Enquanto olham para Odebrecht, o rastilho de Cunha queima

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Embora tenha sido homologadas apenas no início de fevereiro, as delações premiadas dos executivos da Odebrecht foram feitas em novembro e dezembro do ano passado. No dia 19/12, depois de fechado o último lote, o procurador Geral Rodrigo Janot a enviou a Teori Zavaski, que já reclamava da demora.

Todas as informações, portanto, já estavam nas mãos da Procuradoria e, imagina-se, também estavam centenas ou milhares de documentos com que os delatores procuravam fazer prova do que diziam, porque nenhuma delação seria aceita sem isso, só na base do “ouvi dizer” e o “la garantía soy yo“. Ou não deveria ser.

Porque, óbvio, pagamento deve ter data, destinatário, conta onde se depositou e, no caso de entrega de pacos de dinheiro, a quem e em que lugar foram entregues. Ou será que iam dar um milhão de reais na mão e um contínuo e dizer que “vai passar um senhor alto, de óculos, aí na portaria e você entrega este pacote a ele”?

Há três meses, portanto, os procuradores têm todo o material necessário para articular pedidos de inquéritos e até mesmo denúncia contra as ditas dezenas – ou mais de uma centena, até – de políticos denunciados pela empreiteira.

Evidentemente, “cozinha-se o galo”, à espera de um momento de maior “rendimento” midiático ou, quem sabe, de inaceitáveis “entendimentos” para seletividade.

Enquanto isso, Eduardo Cunha fica convenientemente na penumbra, embora apareçam toda hora novos elementos, como a delação do complicado  ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, que disse ter pago ao ex-presidente da Câmara para enfiar vantajosos “contrabandos” em  nove medidas provisórias no Congresso.

Cunha era o homem da prospecção de negócios, o que assumia compromissos pela bancada peemedebista e, portanto, operava o campo das votações na Câmara como, em nome da necessidade de maioria, chantageava o governo com cargos decisivos para negócios.

E está vendo ficarem distantes as promessas de que não seria deixado apodrecer na cadeia. Suas “baterias” de perguntas – inclusive as vetadas por Sérgio Moro que, preventivamente, o arroubo da “mula” Yunes arranjou uma incrível história de “cobertura” – são a demonstração de que é ali que mora o perigo para Michel Temer.

Cunha é a bomba, embora o barulho seja a Odebrecht.

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8 respostas

  1. Cunha atua na política fazendo negociatas a mais de 40 anos, ele conhece o cego dormindo e o rengo sentado, como ele tem informações sobre todo o judiciário , Mídia e os políticos ele é um perigo, por isso foi usado pelo sistema político-midia-judiciário ( sendo que esse último o manteve no cargo até a queda da Dilma), e seu destino provavelmente será o sonho eterno, por enquanto Moro a serviço da Máfia o mantem calado no calabouço, provavelmente Cunha já deve ter pre sentido o seu destino que é a cicuta.

  2. È por isso que será solto em breve com ajuda do Supremo Ministro do Supremo Tribunal Superior Supremo e sua turma de aves de rapina .

  3. Quando prendem alguém cautelarmente ou provisoriamente, é para evitar que o suspeito suma com provas e documentos. Então eu fico imaginando se essa demora em tornar pública as delações, não é para “filtrar” ou “sumir” com o que não querem que apareça. Para mim, todos os da pgr, mp, pf e justiça são suspeitos.

  4. Ora!Ora!Ora! Senhor autor da matéria.Disso não resultara nada,já que o JUDICIÁRIO,O MPF,e todos seus vassalos,estão COMANDANDO O ESPETÁCULO.Estão dando trela aos OPOSITORES DO GOLPE,as VÍTIMAS DO GOLPE e os demais que não concordaram com o GOLPE.Mas tem milhões de brasileiros,que apoiam essa CANALHA TODA.Embora entenda a necessidade de denunciar,de pouco adiantará.Não tem-se armas para derrota-los.A não ser,os que creem em MILAGRES.

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