Não, não botem tudo na conta da roubalheira de Sérgio Cabral que, afinal, está em cana desde o novembro do ano passado, já lá se vão nove meses.
O que está acontecendo no Rio de Janeiro é o que está acontecendo no Brasil, com dois agravantes: o sofrimento monstruoso imposto aos servidores públicos, sem receber – ou recebendo atrasados e picados – os seus vencimentos e a paralisia da Petrobras, maior agente econômico do Estado.
Basta olhar o gráfico que publico acima e ler a excelente reportagem de Cristina Boeckel e Felipe Grandin, do G1, onde mostram o panorama de desolação de uma das mais tradicionais áreas de comércio do Rio, a Rua da Carioca, onde a modalidade de loja mais encontrada, hoje é a …loja fechada.
Segundo o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, 69 lojas fecharam a cada dia de janeiro a maio deste ano no Estado, um total de 2.132. Na cidade do Rio, a situação é ainda pior: mais de 800 delas cerraram as portas em maio de 2017, o triplo do ano já péssimo de 2016.
E sem expectativa de melhora. Um levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito publicado na Folha diz que “dos consumidores que tentaram comprar a prazo em maio, 64% tiveram o pedido rejeitado”.
Em janeiro, é um aumento de 50% em relação ao que a mesma pesquisa registrava como negativa de crédito em janeiro. E isso com a liberação do FGTS inativo tendo permitido que alguns tenham “limpado o nome” nos cadastros de crédito.
Ah, mas os juros caíram e a situação vai melhorar. É? Veja o que diz a mesma matéria da Folha:
Os juros, por sua vez, subiram. O custo médio do crédito pessoal cresceu 3,4 pontos percentuais entre abril e maio, segundo o Banco Central, para 132,6% ao ano. Até a linha para quem busca renegociar dívidas aumentou, dificultando a saída de cadastros de inadimplentes.
Mas o sofrimento das pessoas mais simples raramente é notícia e, quando é, apenas esporádica e minúscula em relação aos parlapatões d”O Mercado”. Semana passada, na filha da “pessoa jurídica” do Banco do Brasil, para tratar de assusntos do blog, vi a desolação de duas moças que, se virando em prestadoras de serviço, tinham feito seu registro como MEI – Microempreendedor Individual – mas se deparavam com uma extorsão: manter a conta bancária custava entre R$ 65 e R$ 100 por mês. Quando reclamaram, o gerente levantou a sobrancelha e falou, baixo: era R$ 5, mas entraram os caras aí…”
Como disse o Chico Buarque, a dor da gente não sai no jornal.
PS. Corrijo, com a devida gratidão ao Francisco, nosso leitor, a frase final: Chico é o cantor, mas não o autor do verso, de Haroldo Barbosa e Luiz Reis, em “Notícia de Jornal”, parte do musical “Gota D’Água”. Para completar meu mea culpa, vai a linda música, abaixo.
15 respostas
Bom dia,
Pois é, não é só a dor da gente, a nossa miséria, a fome e a seca do Nordeste, as mazelas do Brasil, mas enquanto isso Doria joga golfe, Temer acha que é presidente, globo não paga seus impostos e faz propaganda que sim. E no Circo de Noblat Lula é dono do Triplex, mas isso não importa os covos comeram suas carcaças pobres indigentes…
O governador do poderoso e ainda altamente polítizado Rj é Geraldo Alckmin,João Dória,Messias,Mishell Temer,Marina Silva,Omar Aziz/José Mello,Artur Virgílio Neto,Álvaro Dias- Partido Phodemos?
E Farsa Jato?
Se um estado polítizado igual Rj eleger Romário como governador achando que ele vai solucionar tudo,o mundo está perto de acabar mesmo.
Fazendo uma conta rápida, isto é, multiplicando o que falta para chegar à unidade (por exemplo, a série começa com o fator 1-3,1%=0,969) de forma cumulativa – desde que se inciou a série contínua de quedas, julho de 2015 – o resultado dessa série é 0,232869. Isso quer dizer o seguinte:
Se em julho de 2015 o comércio da Rua da Carioca vendeu o equivalente a 100%, em julho de 2017 o total de vendas foi de apenas 23,2869%, ou seja, nesses dois anos o comércio dessa rua central do Rio de Janeiro sofreu uma retração de 76,7131%. De outra forma é como se para cada quatro unidades vendidas em julho de 2015, dois anos depois menos de uma seja vendida.
A reportagem e a análise aqui postada versam sobre a Rua da carioca. Se o mesmo estudo for feito para a Rua Sete de setembro, o resultado é ainda mais devastador. é retomada da Globo, dos golpistas, dos tucanos, dos financistas, das oligarquias e da juristocracia.
Fernando, você não é obrigado a saber e os sites de letra e música sempre erram feio nessa história de autoria de músicas. Por isso, informo que “Notícia de jornal”, a belíssima canção que contém o verso “A dor da gente não sai no jornal”, é de autoria de Haroldo Barbosa e Luis Reis. O nosso Chico Buarque, que cantou esta música em 75, no disco Sinal Fechado, acerta até quando interpreta obras de outros compositores
São Miguel Paulista -Sp, várias lojas fechadas em um dos maiores centros comerciais de SP, nem na época de Fernando Collor e FHC tais lojas fecharam, senhores conheço uma pessoa que deve estar auxilando a política econômica do Brasil Miriam Apocalipse Leitão por isso o Brasil está uma verdadeira m… econômica.
Na Terra Sagrada da Alta Sorocabana a coisa anda feia também, até nos shoppings populares as lojas estão cerrando as portas, comerciantes tradicionais estão desistindo do negócio, só ta sobrevivendo quem negocia com contrabando.
Aqui na capital , movimento deve ter caído perto de 30 % no volume de negócios comerciais em maio/junho.
Fico pensando na cara dos coxinhas , tanto servidores públicos, como autônomos ( odontos, médicos, advs, fisios ) além daqueles proprietários de “fundos de quintal” que estavam bombando mesmo com as burradas da Dilma. Estão desesperados, muitos pensando na velha opção da imihração ilegal para lavar latrinas no Tio Sam.
Ta ficando gostoso de assitir o desespero da “classe média tradicional” , esses babacas sempre ficam batendo palmas pra maluco dançar e acabam levando na cabeça, quando não levam bem no meio de suas vergonhas….
Junk Economics
As armas, cidadãos !
É no Brasil inteiro uma catástrofe política e economia provocada por este golpe e pelos golpistas.
A questão do RJ está interligada a indústria de petróleo e gás, nada tem a ver com a roubalheira que grassa desde que Estácio de Sá fundou a cidade Maravilhosa, sobretudo para os ladrões do Tesouro.
Mas incrível mesmo é a capacidade do eleitor do Rio, senão vejamos algumas contribuições : Eduardo Cunha, Romário, Rodrigo Maia, Crivella, Jair Boslsonazi, Delei, Índio da Costa, Cabo daciolo, Cristiane Brasil, Celso jacob, enfim…..é LIXO demais para continuar citando sem contaminar o cérebro.
Menção honrosa ao Molon, Lindbergh, Jandira, Glauber, Benedita,Jean …..mas é muito pouco pro tamanho e importância do RJ no cenário nacional.
Destroçaram o setores de óleo e gás e construção civil pesada do país.
E pensar que o menor dos prejuízos foi o econômico dá a dimensão do tamanho do desastre que o golpe nos trouxe.
O golpes e os golpistas têm uma fábula a nos pagar.
Quer um outro atestado do desastre do golpe? A segurança pública, que já era ruim, desabou pós golpe. O que é comum nos golpes quando o fascismo atuante aponta os novos “bandidos”, comunistas, bolivarianos, ciganos, etc, e deixa o crime correr solto.
Na Alemenha de 30 os inimigos eram os judeus e aqui os comunistas bolivarianos.
Psicologia de massas.
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Superficiais e medíocres: professor e pesquisador conta por que reprovaria a dupla Moro e Dallagnol
POR MARCOS CÉSAR DANHONI NEVES, professor titular da Universidade Estadual de Maringá e autor do livro “Do Infinito, do Mínimo e da Inquisição em Giordano Bruno” , entre outras obras.
Em Diario do Centro do Mundo – 17 de julho de 2017
(…)
FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/superficiais-e-mediocres-professor-e-pesquisador-conta-por-que-reprovaria-a-dupla-moro-e-dallagnol/