Os advogados de Dilma Rousseff pediram ao Tribunal Superior Eleitoral a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do advogado José Yunes, ex-assessor especial de Michel Temer na Presidência da República para que deponham sobre as quantias oferecidas ao então candidato a vice-presidente em sua chapa. Dilma quer também acesso ao que foi dito nas delações dos executivos e funcionários da Odebrecht ouvidos pelo TSE.
Eles argumentam que o STF concedeu ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) acesso à delação premiada de Ricardo Pessoa, da construtora UTC, que o acusou de ter recebido doação para a campanha via caixa 2. Veste caso, o Supremo assegurou ao atual ministro das Relações Exteriores o acesso à delação, para assegurar o exercício do direito à ampla defesa.
Dilma pediu também a convocação, como testemunhas, dos presidentes dos partidos que compuseram sua chapa: Rui Falcão (PT), Valdir Raupp (PMDB), Gilberto Kassab (PSD), Ciro Nogueira (PP), Alfredo Nascimento (PR), Eurípedes Júnior (PROS), Carlos Lupi (PDT), Marcos Pereira (PRB) e Renato Rabelo (PCdoB), para que relatem o relacionamento de apoio durante o pleito.
E quer, ainda, que sejam ouvidos Sergio Neves, Andre Vital e de Oswaldo Borges, operadores das doações feitas a Aécio Neves e os doleiros Álvaro Novis e Vinícius Claret, conhecidos como Tuta e Juca Bala, apontados como operadores de Sérgio Cabral e que a Odebrecht indique como e onde teria pago aos marqueteiros João Santana e Mônica Moura.
Se o TSE atender aos pedidos, como dizia a própria então presidente, “não vai ficar pedra sobre pedra”.