Justiça a la carte no STF?

carm

O mais básico, o mais elementar, o mais comezinho na Justiça é que ela se move por regras.

É “erga omnes”, como dizem os advogados, é a mesma diante de todos, de qualquer caso, de qualquer situação.

É razoável que Cármem Lúcia não definisse o que seria da Lava jato antes das homenagens fúnebres a Teori Zavascki.

Mas o Supremo tem um regimento e este regimento, embora possa abrir possibilidades, deve ter uma única interpretação.

Interpretação que corresponda à convição jurídica daquela que é a responsável por formá-la, a presidente do STF, Cármem Lúcia.

Quando ela diz que ““sobre esse assunto eu não falo, nem sob tortura” e responde com um “nem me fale” à pergunta sobre se estão havendo pressões  para definir a homologação das delações da Odebrecht e a redistribuição da relatoria dos processos da lava Jato, está, explicitamente, afirmando que está sendo pressionada e, de forma oculta e ilegítima.

E se ninguém, ainda, pode descartar que ela vá tomar uma decisão independente, o simples fato de uma magistrada estar sendo pressionada, o que seria grave na primeira instância e é absolutamente intolerável na corte suprema de um país.

O que parece, a quem está distante, é que se negocia a fórmula “solução x indicação”, pela qual o integrante do STF a ser apontado por Michel Temer, que aprova no Senado até o nome do Tiririca, dependerá do timming que se der às delações e ao encaminhamento que venha a ter a escolha do relator.

Parecer, desde a mulher de César se sabe, é frequentemente mais importante que ser.

Fazer uma “conta de chegar” entre os que a apressam por homologar as delações  e os que querem dilatar este prazo até que Câmara e senado fiquem como “tudo dominado”?

Com todo o respeito, fica-se na mesma situação em que ficou o falecido Teori Zavascki quando afastou Eduardo Cunha somente depois de este ter cumprido sua missão de por a voto o impeachment de Dilma.

Já houve tempo pra que Cármem Lúcia tenha percorrido os caminhos da prudência.

De agora em diante, será a suspeita de que percorre os da conveniência.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

7 respostas

  1. Essa pilantra co cara de bento carneiro está doida para abafar os estragos que essa delação faria no covil golpista, a começar pela múmia traíra decorativa, Serra R$ 23 milhões, Aébrio do pó (ou mineirinho), Eliseu quadrilha, Geraldo Opus Dei Alckmin (o santo), entre outros. Já conseguiram o que queriam, agora podem voltar a ganhar tranquilamente as mamatas de sempre sem sustos.

  2. Nossa senhora!

    Até nessa foto que saiu no jornal O Globo,foto verdadeira,nada de caricatura,como é que José Serra do Bem consegue rir na frente de um caixão,bicho!

    E para completar com a família do falecido do lado.

    Realmente esse camarada é de fato muito cruel mesmo.

    Agora eles estão correndo para tacar fogo nas folhas das delações premiadas da Odebrecht com os nomes dos caras do PSDB,PFL,PP,PMDB,PSB e depois correrem para o abraço.

    Vão dizer depois que tem muito rato nos porões do STF e vão contratar o Detetrin para detetizar tudo.

    Esse é o esquema tático já armado pelo JN,VEJA,QuantoÉ,BANDEIRANTES,SBT,Rádio PANAMERICANA e Errei de tv.

    Não precisa nem dizer que Higienópolis,Alphaville,Morumbi,Jardins,periferia também(estão iludidos e mau pagos) e cia irão fazer
    questão de acreditar.

  3. Alguém já disse que o STF é acovardado? Parece que sim. E estava coberto de razão. As provas estão aí, aos montões.

  4. FB, e se a “teoria da conspiração” contra Teori vingar? Acho que a Carmen já consultou vários ministros…. mas deve ser o medo da “conspiração” continuar… Ai esse ministro escolhido vai passar um “cagaço” o resto da vida por ser relator. MEDO. é o XIS da questão..!!

  5. Nada. é razoável depois do golpe, nada é aceitável, tudo e qualquer ação é deplorável e imoral.
    Como se vê:
    Depois do golpe, o caos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *