As vassouras de Trump

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O ano começa como aqueles carrinhos de montanha russa. Move-se devagar, dando a impressão de que será monótono e linear, porque afinal crise política e paralisia econômica, aqui para nós, já deixaram de ser novidade.

Aliás, para os seguidores de cartilhas econômicas, seria mesmo o momento de estabilização que antecederia a retomada econômica que – não pela balela de que o impeachment a traria – tenderia a recuperar-se num dos ciclos daqueles gráficos-padrão com que se explica a oscilação da economia.

Não contem com isso, amigos e amigas.

Estamos mais para sobe-desces arrepiantes do que para as curvas bem comportadas daquela turma.

A inserção do Brasil na economia mundial nunca foi tão baseada no financeiro. Está, portanto, mais exposta que nunca aos fluxos mundiais de capital e estes têm diante de si uma gangorra da qual não sabem o tamanho.

Ninguém sabe exatamente o que irá fazer, mas Donald Trump não entrará na Casa Branca sem marcar logo o território e não tenham dúvidas de que será com algo bem diferente do populismo barato de vestir-se de gari, como fez João Dória. (Aliás, imagine a postura da imprensa se a “garizada” de Dória fosse a de alguém de esquerda…).

Trump tem duas vassouras muito mais poderosas.

Uma, que não é fácil de usar, mas serve – e muito – para ser brandida é a vassoura bélica. A aliança sino-soviética, parece evidente, é seu alvo principal e para dissolve-la não basta afagar Vladimir Putin, é preciso criar tensão com a China.

A outra vassoura, tão poderosa quanto a armada, é o dólar, espalhado em quantidades monstruosas em todas as economias. Tudo indica que, em algum grau, o topetudo novo chefe do Império os vá chamar de volta, claro que em parte, pois há tanto dólar no mundo que os soterraria se todos regressassem.

O grau da “varrida para dentro” é que se está por definir, assim como o quanto isso irá levantar poeira.

O Donald não é  o Pato, lembrem-se. É Tio Patinhas.

 

 

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9 respostas

  1. Esse João “Trabalhador” é farsa até na vassoura que arrumaram para a cenografia de estreia, diferente das demais.
    Trocar o Haddad por essa farsa mostra o tamanho do estrago que essa mídia sem contraponto causou ao Brasil e em especial (maior dose) a cidade de São Paulo.

  2. Sinceramente, São Paulo merece o Geraldo “Opus Dei” Alckmin e o Jonh Dólar, ambos têm a cara da elite fascista e ignorante da cidade e do estado.

  3. Uma coisa é certa, cada assunto em destaque que a mídia põe em primeira página, é para esconder a realidade do povo. As coisas sérias, quando são citadas, vão para o cantinho que ninguém olha da página de obituário.

  4. … “Feliz Ano ‘NovoMENTE'”, fOOOOOra TRUMPaceiros da vez daqui caranguejos [libanês usurpador] MT, Almofadinha João Dória ‘Senior’ et caterva!…

    1. … DEMoTucano descompreendido Almofadinha João Dória ‘Senior’, o lixo é você!
      Coitada!
      Da lixeira!

  5. Como pode o povo ainda cair nessa balela cretina em plenos 2016/17? Demagogia barata do século passado!
    No futuro teremos uma coletânea sobre este fenômeno!

  6. Resta ver se o esperto Putin vai morder a isca, porque um império não muda objetivos, altera métodos. Está escolado desde 1990 por uma dúzia e meia de recuos e traiçoes ao combinado e ao assinado… que ficaria longo citar por aqui. Por seu modus operandi fingirá aceitar o jogo porem criando linhas vermelhas, aquelas que nao podem ser ultrapassadas.
    E tbm consciente que a oposição da midia e do atual establishment ao Donald é tão forte que a casa branca pode ficar preta no processo.

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