Cercas, tropas, tudo está sendo preparado para a provável batalha campal, hoje, no Centro do Rio, na votação da “PEC do Pezão”, o pacote de cortes proposto pelo governador Luiz Fernando Pezão.
E, há minutos atrás, pode ter sido colocada a pitada de pimenta que pode criar focos de provocação, com a prisão do ex-governador Anthony Garotinho, que têm muita influência em grupos de militares, como os bombeiros, que estão na linha de frente do protesto de hoje.
A única “colaboração” que o Governo Temer iniciou até agora foi o envio de 180 homens da Força Nacional de Segurança, o que não faz sentido pela quantidade num estado com dezenas de milhares de policiais militares e só pode ser entendido como o receio de certa leniência das tropas estaduais.
Pezão, embora não tenha pessoalmente esta natureza bélica, sabe que não tem outra saída senão que o confronto obrigue a uma solução que, para o Governo Federal, tem o potencial de ser a abertura da porteira para estados e municípios arruinados.
Um pouco menos que o Rio, talvez, porque aqui, além da queda da receita trazida pela recessão, soma-se a paralisia da industria do petróleo, sobretudo seu ramo naval.
E não há sinal de melhora: hoje o IBGE divulgou a 18ª queda consecutiva no volume de atividade do setor de serviços.
Portanto, se todo mundo quer o confronto, o confronto haverá.