convergir para algo mais apurado. A democracia é ainda hoje, a meta dos povos e o nosso povo quer ser democrata. O que nos faltou do PT foi saber garantí-la, e para tanto era necessária a politização dos Brasileiros. Temos de recomeçar, todos juntos, sem esperar de uma só pessoa a solução para tudo. Unidos, firmes, avante , pois o nosso Futuro é e será glorioso . Aqui é a Terra do Cruzeiro do Sul. O Brasil é qual um coração e nele pulsam a jovialidade, a nobreza da alma humana e a força da fé em dias grandiosos. Valeu.
… Ainda sobre vingança, mesquinharias, mentiras… Proferidas pelos nazigolpistas a serviço da CIA &$ da plutocracia genocida!
***
Mais evidências de que Sergio Moro forjou provas contra Marcelo Odebrecht para atingir Lula
https://www.youtube.com/watch?v=18wNfJi6Jo8
… E será que o povo acordou para iniciar o fim da ‘Rede Roubo’?
E antes que os mafiosos Marín(ho) “acabem de acabar com o Brasil”!
Alvíssaras!
***
#URGENTE!!! REDE GLOBO DE FORTALEZA ACABA DE SER OCUPADA
https://www.facebook.com/bocaolivre/videos/997601173703086/
Acabei de assistir.
Acho que esse gigante que se chama “povo” está se despertando.
O segredo é atuar na RAIZ DO PROBLEMA.
#ForaFascistas
Achei o máximo. É por aí o caminho da redenção para dia mais felizes em nosso país. Temos que exigir que esta rede de fofocas e intrigas do mal peça desculpas a todas as gerações de brasileiros que foram lesados e prejudicados por informações mentirosas, ataque à moral e aos bons costumes do povo e ao enriquecimento imoral de poucos em detrimento de muitos. O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo!
Brito, mais um Tijolaço à altura.
Nem mais nem menos.
LEITURA IMPERDÍVEL!
ah, e não chore, se puder!
***
Profeta Isaias e o Moro
“Eu tenho esperança. Isso vai ter de mudar!”
publicado 06/11/2016
(…)
FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.conversaafiada.com.br/politica/profeta-isaias-e-o-moro
Brito, vc faz analogias de uma forma tão natural que torna impossível a tarefa “argumentativa” dos troladores de plantão aqui do blog! Brasil virando braZil…
O Brasil vem sendo abortado a cada geração de eleitos, conheça-os:
http://novoexilio.blogspot.com.br/2016/11/o-gol-da-alemanha-e-revanche-dos-vira.html?m=1
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O linguista e filósofo estadunidense, Noam Chomsky, eleito já por mais de uma vez o intelectual mais influente do planeta, afirma que nenhum dos países que hoje estão “na ponta” no mundo chegou lá sem que um Estado forte estabelecesse as linhas a serem seguidas e conduzisse com mão firme o caminho para o desenvolvimento.
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Ainda segundo Chomsky, se seu país tivesse aceitado e seguido a receita da Grã-Bretanha, o tão incensado livre mercado, estaria, ainda hoje, a vender peles.
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Mas, uma grande parte dos nosso intelectuais prescreve para nosso país justamente o caminho que os países de ponta se recusaram a trilhar. Servilismo abjeto. O FHC, vulgo Farol de Alexandria, juntou, em seu governo um batalhão de intelectuais desse tipo.
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Absurdo dos absurdos, um dos ministros, Paulo Renato de Souza, chegou a afirmar a ignomínia de que o Brasil não precisaria investir em pesquisa, pois a tecnologia estaria disponível no mercado mundial; bastaria comprá-la. E, para ressaltar anda mais o absurdo: ele era Ministro da Educação.
Fernando Henrique Cardoso tinha o projeto de destruir 60 anos de esforço despendido pelo povo brasileiro no sentido construir um país compatível com as suas potencialidades. Não à toa, vivia a afirmar que a Era Vargas era a fonte de todos os nossos problemas.
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A verdade é o contrário disso. A Era Vargas impulsionou nosso país a um salto gigantesco, não só civilizatório como na direção do desenvolvimento de um projeto nacional. Não tivesse existido a Era Vargas e talvez ainda vivêssemos na década de 30 do século passado.
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Getúlio Vargas, um visionário e desbravador corajoso, foi o vetor a galvanizar os sonhos de muitos brasileiros que não se conformavam em ver o país continuar na condição de “anão”.