A escalada de insanidade que o Brasil está vivendo tem seus remédios em duas coisas que a direita não quer aceitar.
A primeira é que se não havia antes condições políticas e legitimidade para aprovar as reformas trabalhista e previdenciária, agora isso é impossível e fazê-las adotar á força nos levará a confrontos de dimensões incalculáveis.
Nem se discute se são necessárias, nesta ou naquela direção ou neste ou naquele grau. Mas está evidente que não se pode fazê-las em um clima de ditadura, congressual que seja.
A segunda é que não parece um nome de consenso – que todos concordam ser a única saída imediata para o afastamento de Michel Temer – porque não há homem neste país que seja capaz de unir o Brasil.
Mas há uma ideia, sim, que só não é unânime porque os grupos conservadores e o “mercado” ainda se aferram à ideia exposta cruamente por Henrique Meirelles: “com Michel ou sem Michel, as reformas têm de sair”.
Tão grave quando o “fundamentalismo de mercado” é o “fundamentalismo judicial”. A finalidade da lei e da Justiça é a de preservar direitos e solucionar conflitos. Se, numa casa conflagrada, no mesmo momento, quisermos examinar e julgar cada ato, pequeno ou grande, de cada um dos moradores, nada sobrará de pé.
Nada, até que surja um tirano que, à força, restabeleça a ordem, mas sem justiça alguma, porque só a sua vontade prevalecerá sobre as ruínas.
Se Michel Temer quer deixar o Planalto com um mínimo de dignidade e não ser chutado de lá, só tem um caminho.
Que não é chamar o Exército, mas chamar eleições, retirando as reformas que propôs ao Congresso, deixando ao novo governo, eleito, a decisão de levá-las em frente ou não, e de que forma.
Infelizmente, parece ser um gesto grande demais para um homúnculo como ele, que vive num mundo de dissimulação, golpes de esperteza e vaidade medíocre.
Dificilmente terá esta compreensão, embora seja a única coisa, a esta altura, que tornaria sua morte política digna e preservaria seu cadáver do vilipêndio inevitável que virá de sua derrubada.
16 respostas
O MT é um zumbi alimentado por mercado e por uma elite ,insana,observado por um judiciário paralisado.,por suas mazelas, é uma classe política estado de putrefação. O único ar fresco são as ruas, que as vezes parece não vê toda essa insanidade.
Um cadáver procurando um túmulo. Eu li isto.
Michel Temer é a cara da “elite” financeira do Brasil: extremamente egoísta, ignorante, sem percepção da realidade, subserviente aos interesses da metrópole, se julga autossuficiente, insensível, se acha acima da lei por pertencer à casta dos “escolhidos” de deus, etc, etc, etc. Pega qualquer pato da fiesp que não será diferente. Pega qualquer global, qualquer doutor. Povo é povo em qualquer lugar do mundo, mas, com uma “elite” como a nossa, a coisa vai demorar muito tempo até engrenar.
A folha diz que, LULA, fhc e jose sarney estao em acordo sobre a sucessão presidencial, FB. Isto procede? Por que LULA esta’ se envolvendo com estes insetos?
Chega de panos quentes Senhores Deputados. Quem colocou Temer lá? Quem protagonizou aquele espetáculo hediondo da votação indireta de 2016? Pois agora como responsáveis diretos pela ordem e pelo progresso da nação vocês tem obrigação moral e o dever cívico de transformar o interino e o decorativo em coisa nenhuma, que é o que ele sempre foi. Vocês é que inventaram esta farsa agora dêem o seu jeito. Este é um pedido meu e de noventa e nove por cento da população brasileira. É pouco ou querem mais?
Quem colocou este energúmeno rato corrupto, canalha e covarde na presidência, foram os coxinhas, os “somos todos cunha”, os eleitores do aético, da marina e dos outros candidatos perdedores, pois sabiam que com a saída de Dilma era esse verme que assumiria.
Se ele entregar a rapadura, vai preso, quanto tempo mais ele ficar lá é melhor pra ele…
Temer entrou pela porta dos fundos e vai sair por ela!!! Sairá humilhado, pois fez coisas feias que justificam seu caráter baixo!
Tentem isso… não, não dá certo. Então tentem aquilo… ah, também não vai funcionar. Quem sabe se… Chega de bola de cristal, de adivinhações e de esperar que este congresso ou o governo ou o judiciário ou a imprensa mude para consertar alguma coisa. É preciso ter clareza de que os dois pilares de sustentação desta quadrilha que governa (executivo e legislativo) o Brasil são o judiciário e a globo. São estas duas instituições que precisam ser derrubadas. A primeira precisa ser remodelada de alto a baixo. Completamente. As organizações globo precisam ser destruídas. Completamente e com todo mundo lá dentro. Se isso acontecer o resto cai por gravidade. E aí, com o barco levado ao estaleiro poderemos consertar os furos no casco e as avarias no timão. Ou seja, poderemos retirar o poder das autoproclamadas elites e devolvê-lo ao povo, seu legitimo detentor. E este que resolva o que fazer e como consertar.
Pense bem: em uma ditadura, não existe congresso, pois este é o primeiro a ser fechado. Se aqui tinha uma ditadura e o congresso continuou aberto, com a existência de “dois partidos”, fica claro que o MDB, era uma “oposição faz de conta”. Aqueles deputados que achavam que poderiam fazer oposição, foram todos cassados, restando somente os corruptos enganadores.
Temer e seu general-de-palácio tentaram colocar as Forças Armadas no centro do golpe, numa manobra atabalhoada que custou vidas e provocou ferimentos graves em muitas pessoas.
A tática manjada de infiltrar “espoletas” para provocar distúrbios e justificar o uso da força (velha conhecida dos que vivenciaram a Ditadura Militar) não foi capaz de enganar o General Villas Bôas, que se negou a embarcar na canoa furada do golpe temerista.
A última manobra desesperada do golpista corrupto foi um desastre, mais um, para a coleção dessa quadrilha desastrada que reduziu o Brasil à vergonhosa condição de republiqueta bananeira.
Nota a parte para o discurso tíbio, vacilante, do senador Humberto Costa. Será que ele não percebeu ainda o nível de gravidade do ATENTADO CONTRA A ORDEM DEMOCRÁTICA?
Fernando, discutindo com colegas aqui no trabalhol, sobre a forma de sucessão do marido da Marcela, rebatendo a suposta agressão a CF no caso de eleições diretas (muitos pensam que são sócios da Casa Grande), apresentei o argumento em abaixo.
Nenhuma saída será fiel a CF. Se deixarmos, a Globo repete a ‘saidinha tabajara’ da posse Sarney, ferindo a CF com argumento – fajuto – de que está evitando-lhe o desrespeito.
Há um aparente impasse da discussão sobre a possibilidade de eleição direta. Quem não se vê em condições mais promissoras para a disputa no voto universal – trem puxado pela família Marinho – afirma que é uma agressão a CF, um golpe. Quem se encontra em condições mais favoráveis – trem puxado pelos apoiadores de Lula – defende a legitimidade da consulta popular. Onde estará a razão? Tudo indica ser, apenas e tão somente, uma questão de quem gritará mais alto.
A CF prevê que eleição indireta ocorrerá nos casos em que a vacância aconteça dentro dos últimos dois anos do mandato Presidencial. Só que termina por aí. Nunca houve uma regulamentação dizendo como será feito este processo. Nenhuma regra foi definida. Assim, muito provavelmente, qualquer que seja a direção apontada, far-se-á necessária a adoção de saídas quase nada ortodoxias.
_ Usar-se-á a regra eleitoral vigente, a Lei Eleitoral 9604? Então, o que fazer com os preferidos do ‘Mercado Global’ que não se adequam ao período de desincompatibilização – Tasso, Dória, Moro, Carmen, Meireles, Bolsomito, etc.?
_ Aprovar-se-á uma nova legislação eleitoral? Então, o que fazer com o artigo 16 da Constituição, que prevê que toda lei que altere o processo eleitoral só seja aplicada no ano seguinte?
_ Aceitar-se-á que a regra seja decidida no peito e na raça pelo STF? Mas o que poderá sair de lá?
_ Aceitar-se-á a aprovação de uma EC que permita a realização de eleições diretas já neste ano? Mas como equacionar a questão do tempo necessário e a ameaça da eleição de um ‘inimigo’ do ‘Mercado Global’, dado o fracasso registrado pelas últimas pesquisas eleitorais?
Claro fica que a última opção será incessantemente combatida, estigmatizada e profanada pelos veículos da grande imprensa, comandados pela Globo – uma vez, claro, acertado o botim com as ‘famílias’ paulistas – por ser a que oferece menor possibilidade de controle dos resultados.
Então, faz-se necessária a manutenção constante de manifestações de massa, espalhando-se por todo o País, com clara reivindicação pela saída mais democrática, com proposições conjuntas, visando, que sabe até, uma consulta geral, acompanhada de uma Assembleia Constituinte. O momento em que vivemos é extremamente grave, com sérias ameaças de perda de capacidade econômica, esvaziamento de riquezas e, no final da linha, de qualquer possibilidade de alcançar à verdadeira – e tão sonhada – soberania.
Nenhuma solução – possivelmente – apresentada respeitará, fielmente, a Constituição. E se não continuarmos expandindo as mobilizações, tal na era Sarney, empossado à revelia da Constituição vigente – pois não havia escala de sucessão antes da posse do presidente eleito – a Globo escolherá o novo Presidente, ou, no mínimo, seu novo Antônio Carlos Magalhães, Só que agora na Economia. Né não?
o problema é como seriam essas eleiçoes? pra um mandato tampao até 2018? ou seriam eleiçoes gerais, pra executivo e legislativo? nem em sonho suas excelencias abririam mao de quase dois anos de mandato; alem de ter que ser através de uma pec; a soluçao vai ser encontrar o “benedito” ate 2018. simples
Nada tornará a morte política de temer mais digna. Ali não resta um fiapo de dignidade, se é que alguma vez teve um fiapo.
O máximo que pode almejar é tornar sua morte política menos fétida.
O problema todo é que um pigmeu moral como Temer vai se utilizar de todos os tipos de subterfúgios e golpes para escapar da degola final. Não há limites para quem não tem compostura, moral, ética, honestidade.
De tudo isto pode estar nascendo aí uma certeza. Se o PT não fizer uma aliança baseada em princípios e trouxer para vice um qualquer como Temer e o PMDB estou fora. É preciso vencer as eleições sim, mas sem qualquer tipo de aliança com esta podridão que o derrubou em 2016. PT Sim, alianças podres nunca mais, é o mínimo que se espera desta safadeza toda.