Nem é preciso esperar a proposta de reforma administrativa a ser apresentada hoje pelo governo para saber nas costas de quem caírá a mão pesada do rigor contábil que o “mercado deseja.
Ganha um doce azedo quem adivinhar se juízes, promotores, policiais, militares e outras camadas do serviço público vão perder renda ou a estabilidade em suas carreiras, da mesma forma que outros representantes das chamadas “carreiras típicas de Estado”.
Quem vai pagar o pato, com toda a certeza, são os funcionários da burocracia e, sobretudo, as carreiras mais numerosas do serviço público: professores e pessoal da Saúde.
Efeitos financeiros, claro, dificilmente haverá, com uma reforma que vale “daqui para a frente” justo numa época em que, por razões óbvias, a adminssão de servidores está e continuará restrita pela falta de recursos.
Ao que parece, o mais importante na reforma administrativa é o que nela se colocará de “contrabando, para permitir a privatização de serviços públicos sem as atuais travas constitucionais.